Projeto Labrador - Mini Hi-End Mixer

Utilizando componentes discretos, acessíveis e fáceis de encontrar no mercado, o Mini Hi-End Mixer Labrador proporciona respostas de larga escala com toda qualidade que se é possível conseguir a partir de uma configuração prática e robusta

Para ilustrar melhor a finalidade deste projeto, retornemos alguns meses atrás na postagem onde falei sobre a configuração de um desktop que seria para produção musical. Bom, a máquina ficou um espetáculo mas como me mudei recentemente de uma casa (pequena) para um apartamento (menor ainda) optei por não trazer mais volumes e fiz uma troca com um amigo - aquele Jair, fornecedor de lixo eletrônico, lembra?! - numa câmera digital Fujifilm muito boa. Logo, a empreitada de montar o home studio foi naturalmente adiada e, somente agora, o fôlego começa a ser retomado. 

Mas voltando ao tópico e alguns anos no tempo para ilustrar melhor ainda a finalidade do projeto... 

Em meados de 2010, ainda morando em Itaguaí-RJ, comecei a gravar de forma grosseira e casual algumas músicas que já vinha compondo desde sempre. O resultado era razoável para quem pudesse saber como tudo aquilo estava sendo gravado. Daí entra o Léo na história - que na época era apenas um conhecido comum entre amigos - que ouviu aquele monte de hum, achou foda e quis saber mais. Nos encontramos duas ou três vezes na casa dele e enquanto eu prestava meus serviços técnicos em seu desktop - eu era técnico freelancer, depois técnico empresário; ele já gravava suas coisas também mas ainda não tinham dado a ele o mesmo valor que eu dei - a gente trocava ideias sobre música até que eu peguei o violão dele e toquei 'Fato Consumado'. Ele me pareceu espantado por isso e até hoje não sei o porquê. As semanas correram até que começamos a brincar lá em casa, voz e violão e baixo. Ele é o baixista mais criativo que já ouvi e para encurtar essa prosa que durou quase três anos entre dois discos gravados, muita história, equipamentos adquiridos em parceria, muitos DIY, uma banda formada e alguns shows importantes - como na minha despedida, que tocamos no Teatro Municipal da cidade; e alguns dias depois eu já estava morando aqui no Sul - isso sem falar nos fortes laços de amizade que criamos, eu - ou a música? - decidi que passava da hora de voltar a gravar. Depois que me mudei pro Sul compus algumas coisas muito interessantes mas não tive ainda meio$ para gravar. Criaram essa crise aí e tudo ficou mais difícil. Também tem o fato de que meus horários no trabalho novo são mais complicados para dedicar tempo para projetos paralelos. Depois de pesquisar o que seria mais barato e razoavelmente viável entre comprar uma mesa de som decente - em torno de R$ 450 - ou mandar vir pelos Correios uma mesa de som dos anos 90 que utilizamos bastante na banda - em torno de R$ 80 - optei por uma saída diferente: decidi criar a minha mesa de som. Opção louca que me encheu de ideias para conseguir um timbre que nenhuma mesa de R$ 450 me proporcionaria, e menos ainda a nossa mesa dos anos 90. Com essa premissa, nascia o Projeto Labrador.

Porque Labrador? 

Labradores são criaturas fantásticas: inteligentes, robustos, companheiros, naturalmente prestativos... basicamente por estas razões. E eu tenho um labrador caramelo de pouco mais de um ano chamado Cícero, para quem puder interessar. A ideia por trás do Projeto Labrador é fornecer o máximo de qualidade no áudio com recursos extras como saída para monitor, saída para fones de ouvido, três indicadores 'peak level', equalizador de três bandas no canal 1, canais 2 e 3 com equalização flat e um timbre exclusivo. Tentei encaixar no projeto o recurso de efeito externo (SEND/RETURN) mas o espaço interno e do painel foram fatores mais que determinantes para que eu desistisse da ideia. Simplesmente não haveria espaço para mais três potenciômetros e mais dois jacks P10. Em todo caso, saídas para fones e monitor são mais efetivas do que o efeito externo.

Características principais

  • Um canal dedicado com equalizador de três bandas, peak level e controle de ganho
  • Dois canais flat com ganho fixo
  • Saída dedicada para monitor com peak level
  • Saída dedicada para fones de ouvido
  • Saídas independentes com controles de nível L + R e peak level
  • Attenuator dedicado por canal com LEDs indicadores
  • Utiliza qualquer fonte (de qualidade) que forneça pelo menos 350mA e tensões entre 9V e 12V (efetivamente, funcionaria entre 5V e 15V mas por questões de dissipação interna e da corrente dos LEDs, foi fixado um limite mais razoável)
  • Baixíssimo nível de ruído, som presente e com profundidade
  • Gabinete sólido e completamente blindado
  • Conexões internas com cabos blindados e otimização total dos GND
  • Potenciômetros lin e log de qualidade
  • Esquema enxuto utilizando componentes baratos, discretos e eficientes
  • Consumo extremamente baixo (poderia ser utilizado com pilhas e baterias)
  • Tamanho reduzido tornando o projeto facilmente adaptável aos menores espaços

Fonte interna automática e eliminação de ruídos

Para minimizar os ruídos - irradiados ou não - algumas medidas preventivas foram adotadas. Em todas as tomadas +Vcc dos módulos pré-amplificadores e da própria entrada via jack P4 há desacoplamento com filtragem extra, nenhum cabo de energia se sobrepõe aos cabos de áudio e vice-versa; há total isolamento* entre os circuitos com barreiras físicas e lógicas, a fonte de energia é externa para reduzir quaisquer chances de ruídos; interconexão em massa de todos os pontos GND sem exceções, filtros contra cliques, chiados e ruídos em todos os jacks de entrada; filtragem coerente e utilização de circuitos clássicos de associação de resistores e capacitores para eliminar interferências e ruídos.

* fonte própria traz chave de isolamento de massas (terras, GND) entre a fonte e o mixer proporcionando total controle do acople e desacople quando em condições desfavoráveis de uso - essa fonte faz parte do esquema do projeto que não foi finalizado ao mesmo tempo que o mixer, mas nada impede que seja finalizada daqui algumas semanas...

O desenvolvimento do Projeto Labrador incluiu meios de reaproveitar fontes de sucata ou de aparelhos que são descartados rotineiramente como modem, roteador, switch e periféricos em geral. Todo o esquema funciona perfeitamente com tensões entre 9V e 12V com correntes mínimas de 350mA - tensões e correntes facilmente encontradas nessas fontes.

Ajustes e finalizações do projeto ocorreram em dois dias cansativos para conseguir um áudio final limpo, pesado, presente e maduro - algumas características dos melhores equipamentos já produzidos até hoje e que possuem mais de 30 anos de idade. A mesa de som dos anos 90 que falei anteriormente possui algumas dessas características e sem sombra de dúvidas pretendo restaurá-la um dia. Nem que seja somente restaurar por restaurar, terapeuticamente falando.

Attenuator

Três chaves com seus respectivos LEDs indicadores de ativação controlam a atenuação dos sinais nas entradas dos canais. Isso servirá, basicamente, quando se alterna a conexão entre fontes ativas e passivas, tornando a tomada de sinal coerente quando o controle de ganho não for suficientemente eficaz. Dessa forma, os sinais se manterão íntegros e sem deformações, o que é mais que desejável - e obviamente obrigatório - para produção musical.

Lixo eletrônico?

Sem dúvidas. Os mais atentos notarão que se trata de uma carcaça de CD-ROM. Para blindar a parte da frente do gabinete, que é naturalmente aberto para saída e entrada da bandeja, soldei uma tampa metálica que retirei da baia de um gabinete ATX. Fiz a mesma coisa na parte de trás, deixando espaço apenas para a conexão da fonte. A montagem é sólida, baseada em minúcias técnicas para eliminação de ruídos e para conferir boa resistência física. Com exceção dos potenciômetros, knobs e jacks P10, tudo é sucata - nova ou usada. O painel nem seria impresso, na verdade. Pretendia deixar 'no ferro' mesmo, para aparentar mais ainda com algo manual foi impresso e afixado mas não me convenceu, mesmo que tenha ficado bem legal. Logo, não hesitei em arrancar tudo e deixar 'no ferro', com cara de mau, focado em qualidade sonora e não em aparência. Assim como foi com o Vintage Pro II, o Projeto Labrador se destaca dos demais pelas características técnicas apuradas, foco na qualidade dos componentes e do projeto em si sem se preocupar tanto com a aparência física externa. Aqui entra a mesma pessoinha que me ajudou com este projeto e com este também: ela quem fez todo o painel do mixer de forma livre, conferindo todo um charme DIY pro aparelho. Então, sem mais delongas, algumas fotos do projeto.


Dia da furação do painel (com verba, ficaria
muito bom)

Painel montado (detalhe do canal 1 com eq)

Detalhe do attenuator (detalhe dos volumes do
monitor com peak e dos fones)

Painel traseiro com a chapa soldada, entrada para
fonte de alimentação e título do projeto

Conexão da fonte

Attenuator ativado nos três canais (LEDs indicadores)

Testes finais do projeto (sensacional!)

Como ficou a lateral? Assim.

Resultados excepcionais para custo baixíssimo

Log do projeto

02/11/2015 - Esquema elétrico definido
03/11/2015 - Iniciado planejamento do painel, características de timbre e auxiliares; em estudo indicadores visuais, suporte para monitor, fones de ouvido, efeito externo e balanceamento
15/11/2015 - Características definidas, aquisição de componentes críticos que estavam em falta e marcação do gabinete para furação e início da montagem
15/11/2015 - Gabinete furado e todas as funções foram definidas; silk do painel sendo gerado e montagem dos circuitos será iniciada
17/11/2015 - Esquema elétrico atualizado; fonte com design robusto e confiável com filtros AC/DC concluída; será iniciada a regulagem e distribuição das tensões para os circuitos dos pré-amplificadores
20/11/2015 - Iniciada a montagem dos pré-amplificadores, seleção dos LEDs indicadores, disposição dos componentes internamente e criação da arte do painel; ainda não definido o aspecto final do gabinete, mas provavelmente terá uma cara vintage =]
21/11/2015 - Boa parte do dia dedicada ao projeto rendeu toda a parte de pré-amplificação, equalizador, botões e indicadores LED; próximas etapas é conferir tudo, ligar os pontos +Vcc e fazer as primeiras audições e testes finais
22/11/2015 - Primeiros testes efetuados com rendimento muito próximo ao esperado; alguns ajustes já foram feitos para obter o melhor sinal possível (testes com violão elétrico e microfones) com a maior qualidade que conseguir tirar do circuito; painel afixado, LEDs definidos e já montados; falta finalizar a alimentação, fixar o botão POWER e ajustar alguns detalhes do painel para concluir o projeto
25/11/2015 - Finalização do projeto com fechamento do gabinete, medições finais de ruído aparente/cortes/consumo e outras coisas importantes para mim; esquema elétrico atualizado para arquivo pessoal;
26/11/2015 - Projeto Labrador publicado!

Frequencímetro Diatron FD-31P

Visitamos os sogros no último final de semana e, como de costume, visitei a 'sucata'. A sucata é um quarto onde meu sogro guarda parte das relíquias dele. Já falei do sogro por aqui outra vez, gênio da telefonia. Faz tempo que namoro esse frequencímetro e dessa vez ele acabou cedendo aos meus pedidos e eu voltei pra casa feliz da vida.

Não tirei fotos de antes da limpeza, mas o aspecto final ficou muito bom. O grande lance é que não encontrei o manual dele por aí, e se alguém tiver eu agradeço se disponibilizar. Inclusive venho pensando em postar vários materiais e softwares úteis para download. Coisa fina que saiu de linha e que somente os bons guardam...



Medição da frequência da rede elétrica (via trafo)

Interior muito bem conservado



CI's montados em soquetes (não se vê mais!)

Não se compara aos recursos de equipamentos mais modernos mas convenhamos que para a maioria dos trabalhos que vão pra bancada ele será perfeito. E reforçando o pedido: se tiver o manual dele envia para diy@llucastoledo.com.br ou posta em algum serviço Cloud e posta o link nos comentários.

** 19/06/2020

Recebi por e-mail do Nelson o manual do frequencímetro, agradeço pela colaboração! Já está postado na página do Drive.

GeForce 8500GT - mais do velho e bom lixo eletrônico

Ganhei esses dois presentes hoje, do mesmo Jair de antes. Ainda não liguei nem sequer desmontei pra limpar - embora já estejam bem limpas, gosto de substituir a pasta térmica original dos equipamentos. Vou atualizar a postagem assim que deixá-las como novas. Uma delas já tem destino certo: meu novo desktop reciclado que está sendo equipado para servir de estação de trabalho gráfico-audiovisual no meu novo home studio. Tudo caminha a mil por hora, e a máquina está com uma configuração muito interessante. Em breve posto sobre tudo isso e também sobre a minha experiência com o Ubuntu Studio, que aconteceu por mera curiosidade após ter conhecido a plataforma há alguns anos e também por eu ter iniciado em softwares livres como o Audacity.

Vem história por aí...






** 13/07/2015

Nenhuma das duas se salvou. Uma delas, tela azul. A outra, sem suporte a resoluções maiores que 1280x1024 e com manchas na tela. Nem limpeza nem reflow resolveram, nem troca de alguns componentes. Em todo caso, sempre se aproveita alguma coisa...





Os dissipadores de placas de vídeo são ótimos e você pode aproveitar para montar fontes reguladas/chaveadas, pequenos amplificadores e até amplificadores mais potentes, desde que você consiga um dissipador generoso ou utilize cooler auxiliar.

Outros dois dissipadores reaproveitados de placas de vídeo que serão utilizados muito em breve num projeto novo...  update! aqui está o projeto que levou esses carinhas aí!


GeForce 9400GT - sobrevida garantida!

Com alta rotatividade e vida útil cada vez menor, as placas de vídeo com até 1GB costumam ser sumariamente descartadas por razões que vão desde o capitalismo selvagem até um probleminha com cooler... E aqui está mais um caso desses, só que com um final bem diferente

Ganhei essa daí do Jair (meu fornecedor de lixo eletrônico mais ativo) e já é a terceira. Mas essa funciona de fato, só que veio com o cooler quebrado na base do eixo e sem a 'capinha' plástica da GeForce. Totalmente desmontada e limpa, só faltou resolver o cooler.




E foi resolvido. Não entendo o porquê de colocar uma placa dessas no lixo quando uma placa de vídeo onboard (das MB mais populares) costuma ter entre 32MB e 128MB não dedicados se você pode simplesmente doar alguns minutos técnicos para ter 512MB dedicados na sua máquina. Em todo caso, não é para ficar bonitinha nem ter LED: é para funcionar. 

Essa vai rodar macio ainda por alguns anos, com certeza. E para os curiosos, sim: ela está rodando como nova.


Cooler reaproveitado

Manutenção preventiva - Notebook Samsung RV415 CD3BR

Arquitetura AMD voltada para o uso doméstico/escritório, o RV415 CD3BR surpreende com uma placa de vídeo bastante avançada, suporte estendido para upgrade de HD e RAM, HDMI e VGA externos e bateria bastante razoável

Boa máquina. Simpatizo bastante com a marca e sempre tive algum equipamento Samsung por perto. Esse aí foi comprado em dezembro de 2012 e já veio com Windows 8 SL x64. Com uma configuração doméstica avançada se comparado aos concorrentes - tem uma placa de vídeo bem boa - tenho utilizado fortemente cada recurso da máquina com bastante satisfação. Como nunca foi aberto, achei que já era hora de limpar. Dito e feito: estava bem sujo.

Aproveitei para tirar fotos da mais nova técnica - não tão nova assim - para cortar custos do mercado: vamos soldar tudo! Sim, meus caros; a moda agora é soldar até os módulos de memória RAM... felizmente, não é meu caso, mas já muitas máquinas com RAM soldada e o cara não consegue fazer upgrade senão do HD. E não duvido que daqui uns anos os HDs venham soldados também. É o progresso que lhe coloca uma arma na cabeça e obriga a comprar tudo de novo.


Processador soldado na MB

Pelo menos memória eu consigo trocar

Depois da manutenção

Depois da manutenção

Remontando o notebook

Aspecto superior (fechado)

** 12/01/2015

Me convenci a atualizar pro Windows 10 de vez. Na época em questão, quando a Microsoft liberou a atualização, o fiz, mas tive problemas com o driver wireless que a Atheros não fornecia suporte. Alguns meses depois, utilizando o Windows 8.1 original de fábrica, optei por instalar o Windows 10 novamente em definitivo. Claro que gostei, mas é necessário desativar vários serviços e aplicativos para que o SO opere de forma clara com o usuário, mas, tirando esse lado negro do SO, o que fica é realmente muito bom. O Windows 10 se mostrou mais leve e mais rápido do que o 8.1 e, por esta razão, meus mais sinceros cumprimentos à equipe de desenvolvimento e pesquisa da Microsoft. 

Adoro Linux, sou defensor do software/hardware livre - com algumas reservas - e apoio toda e qualquer revolução tecnológica. Mas convenhamos, cá entre nós: Windows sempre será a plataforma de trabalho mais realista do mercado. Por esta razão - e em respeito ao Microsoft Team - que sigo utilizando o Windows profissionalmente. E não penso em deixá-lo tão cedo. 

Lego'Clock

Unindo os restos lógicos de um micro-ondas morto com o brinquedo mais genial já produzido, chegamos ao projeto DIY mais divertido e útil do site: o Lego'Clock. Com backup de energia e autonomia estendida, o projeto traz a praticidade do Lego para DIY com a reciclagem de material eletrônico

Nosso micro-ondas partiu faz tempo mas como eu não deixo nada passar, salvei a placa de comando inteira. Como joguei fora a membrana do teclado, precisei mapear cada tecla de 0 a 9 e o 'cancelar' para que pudesse utilizar como relógio. As demais funções não seriam utilizadas, portando, foram desconsideradas. Até pensei em utilizar a placa como timer de precisão, mas faz tempo que quero um relógio digital...




A placa originalmente possuía um transformador de duplo enrolamento (10V x 250mA e 7.5V x 50mA) que foi removido e substituído por uma fonte externa de 9V x 210mA (mais lixo: alimentava um telefone sem fio) casada numa configuração clássica com uma bateria de 9V de backup. O teclado para ajuste das horas, depois que mapeei as teclas, foi montado utilizando botões de clique de mouse e não é visto nas fotos porque é alocado dentro da 'caixa' de Lego, juntamente com a placa de comando - que foi cortada meticulosamente para reduzir suas dimensões - e a bateria de backup. Tudo coube cuidadosamente dentro desse gabinete nostálgico e colorido. Quanto ao consumo, é extremamente baixo e fica ligado todo o tempo sem perder o horário ajustado mesmo quando falta energia elétrica.

Uma última alteração que pretendo fazer é um ajuste de brilho automático dos LEDs do display. Quero algo bastante fraco no escuro e com brilho normal durante o dia, mas de forma autônoma, que ele entenda as alterações de luminosidade do ambiente e que se ajuste sozinho. Será atualizado em breve.


Display no escuro


Para ilustrar melhor o projeto, passo a palavra para minha estimada companheira, que também esteve presente em outro projeto do site e que contribuiu de forma avassaladora para que o relógio tivesse acabamento de Lego, que ela guarda desde a infância.

Ah... Fazia tempo que o Lucas estava de olho no meu Lego... Claro que eu só iria cedê-lo para um projeto que, além de genial, tivesse também um legado (ops) emocional. Nada de desperdiçar minhas pecinhas de quase 30 anos com qualquer coisa. Queria algo, na verdade, que eternizasse meu brinquedo favorito de infância e fosse, ao mesmo tempo, útil. O projeto do relógio digital se encaixava perfeitamente nisso.

Separei quais peças ele poderia usar e esperei pela criação, como de praxe. Mas a engenharia da coisa não fluía, então resolvi intervir, digo, monopolizar a parte estrutural do projeto. E então tudo foi se encaixando, literalmente. Fiz o mosaico nos mínimos detalhes, bem como manda meu TOC. Incluímos portas e janelas - também - pela falta de pecinhas, mas elas foram justamente a cereja do bolo do lego. Amei. Ah. E o nome foi ideia minha. Agora só falta regular a luminosidade do display para que eu consiga voltar a dormir.


Demonstração do backup de energia






FSH 1.4 - Strobo para central de alarme

Um projeto enxuto, econômico e muito eficaz, que pode ser utilizado com a maioria das centrais de alarme com saída de disparo positivo ou negativo, inclusive podendo ser conectado diretamente às saídas para sirenes

A ideia é chamar mais atenção para a ocorrência, juntamente com o disparo da sirene. Utilizando um 555 como base, até 1,4A de LEDs de alto brilho poderão ser alimentados com consumo seguro. Neste caso em específico, utilizei três séries de LEDs vermelhos de alto brilho ligados em séries de 5, para criar o efeito. Não tem mistério neste projeto: 555 gera os pulsos que podem ser alterados pelas chaves SW1 e SW2 em até 4 combinações diferentes para o efeito e esse sinal é aplicado a um driver com um transistor de média potência que, por sua vez, alimenta os LEDs. 

Para disparar os LEDs juntamente com a central de alarme, há duas formas diferentes que resultam no mesmo efeito. A primeira opção é utilizar o pino de disparo padrão da central, geralmente utilizado em discadoras. Outra forma é conectar a interface do strobo juntamente com a sirene. Não afetará de forma alguma o funcionamento da sirene, já que contamos com uma interface óptica completamente isolada. Não há contato entre a central de alarme e o strobo, tudo é 'conectado' via acoplamento óptico.

O FSH 1.4 oferece suporte a backup via bateria selada de 12V x 7A para manter o sistema funcionando em caso de interrupção do fornecimento de energia elétrica fornecendo carga e flutuação automáticos e comutação 'macia' sem a utilização de relés, reduzindo o consumo total e aumentando a vida útil da bateria. Dependendo da quantidade de LEDs que forem utilizados e também da capacidade da central de alarme, é possível conectar o FSH 1.4 diretamente aos pinos de alimentação auxiliar que a maioria das centrais dispõe. Dessa forma, dispensaria a utilização da fonte externa e da bateria de backup, ficando a cargo da central a alimentação do strobo. Geralmente as centrais mais dignas podem oferecer 12V estabilizados com correntes mínimas de 300mA para alimentar componentes extras. Sendo assim, cada caso é um caso.

Para auxiliar a operação, há 3 LEDs e um botão de pressão NA no corpo do FSH 1.4 além de duas chaves comutáveis HH lado a lado. Um LED verde de 5mm indica que o FSH 1.4 está ligado enquanto que outro LED verde idêntico monitora a tensão da bateria, indicando carregamento e/ou flutuação. Um terceiro LED vermelho de 5mm é utilizado para monitorar a saída de disparo, ou seja, pisca na mesma frequência dos LEDs de alto brilho do strobo. O botão de pressão NA serve para testar o disparo, tanto para fins de teste da saída quanto para verificação dos pulsos. As duas chaves HH lado a lado controlam a frequência das piscadas, uma para ajuste 'grosso' e outra para ajuste fino.

Sem maiores delongas, tudo é lixo eletrônico: a carcaça abrigava a fonte de uma impressora EPSON, os LED's de alto brilho são todos de mouse, os bornes foram retirados de uma placa de nobreak... E por aí, vai.


Borne de energia: + BATT, GND, + Vcc

Bornes de saída: Interface, LEDs

Imagem comparativa das dimensões

LED monitor de disparo e botão de teste

Teste executado (LED pisca na mesma frequência)

Chaves HH de seleção do efeito

Visão geral

Strobo conectado

Conjunto completo (bateria 12V 7A)

LEDs de energia: status da bateria, fonte conectada

Strobo

Disparo


Assim que estiver instalado e funcionando junto com a central, crio um vídeo demonstrativo. Criei um vídeo demonstrativo sobre o funcionamento do strobo, instalado. Imagens não muito dignas.


TR1000e - TRAFO de 1000VA com proteção de carga e Soft Start (SS)

Baseado numa recente modificação de um estabilizador de tensão, o TR1000e ganhou status de inovador e cresceu em tecnologia e proteção - tanto das cargas quanto do próprio conjunto - tornando mais eficiente a forma com que utilizamos a energia elétrica e observados os estados de operação do sistema

Recentemente fiz uma modificação num estabilizador de tensão Enermax de 1000VA. Ficou basicão, sem qualquer recurso adicional além de um LED vermelho indicador de ligado. Dessa vez, aprimorei a modificação adicionando indicadores, proteções e mais poder e segurança ao projeto.

Utilizando a carcaça de um nobreak APC de 600VA que morreu há algum tempo, consegui adaptar o enorme trafo e o circuito soft start no interior bastante 'confuso' - tanto que precisei cortar algumas ligas plásticas para liberar espaço. Também alterei o circuito dos LED's frontais original para atender aos princípios do projeto.

Para conectar o TR1000e à rede elétrica, basta conectar o cabo AC na tomada traseira (não existia no gabinete do nobreak) e virar a chave AC localizada no painel traseiro, logo abaixo da tomada AC de entrada. Note que esta chave bipolar com capacidade de 250V x 15A também foi adicionada ao projeto. Dessa forma, o LED de status (vermelho, 5mm) é iluminado indicando tensão primária. As saídas não são acionadas, obviamente, até que se pressione a chave SS (soft start) do painel frontal, o que aciona todo o conjunto. Se tudo está OK, o LED de status se apagará, o LED ON (verde, 3mm) se ilumina juntamente com o LED OK (amarelo, 3mm) indicando tensões corretas e acionamento do SS. Em casos de subtensão, onde a tensão de entrada é inferior aos 220V necessários, o LED de status permanecerá iluminado e o SS não acionará, permanecendo inativo para proteger o sistema e as cargas. Para sobretensão ou sobrecarga, o fusível será rompido. A chave bipolar corta completamente as duas fases da tensão no interior do equipamento, permitindo total isolamento da rede elétrica quando não estiver em uso. Também há integração total para fins de aterramento, respeitados os pinos e as normas.

Há um quarto LED no painel, LED FUSE (vermelho, 3mm) que indica o status do fusível principal - 250V x 15A de queima rápida. Quando em operação, esse LED permanece apagado. Se o fusível se rompe, o LED se ilumina indicando sua avaria. Nessas condições, o LED de status também se ilumina, indicando tensão primária mas ao acionar o botão SS no painel frontal, mesmo se apagando, não há acionamento do sistema até que o fusível seja verificado e restaurado. Ao substituir o fusível, o LED FUSE se apaga e o sistema volta a operar normalmente. Foi adicionado um cooler - originalmente retirado do nobreak, na época - para melhorar a dissipação de calor no interior, já que temos 1000VA de potência que serão usados em cargas por longos períodos de tempo. Não seria necessário, levando em conta o projeto, mas gosto de manter as coisas trabalhando em condições generosas para que durem mais tempo e também para que não ocorram gargalos devido aos limites de operação em faixas de temperaturas mais altas.

Guardava esse gabinete da APC faz tempo, sempre achei ele bonitão e queria lhe dar um destino digno. Acho que consegui.


Cabo com capacidade de 15A e 250V

Detalhe para o conector AC IN e chave bipolar



LED's: status, on, fuse, ok


Criei um vídeo demonstrativo para entender o funcionamento do SS e dos indicadores do painel frontal.

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