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Bike Fast Charger (BFC) - carregador automático compacto para Bike Power Bank

Tamanho reduzido, alto rendimento e total controle da carga, o Bike Fast Charger faz parte do grande projeto de energia móvel para bicicletas utilizando eletrônica pura com componentes simples de fácil reposição

Não há muito o que dizer sobre o carregador. É um carregador automático. Simples. Não?! Seria simples se fôssemos analisar os carregadores comuns que encontramos no mercado para baterias de íons de lítio. São simples fontes de tensão constante onde o equipamento a ser carregado é quem se encarrega do controle da carga. No caso do Bike Power Bank, temos somente as células e os circuitos internos, nenhum controle. Por essa razão, o Bike Fast Charger - chamado apenas por BFC - fornece a tensão constante necessária para a carga das células de 7.4V x 4.4A e ao mesmo tempo controla essa tensão, fazendo o corte da carga - e quando falo em corte, é corte mesmo: o carregador se desconecta fisicamente do BPB - no momento em que as células alcançam quase 100% de sua capacidade. Sim, quase 100%. Não há necessidade de se carregar 100% das células a menos que você queira reduzir sua capacidade aos poucos. Porque para chegar aos 100%, as células precisam ficar expostas mais tempo que o necessário à carga, o que pode levar a saturação em poucas dezenas de ciclos. Por essa razão, o BFC recarrega de forma segura, próximo aos 98%.

Foi utilizada uma carcaça de fonte genérica para antigas impressoras HP e também foram reutilizados os mesmos cabos de entrada e saída de energia por uma questão prática e estética. Por sorte o plug P4 dessa fonte era idêntico ao P4 do Bike Power Bank - BPB - e não precisei substituí-lo. 

O trafo utilizado fornece 9V x 1A que são devidamente retificados e aplicados ao controle da carga. Dois LEDs foram adicionados, um verde e um âmbar. O âmbar indica que o BFC está carregando (e ele somente acende caso o carregador esteja conectado ao BPB e este realmente necessite de alguma recarga) e o verde se acende ao fim da carga, fazendo com que o LED âmbar se apague. Uma carga não tão rápida a ponto de saturar as células e nem tão lenta a ponto de deixar na mão. Se for necessária uma carga completa no BPB, iniciando à noite, por exemplo, dentro de um período onde a bicicleta não será utilizada - não se deve interromper o ciclo! - certamente a carga estará completa bem antes do amanhecer. Ou seja, prático, rápido e limpo. E quase de graça =]

Sem maiores para contar, as fotos.


Bike Fast Charger

Cabos originais reaproveitados

LEDs indicadores (carga e carregando)

Carga completa

Carga completa


Carregando BPB

Bike Power Bank (BPB) - 7.4V x 4.4A de pura autonomia

Um projeto audacioso e ao mesmo tempo simplório para alimentar as luzes de segurança da bicicleta, um alerta sonoro com decibéis elevados e uma porta USB de recarga emergencial para celulares e tablets, o Bike Power Bank é uma fonte de energia limpa e totalmente renovável, eliminando a substituição de pilhas recorrentes 

Simplório. Já disse tudo. 

A ideia era desenvolver uma forma barata e eficaz para sustentar as luzes e o sonoro da bicicleta. Sou um ciclista urbano que anda entre os carros e ônibus de forma rápida e ágil, buscando me locomover com segurança e eficiência em qualquer horário pela cidade saturada de veículos. E adoro ser livre. O que me deixava irritado era o fato de não poder implantar luzes e sonoros mais potentes - para melhor ser visto - por conta das limitações óbvias dos sinalizadores comerciais que utilizam baterias CR2032 e pilhas comuns. Isso sem contar com o grande problema desses sinalizadores: água. Dificilmente você vai encontrar algum pisca resistente a água. Outra coisa muito chata é o troca-troca de pilhas e baterias. Quem utiliza a bicicleta todos os dias e faz uso de sinalizadores, sabe que a carga não dura muito tempo, deixando as luzes brandas e com baixo alcance. O que é um grande risco quando se trafega entre os demais veículos em vias rápidas. Ver e ser visto. Eis o lema.

Não satisfeito, consegui uma bateria de notebook Dell com seis células. Utilizei quatro delas e montei tudo numa caixa plástica - que poderia ter sido preta, mas era o que eu tinha e pronto. Montei também uma porta USB para recargas emergenciais de celulares e tablets, duas saídas full em padrão P2 para luzes e sonoro e um bargraph de quatro LEDs indicadores de status de carga disponível. Tudo isso sem utilizar um único CI ou microcontrolador, jovens. Isso mesmo. Tudo na boa e velha eletrônica pura. Fixado no bagageiro da bicicleta com todos os cabos discretamente passados, o conjunto ficou muito harmônico.

Para proteger todo o conjunto durante a recarga das células, foi adicionado um circuito que não permite o acionamento das luzes e sonoro enquanto o carregador estiver conectado e ativo. É simples, mas permite salvar LEDs e resistores - bem como o circuito de pisca e potência - de ter contato com a tensão do carregador. Também adicionei um fusível na saída das células, antes de qualquer circuito, para evitar sobrecarga e curto-circuito. Afinal, estamos falando de 4.4A. Macaco velho.

Luzes

O sinalizador dianteiro é formado por seis LEDs de alto rendimento retirados de uma tela de monitor de vídeo. Foram fixados de forma a dissipar calor na parte metálica interna, promovendo a transferência térmica inteligente. Tudo montado numa caixinha de fonte chaveada de algum modem ou roteador. O sinalizador traseiro, formado por dois LEDs em série - da mesma fonte dos LEDs do dianteiro - montados num padrão formado por acrílicos em 90º (um para frente e outro para baixo) dão um visual muito bacana. A lanterna traseira foi montada de lado no bagageiro, facilitando a carga e abrindo margem para a fixação de uma placa bem bacana que pretendo colocar na bicicleta. Só para constar: tudo lixo eletrônico. 

O efeito diferenciado de piscadas foi obtido - não, não se trata de MC aqui também não! - alterando a fase de um astável com transistores comuns e aplicando o sinal num transistor de maior potência. Tudo elegante, perfeitamente montado e escondido. E o melhor: resistente a água.

Tenho deixado um plástico revestindo o Power Bank porque em Pelotas realmente chove em todas as direções, e como a caixa é branca, se eu deixar exposta ao inverno, certamente vai ficar toda manchada e feia. Logo, fica assim por enquanto. Aperfeiçoei a proteção utilizando plástico filme, que, apesar de menos resistente, abraça melhor o case e veda com eficiência.

Fico devendo as fotos do Bike Fast Charger (o carregador do power bank) - e um vídeo do conjunto acionado - por enquanto, já que estou trabalhando numa versão de menores dimensões, para ficar mais fácil de transportar e mais leve que o atual. Sem mais, as fotos.


Power Bank ativo (LED azul)

Power Bank carregando (LED vermelho)






Fixação no bagageiro

Vista inferior (destaque do para-lama de PET)

Sinalizador traseiro

Sinalizador dianteiro (destaque para o para-lama de PET)

Sinalizador dianteiro (destaque para o para-lama de PET)

Sinalizador dianteiro (destaque para o para-lama de PET)

Botão de acionamento do sonoro

Promessa é dívida: saindo o vídeo demonstrativo no mesmo dia da publicação do projeto. O vídeo da carga e as fotos do carregador novinho serão publicados ainda esta semana. Se tudo correr como o previsto.


** 01/06/2017

E aqui está o Bike Fast Charger - ou BFC - pronto e já publicado!

** 28/07/2017

Um pequeno upgrade na lanterna traseira para mudar a luz branca para vermelha. Na época da montagem, não consegui LEDs vermelhos com luz suficiente para a aplicação, então, apliquei dois LEDs brancos dos mesmos da lanterna dianteira. Dia 26 comprei 2 LEDs de 10mm alto brilho e fiz a troca. Ficou muito padrão e com brilho maior ainda! Fiz um GIF para ilustrar.


Sim, agora com para-lamas!

** 12/10/2017

Fiz um upgrade dia desses e não registrei aqui: mais LEDs e LEDs grandes na lanterna traseira para melhor visibilidade. Em dias chuvosos ou com baixa visibilidade, a lanterna anterior não dava conta...

Tão luminoso (ou mais!) que a lanterna dianteira

Projeto Labrador - VAA - The Visual Audio Analyser

Um projeto muito bem estruturado e pensado para aplicação hi-end e monitoria de nível, o VAA alia tecnologia digital com algoritmos avançados para criar uma atmosfera de controle visual dinâmica enquanto aplica todas as vantagens do novíssimo pré-amplificador/bypass transparente/flat diyPowered, recentemente desenvolvido, aprimorando a audição e eliminando ruídos

Quando falei aqui que me rendia aos microcontroladores - "A utilização do MC será apenas para projetos mais complexos, onde pretendo otimizar espaço e engrandecer funcionalidades" - eu falei bem sério. E alguns meses após essa postagem, nasce o primeiro projeto diyPowered baseado num microcontrolador. Trata-se do que chamei a partir da versão 3.1 de 'VAA', sigla de The Visual Audio Analyser. Projeto muito simples e, ao mesmo tempo, não. Se trata de um projeto que nunca saiu da  bancada, que ficou empacado por conta de algumas dúvidas acerca de sua execução final. A princípio, seria um projeto análogo que sustentaria um conjunto de bargraph de 10 faixas (analisador de espectro) contendo frequências audíveis. Por fim, ficou sem alterações por mais de um ano.

Adquiri a minha primeira plataforma Arduino Uno R3 no final do mês de dezembro de 2016. Brinquei poucas vezes e estudei muito sobre sua história e fundamentos. É quase impossível não se apaixonar pelos microcontroladores quando se precisa de funções e de controles avançados que se tornariam dispendiosos e caros se produzidos com eletrônica pura. E desse caso de paixão à primeira vista, consegui dar prosseguimento a um projeto muito antigo que não havia saído da bancada ainda por falta de tempo e também de ferramentas adequadas para a aplicação. Não fosse esse contato pleno com a IDE do Arduino, provavelmente o VAA - Visual Audio Analyser - não teria sido um projeto tão audacioso. E talvez nem tivesse sido concluído ainda. O código que dá vida ao projeto foi escrito com todo cuidado possível, corrigido e revisto milhares de vezes entre fevereiro e março de 2017.

Funcionamento

Simples. O áudio passa pelo novíssimo pré-amplificador/bypass transparente/flat e é corrigido automaticamente de acordo com níveis definidos previamente - níveis standard. A saída desse áudio é aplicada ao VAA que mostra no display as condições de passagem e alerta, se necessário, tanto via display quanto por meio do LED único no painel. As seguintes leituras no LED são possíveis de serem observadas:

Azul = indica que o sistema está ativo/sinal standard
Lilás = sinal fraco/intermitente
Vermelho = sinal alto demais (clip)

No display, as seguintes informações são possíveis de serem observadas:

L/H = L (low) até H (high) indicam a média de sinal aplicada à saída (é um VU meter)
in: lo = sinal baixo ou intermitente (sincronizado com LED lilás)
in: st = sinal standard, padrão até 0dB (não altera leituras nem atua no LED)
in: hi = sinal alto demais (piscadas indicam picos apenas, mas pode permanecer aceso em caso de clip)
spl: -dB = sinal baixo ou intermitente (sincronizado com LED lilás)
spl: 0dB = sinal standard, padrão até 0dB (não altera leituras nem atua no LED)
spl: +dB = sinal alto demais (piscadas indicam picos apenas, mas pode permanecer aceso em caso de clip)

É uma forma muito prática de observar todo o percurso do sinal até chegar no amplificador, podendo ajustar o ganho com muita eficiência. Assim como outros projetos que uso atualmente, o VAA foi 'casado' com características perfeitamente adequadas ao restante do set, tornando a audição final muito prazerosa e presente. A aplicação do novo pré-amplificador/bypass transparente/flat inclui buffer que previne erros com impedâncias e perdas com cabos, aprimorando a pureza. O conjunto formado pelo display LCD retroiluminado e pelo LED multifuncional torna o monitoramento ainda mais eficiente, permitindo a observação das condições do sinal mesmo a distâncias maiores, o que seria impossível se somente houvesse o display LCD, dadas as características desse tipo de visor.

A aplicação do VAA se dá de duas formas, de acordo com o set a ser utilizado. A melhor forma de utilizar o VAA é na saída do pré-amplificador ou gate, antes do compressor e, obviamente, antes do amplificador de potência. Se não existe um set tão completo, a aplicação se dá antes do amplificador de potência, desde que casadas suas características com o sinal recebido.

No painel traseiro, todas as conexões necessárias se fazem por meio de dois pares de RCA (meus favoritos) e a tomada AC padronizada. Há um LED vermelho no canto superior esquerdo, +P, que indica as condições da fonte de alimentação do setor de áudio analógico. É uma fonte muito bem feita, com 18V regulados e muito estáveis com corrente fixa de 150mA. Tensão e correntes padrão para sustentar a nova linha de sinal diyPowered. A ideia de manter esse LED é verificar se há erro ou falha na tensão, o que faria com que o LED se apagasse completamente. Isso se faz necessário por conta de termos fontes internas separadas e dedicadas a cada funcionalidade, no total de duas fontes. Todo cuidado foi tomado nessa condição para evitar ruídos e outros parasitas, uma vez que tratamos de um equipamento sensível, de precisão e de ganho elevado.

O microcontrolador

O MC utilizado é o ATMEGA328P-PU gravado via IDE do Arduino Uno R3. Para montar a seção do display e dos demais lógicos, comprei uma placa standalone no Mercado Livre para evitar maiores gastos e trabalho desnecessário com uma placa virgem. É uma placa muito bem feita, com grande cuidado e com aparência profissional. Certamente volto a comprar desse vendedor. Se quiser comprar também, aqui vai o link original do anúncio e a lista de produtos desse vendedor. Também comprei um kit com soquete, cristal e tudo o que precisava para tirar o MC da plataforma e poder rodar o programa. Não usei todos os componentes do kit, somente o soquete com os capacitores e o cristal, já que tinha todo o restante já montado e pronto.

Geralmente, somente produzo a placa quando o projeto é muito específico e demanda muitos componentes. Se não, sou adepto da técnica P2P devidamente calculada e harmonizada, o que traz grandes vantagens para projetos sensíveis como a distância reduzida entre os componentes, o baixo custo da produção total, a otimização do espaço físico utilizado internamente no gabinete e outras grandes vantagens que não vem ao caso mencionar. Quem sabe isso vira tema de uma postagem dia desses?!

Com esses kits e placas com preços acessíveis, não vale mais a pena produzir a placa para o projeto, já que a qualidade nunca será tão grande se comparada à produção industrializada. Fora o trabalhão que dá, convenhamos. E mesmo que você consiga produzir em casa uma placa com a mesma qualidade, isso vai custar, certamente, muito mais dinheiro do que deveria. Então, produza suas placas pensando na qualidade do esquema, no cuidado com as distâncias, nas larguras das trilhas... deixe de lado, um pouco que seja, o quesito estético; estética nunca soou tão bem, veja os exemplos comerciais. Pare de ler esses fóruns que somente induzem à dúvida e acredite mais nos seus ouvidos. Não há osciloscópio melhor do que eles.

O novo pré-amplificador/bypass transparente/flat

Há anos que trabalho com linhas de correção e de aprimoramento de sinal com duas etapas básicas, uma para cada fundamento, com seus respectivos ajustes possíveis. Para este projeto, em específico, decidi aplicar a nova linha combo do pré-amplificador/bypass transparente/flat, que uniu as duas funcionalidades das linhas anteriormente utilizadas numa única linha de série, com grandes aprimoramentos e uma fase de atuação pouco usual. A cereja do bolo fica por conta da surpreendente resposta audível totalmente configurável internamente que permite a aplicação do combo em inúmeros projetos de áudio.

Por padrão, foi definida a alimentação de 18V x 150mA para a unidade estéreo do circuito. Essa tensão deve ser muito bem regulada e estável com grande filtragem e desacoplamentos inteligentes, possuir um LED vermelho de 3mm em série com um resistor de 3,3k (chamado de +P) como monitor de tensão e também contar com corrente fixa. Como foi utilizado o regulador 7818 para a fonte padrão do conjunto - por todas as razões favoráveis - pelo gerenciamento inteligente de corrente/tensão, por uma característica padrão do CI regulador, a tensão é cortada quando há algum problema na saída estabilizada, o que se observa facilmente pelo LED +P. Nessas condições, fica implícita a necessidade de manutenção sem a necessidade de abrir o equipamento.

Do lixo ao reuso

E como é de praxe, grande parte das peças e partes utilizadas estariam no lixo. O gabinete é formado por partes de quatro distintos doadores: um gabinete desktop, dois drives de DVD e um notebook HP. Os mais atentos notaram, agora, que as grades metálicas frontais são de um clássico notebook HP, assim como as frestas de ventilação traseiras. As tampas de baias de gabinete desktop já não são novidade por aqui e o trafo do VAA veio do gabinete utilizado no Pur'A. O LED frontal é um bicolor blue/red retirado de um nobreak SMS e o display LCD veio de sucata de automação comercial há alguns meses. Para o projeto original - lembrando que todos os projetos diyPowered são protótipos - o LCD possui 4 linhas e caracteres amarelos, coisa bem fina, e exibe as condições de alimentação do setor de linha (pré-amplificador/bypass transparente/flat) em conjunto com o LED +P, entre outras funcionalidades,  tornando o conjunto ainda mais peculiar.

Sem mais delongas, as fotos do VAA.


Vista superior

Painel frontal

Painel traseiro com o LED +P, entradas e saídas e AC in

Painel em condição standard de sinal

Transição de sinal de standard para low sem alteração do LED
indica passagem e não condição de nível baixo real

VAA executando boot

Detalhe para LED +P






** 14/10/2017

Após meses de uso com grande aplicabilidade, fiz o primeiro update do VAA. Inclui melhorias na amostragem, remoção do fade do backlight e encurtamento do boot do programa principal, para carregar mais rapidamente. Também revisei a fonte, e tudo está perfeitamente funcional. Uma curiosidade: a versão atualizada é a 3.2 e o VAA foi lançado na versão 3.1 do código. Sim, oras. Isso porque somente após a versão 3.0 que o VAA foi considerado confiável na amostragem. Antes disso, as amostras eram defasadas e sem sincronia, entre outros bugs. A versão atual está mais enxuta, mais rápida e mais precisa.


Update 3.2

** 23/11/2017

Alguns acertos nos cálculos e melhorias na fonte (estava aquecendo além do que eu gostaria) e nos filtros.

Update 3.3 (formatação dos caracteres já segue o novo padrão)



PROCATER II - Uma nova versão do grande projeto de proteção AC


Pois bem. A pedido do meu sogro - recentemente mencionado aqui - montei mais uma versão do PROCATER para uso em telefonia. O anterior - e o primeiro da linha - se encontra em uso massivo num grande hotel de Bagé há mais de um ano, funcionando perfeitamente e protegendo com muita classe uma central telefônica que possui histórico de problemas causados por descargas e sobretensão elétricas. Nunca mais se ouviu falar desses problemas por lá após a implantação do projetinho, o que me deixa muito contente e satisfeito.

Como ele está com um segundo caso local de torra-torra de central, me encomendou outra unidade para implantação imediata. Não há necessidade de eu me repetir sobre a simplicidade e precisão do projeto, já que existe no diyPowered um registro muito completo de todo o funcionamento e aplicação.

Seguindo a filosofia diyPowered, praticamente todos os componentes seriam dispensados como lixo eletrônico, a começar pelo gabinete utilizado: fonte de impressora HP. Obviamente que os componentes ativos são novos e testados, mas o que dá para absorver do meio ambiente, a gente absorve : )

Sendo assim, algumas fotos da nova versão.


Acionado

LED único


Saída 220V (padrão antigo proposital)

Entrada 220V

Link original do primeiro PROCATER: http://diypowered.llucastoledo.com.br/2015/04/procater-protetor-contra-alta-tensao-de.html

Pur'A - Amplificador de Potência Hi-End Classe A

Com um visual vintage, indicadores precisos, grande dissipador de calor exposto, sonoridade de qualidade impecável e uma cara de mau, o Pur'A é meu grande projeto classe A para minha coleção de projetos de amplificadores de potência desenvolvidos nesses muitos anos de DIY

É com muita alegria que publico mais este projeto que prima pela qualidade sonora e pelo visual vintage, que aplico mais uma vez na identidade diyPowered. Por se tratar do meu primeiro projeto finalizado - montar esquema em bancada para ver se funciona e para testar a sonoridade não conta! - de um amplificador classe A, quis fazer tudo direitinho. Fui até um pouco além do que pretendia ao adicionar funcionalidades avançadas naquilo o que deveria ser bastante básico. Mas eu não me aguento e lá fui complicar o projeto.

O projeto Pur'A

Há alguns carnavais, montei de brincadeirinha só pra ver como era o projeto 3 - 5 Watt Class-A Audio Amplifier, publicado no site RED Free Circuit Designs, e achei muito interessante pela qualidade final do áudio - mesmo com toda a simplicidade do esquema. Fiz algumas alterações na época tentando melhorar o que já era bom - e lá fui complicar o projeto - e acabei redesenhando todo o circuito. Na verdade, acabei criando um novo esquema me baseando na mesma simplicidade do projeto original, alterando alguns componentes, aumentando o número e a ordem deles. Consegui uma qualidade surpreendentemente superior ao adicionar poucos e alguns novos componentes, redesenhando o projeto original que acabou se tornando um novo projeto. É complicado, mas em suma, o 3 - 5 Watt Class-A Audio Amplifier serviu como inspiração para o Pur'A, assim como projetos clássicos e minimalistas como Super Class A Amplifier, J. L. Hood Class-A Single-Ended Amplifier e os projetos do gênio Nelson Pass.

Mas ainda não tinha montado um classe A para chamar de meu. E isso me deixava um lugar vazio numa estante cheia de grandes projetos já finalizados. Então, há algumas semanas, encontrei um antigo decodificador de TV a cabo jogado no lixo, enquanto levava Cícero, o labrador para aquela voltinha de final de tarde. Nada hesitante, meti a mão nele e carreguei pra casa.

Desse decoder, aproveitei alguns CIs e o trafo, que possui dois secundários (enrolamento único de 40V x 150mA e duplo de 7V x 800mA) e apenas um primário de 220V. E claro, o gabinete dele. Fiquei alguns dias pensando o que montar naquele gabinete toscão, mas a ideia de finalmente montar meu classe A foi mais forte. Mesmo sabendo que seria complicado colocar tudo dentro desse gabinete com elegância e segurança, me desafiei. De novo.

Fonte de alimentação

Sempre me apego ao projeto da fonte. E quase sempre levo mais tempo definindo seu esquema e características do que trabalhando em outros setores do projeto. É que a fonte, na minha opinião, é parte tão fundamental do projeto quanto o setor que receberá sua alimentação. Não consigo conceber o isolamento de prioridades dentro do projeto onde a fonte de alimentação fica em terceiro plano. Porque de nada adianta PCI com fibra de vidro e componentes selecionados a dedo se você vai montar uma fontezinha porca.

E lembrando: uma fonte mal projetada pode colocar em risco todo um projeto.

Mas voltando ao tópico inicial, meu esquema redesenhado e chamado já na época de Pur'A (píure-Ei) drena cerca de 800mA por canal numa tensão de 24V estabilizados. E quando estamos falando de um classe A, seja ele um solid state ou tube, são 800mA violentamente devorados de forma contínua. E não é pouca coisa. Como costumo respeitar os componentes mantendo uma boa margem de segurança, o projeto original da fonte conta com dois - sim, dois - transformadores de 30V x 1A, um para cada canal, que sustenta uma linha regulada de 24V com um banco de capacitores que somam 27000MF devidamente desacoplados e com resistores auxiliares de 0.10R x 5W. Uma super fonte para um super projeto.

Isso num mundo justo. É que, na época, eu possuía esses dois trafos disponíveis. Para o projeto definitivo do Pur'A, fiquei na mão por alguns dias até me lembrar de uma fonte chaveada que possuo faz tempo que fornece exatamente a tensão que preciso com gordos e redondos 2.5A - mais do que o suficiente para sustentar a queima de corrente das potências. Como a premissa diyPowered é o reaproveitamento das tecnologias, adotei com alguma resistência - não pude perder o trocadilho - a fonte chaveada no projeto. É que não gosto de fontes chaveadas para amplificadores de potência e outros equipamentos que trabalham criticamente com áudio. Mas como a necessidade é maior do que o dinheiro para comprar o um trafo toroidal de 24V x 3A...

Não tem muito o que dizer sobre essa fonte, só que é bem projetada e que possui boa estabilização e corrente. Mantive o banco de capacitores do projeto original, mas reduzi os 27000MF para 20000MF, já que não é necessário tanta coisa assim para a saída de uma chaveada. O resultado? As potências trabalham felizes e devoram suas correntes sem culpa.

Potências

A ideia era pretensiosa: montar as potências num dissipador de calor vertical, afixar todos os componentes dentro do pequeno gabinete e torcer para que cada peça coubesse perfeitamente. Isso sem falar na dissipação interna dos transformadores e da fonte regulada - em tempo: a configuração atual não utiliza trafos, como disse anteriormente. A dissipação das potências era garantida pelo contato maciço com o ar, já que a peça foi montada externamente, mas o calor gerado pelos transformadores e pela regulagem da tensão da fonte era um desafio a ser vencido - mesmo queimando corrente e cozinhando o dissipador, os transistores trabalham dentro da faixa de segurança, bem abaixo da máxima. O gabinete possui frestas de ventilação inferiores bastantes generosas - na base metálica - e apenas uma parte do painel traseiro possui aberturas para ventilação. Não é um projeto dos mais inteligentes no quesito circulação de ar, mas como o aparelho original não necessitava de grandes trocas, não se justificava fazê-lo.

PET - Ponto de Equilíbrio Térmico

Uma função desnecessária que achei legal embutir do Pur'A é o que chamo de PET - Ponto de Equilíbrio Térmico. É o ponto onde as potências entram em trabalho constante e limpo, após alguns minutos do acionamento da fonte de alimentação. É que, dentro das minhas concepções, valvulados e transistorizados classe A somente me convencem de sua qualidade após estarem quentes. E quando eu falo em quentes, falo de cheiro de vapor e de regiões tão aquecidas que se torna inviável tocá-las por mais que 1 segundo =]

Aproveitando o painel original do decoder que possuía três botões (channel down/up e power on/off) adicionei um espelho por trás que, iluminado por LEDs de cores amarelo lâmpada de 6V para power e verdes temos 20 anos de uso. Os verdes é que indicam esse ponto de equilíbrio, onde os dois devem estar acesos e nunca somente o down ou o up - isso indicaria um erro de calibração. Alguns minutos após o acionamento do Pur'A, esses dois LEDs verdes devem se apagar lentamente e em conjunto, indicando visualmente que as potências estão equilibradas e equivalentes. Isso garante que a pureza do som está validada, de certa forma.

E por falar em lâmpadas de 6V, pensei em utilizá-las para o painel do Pur'A. Mas como a minha peleja em busca de uma fonte com mais corrente foi grande, acabei optando por utilizar LEDs mesmo, com resistores limitadores de valores altos para que consumissem a menor corrente possível sem sacrificar seus brilhos. O resultado ficou muito bom e o mais próximo possível do que eu esperava.

Gabinete

Como já teve spoiler antes. o gabinete é herdado de um antigo decodificador de TV a cabo. Nenhuma peça interna foi aproveitada e a parte frontal dele foi revestida com um adesivo estampado com tema amadeirado, e os knobs escolhidos para os controles individuais de volume são de alumínio polido para dar mais ainda um clima vintage. As chaves utilizadas são do tipo alavanca para ligar e desligar e também para o attenuator, uma função muito útil quando se necessita limitar o sinal que chega nas potências, reduzindo a distorção.

Também foi adicionado um LED indicador de clip para cada canal. Na falta de mais LEDs temáticos, os dois LEDs vermelhos de clip foram desgastados até que se eliminasse as lentes, sendo polidos logo em seguida. Isso confere um ar de coisa velha e usada, e também fornece um brilho diferenciado para o conjunto.

Ainda falando em componentes, foram adicionados quatro capacitores de 5000MF cada externamente, sem qualquer informação impressa - retirei a 'embalagem' deles - ficando com aparência de metálicos, apenas. Mais visual vintage. Aproveitando a oportunidade, adicionei o porta fusível e a tomada de força na mesma tampa. Tudo muito ogro e sem frescura.

O painel traseiro traz as conexões para falantes e sinal. Para entrada de sinal, foram adotados par de RCA - meus favoritos - e para as saídas, bornes toscos com fixação por parafusos. Algumas frestas de ventilação e nada mais. Esses bornes de parafusos foram aproveitados de um temporizador padrão de painel elétrico, ou algo parecido, que também encontrei no lixo. E ainda falando nesse temporizador, consegui aproveitar quase toda a placa dele, incluindo um trafo 127V/220V x 20V+20V 100mA que é sempre muito útil para projetos pequenos.

E o grande e bizarro dissipador de calor externo? Esse cara foi retirado de um desktop Dell descartado. Possui uma base pura de cobre em contato com os transistores de saída, uma segunda base de alumínio para fixação e diversas aletas verticais que ajudam muito no contato com o ar. Mesmo julgando ser um dissipador parrudo, ele ferve a picos de 64ºC após alguns minutos de uso. Não utilizei um dissipador maior porque realmente não tenho. Porque esses amplificadores hi-end queimam corrente sem dó.

Fiquei muito contente com o resultado. Muito mesmo. Acho que mais pessoas deveriam se encorajar e colocar na bancada suas ideias e conceitos sem dar muita bola para o que dizem nesses fóruns de garotos mimados. Confie nos seus ouvidos e respeite os componentes.

E vamos lá, fotos!


Teste de temperatura máxima do dissipador...

... e o resultado!

Vista superior 

Detalhe do painel frontal

Cara de mau

Chave de liga/desliga, capacitores e LEDs

LEDs do 'PET' e power

Chaves do attenuator e LEDs peak level

Painel traseiro

LEDs 'PET' ao acionar o Pur'A (ainda não equilibrado)

Log do projeto


Pur'A - Amplificador de potência classe A
SCH/PCB
  __
_______ 100%      HARDWARE  __________ 100%      TESTE  __________ 100%

14/01/2017 - esquema elétrico definido, características casadas e iniciando separação dos componentes

19/01/2017 - iniciando montagem dos circuitos das potências; definido gabinete e dissipador externo afixado

20/01/2017 - montagem dos canais; reguladores de tensão da fonte e ponte montados; banco de capacitores da fonte em montagem; próximos passos serão teste da tensão regulada da fonte e teste individual dos canais previamente montados; chaves, indicadores e demais recursos em montagem e fixação; montagem do circuito de soft start das saídas; mais itens adicionados ao gabinete; banco de capacitores em montagem

* primeiros testes de audição e afinação do circuito surpreendentes, poucos ajustes foram feitos para obter um som claro, aberto, rascante e de muita presença

21/01/2017 - fixação do banco de capacitores; fixação dos terminais RCA de entrada; definições de leds indicadores; fixação de quase todos os componentes externos ao gabinete; em fase de acabamento do gabinete

22/01/2017 - fixação dos bornes de saída, chaves e potenciômetros; conexões internas, áudio e alimentação fixados e conectados; fonte regulada e testada; algum tempo perdido até encontrar os trafos em inversão de fase (são dois trafos internos) mas resolvido em tempo; projeto em fase de finalização, passa agora para inspeção final, teste geral e audição definitiva

23/01/2017 - definições de cores para LEDs indicadores; finalização do controle de equilíbrio com indicador visual, faltando apenas afixar no dissipador e conectar os pontos de monitoramento

24/01/2017 - primeiro fechamento do gabinete para conferir espaços, passagens de cabos e fixação do monitor de ponto de equilíbrio; fixação dos LEDs peak level e teste do attenuator

25/01/2017 - teste de aquecimento para calibração do ponto de equilíbrio monitorado; projeto em fase final

26/01/2017 - monitor de ponto de equilíbrio calibrado e finalizado; peak level testado e calibrado para as chaves do attenuator; como dissipador principal escolhido para as potências está aquecendo demais, será estudado implantação de cooler girando a 20% somente para reduzir alguns graus sem afetar o ponto de equilíbrio termal monitorado

27/01/2017 - verificado consumo excessivo de corrente não previsto inicialmente, transformadores trabalhando no limite - o que não é nada desejável; estudando a possibilidade de reduzir aquecimento e consumo utilizando fonte chaveada, caso não seja possível upgrade dos transformadores

28/01/2017 - teste com a fonte chaveada foi muito promissor, devido aos seus 3A de corrente bem definidos, o que dispensaria os dois trafos e também o regulador da fonte com sua retificação, reduzindo também o volume de componentes internos, mas ainda não é definitiva a alteração do projeto original da fonte

* projeto concluído!

** 30/01/2017

E para demonstrar o funcionamento dos LEDs do peak level, aquele videozinho de sempre.




Projeto Labrador - PH'AMP v2 - Amplificador HI-FI para fones de ouvido (retorno)

Um grande aliado na gravação de voz, principalmente, um bom monitor é essencial em qualquer home studio e já na sua segunda versão, batizada de PH'AMP, mais uma vez surpreende com a grande qualidade e grande gama de respostas

Pois é. Mesmo após a chegada da Q502USB, achei muito necessário possuir um monitor de fones de ouvido à disposição. Porque a saída de fones da Q502USB não vai me dar exatamente o sinal que eu quero ouvir, já que utilizo pela interface USB. Quero ouvir o som grosseiro da saída análoga da placa de som, como sempre o fiz. Não há muito o que dizer sobre esse projeto, tanto pela sua simplicidade quanto pelo seu uso.

A primeira versão do monitor ficou meio bagual - como se diz aqui na fronteira - mas funcionava muito bem e tinha suporte para até 4 fones de ouvido. Isso foi há mais de 4 anos. A única coisa que não consegui implantar na época foi o controle de volume individual para cada saída por falta de espaço físico mesmo, o que obrigava a utilização de fones com controle próprio. 

O novo monitor conta com controles individuais de volume para cada canal, de forma a permitir a compensação do balanço, ajustes finos 'bright/presence' individuais para cada canal, um LED laranja bem legal indicador de ligado e dois LEDs amarelos que indicam clip na entrada. Coisa muito útil e quase indispensável para mim. Fiquei em dúvida se fazia o projeto com bypass manual entre fones e saída para linha ou se mantinha apenas a entrada de áudio tradicional. Fui induzido a manter somente a entrada de áudio tradicional por conta de um outro projeto que está na manga faz tempo, que permitirá um mega bypass entre a fonte original de áudio e a potência, permitindo a audição crua do sinal sem qualquer aplicação do set. E vai ficar muito charmoso, esse novo projeto, todo vintage.

Utilizo o mesmo padrão dos projetos Labrador, com conexões traseiras removíveis e simplificadas. Utilizei como coração do projeto uma placa completa de um antigo par de caixas de som multimídia HI-FI (pelo menos dizia isso) que utiliza uma montagem muito eficiente e bonita, com um CI tapado por um grande dissipador de calor, alimentado por 12V vindo de um regulador 7812. A tensão que chegava nessas caixinhas vinha do monitor de vídeo, e pelo que pesquisei, era algo em torno dos 15V. Não quis remover o dissipador do CI, mesmo morrendo de curiosidade para saber quem é aquele carinha, porque o maior julgador de qualidade é o ouvido. E mesmo no escuro, sem ter ideia de qual CI tenho ali, a qualidade é muito grande, tanto em peso quanto em médios e agudos. Números são importantes, mas quem vai dizer mesmo o que temos tocando são nossos ouvidos. Então, como a qualidade me agrada muito, o projeto é bem feito e o restante do projeto - fonte, filtros, etc. - foi feito por mim, confio no que ouço. 

Deveria ser assim: confio no que ouço. E ponto. E sem mais delongas, vamos aos .jpeg =]


Com seus irmãos no set

LED laranja ao centro e amarelos (laterais)

Controles individuais por canal com bright/presence

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