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REN - Media Center

Produzido 100% a partir de lixo eletrônico, o REN Media Center reproduz vídeos, imagens e músicas a partir do software dedicado Kodi com alto rendimento e baixíssimo consumo de energia

Recebi um notebook pelos Correios lá das bandas da Costa Verde do Rio de Janeiro (salve, salve, Alex!) para ver se tinha salvação. Se tratava de um Acteon ACT-M5 sem fonte, com bateria esgotada e que, segundo ele, estava parado há muito tempo. Testando tudo minuciosamente, cheguei ao  seguinte veredito:

  • Bateria morta
  • HD destruído
  • Teclado com várias teclas não funcionais
  • Display com pouco brilho (desgaste natural)
  • TouchPad pouco sensível
  • Cooler travado com 'rolamento' desgastado
  • Módulo de memória 'solto' do slot

Passei o estado da máquina pro Alex e ele disse pra mandar pro desmanche. Foi o que fiz. De toda a máquina, salvei apenas a placa mãe com processador, memória, dissipador com cooler e o leitor/gravador de DVD. Sabia que um dia faria alguma coisa com essa plaquinha. Tirando o chipset SiS 672, não é das piores não:


Primeiros testes de hardware (detalhe na placa)


  • Mobile Intel Celeron 530, 1733 MHz (13 x 133)
  • Chipset SiS 672(FX)
  • Vídeo SiS Mirage 3 Graphics (128 MB)
  • Áudio Realtek ALC662 SiS 7012 PCI Sound Chip
  • Up to 2GB DDR2 667MHz
  • Wireless b/g

Minhas primeiras ideias partiam desde montar uma jukebox para vender ou presentar um amigo até transformar essa plaquinha num console de SNES com milhares de jogos. Parei por aí e deixei a plaquinha limpinha e bem guardada até uns meses atrás, quando decidi montar um media center para que pudéssemos assistir nossos filmes em formatos de maior qualidade, já que hoje preciso converter TODOS os vídeos para que nossos aparelhos de DVD consigam reproduzir pela USB via pen drive. Imagina que trabalhão. Fora que perdemos um tempão convertendo filmes que poderíamos estar assistindo em qualidade bastante superior àquela 'máxima' suportada pelos leitores USB dos DVD's. Enfim. Iniciei o projeto no papel, definindo todas as prioridades e dependências para o projeto, limitações e prevendo todos os problemas. Na teoria tudo dava pé.

A primeira ideia era utilizar uma carcaça de um nobreak APC bem bonita que tenho guardada há algum tempo. Daí, eu deixaria embutida uma bateria e placa para backup da fonte. Seria ótimo se a placa mãe coubesse. Não funcionou. Depois me lembrei de um modelo de switch da D-Link que poderia ser perfeito para o projeto. Me veio o Jair - bandido! - com mais lixo eletrônico do trabalho e lá no meio tinha um D-Link! Algumas portas não funcionavam mais, outras sim. A fonte estava em perfeito estado, guardei com satisfação e segui para medir os espaços disponíveis no gabinete versus dimensões da placa mãe e todo o resto - HD, fonte, etc. Com uma precisão cirúrgica, todos os componentes para o media center couberam dentro do gabinete!

Iniciei a preparação limpando o gabinete e formando uma série de pinos com rosca - desses comuns de gabinete de desktop - para fixação da placa mãe. Encaixe perfeito, parti para alocação do HD e da fonte, assim como as adaptações no dissipador de calor do chipset e do processador, já que não caberia em seu formato original.


Pinos para fixação da placa mãe prontos

Fonte (pinos já afixados)

Placa mãe (pinos já afixados)


Maiores desafios

Um dos maiores desafios foi manter o sistema operando em faixas de temperaturas confortáveis sem altos ruídos de cooler, mesmo em sessões de maior processamento. Como cortei um pedaço considerável do dissipador original, precisei estudar a posição ideal para um cooler ventilar sobre o processador mas que também incluísse parte dessa ventilação para o chipset. Já primeira tentativa deu muito certo, com um cooler 5V de perfil baixo que foi conectado diretamente ao controlador CPU FAN da placa, que foi retirado de uma dessas bases ventiladas para notebook - 'presente' do mesmo Jair há algum tempo, juntamente com um hub USB que está em uso com o PCR - até que eu quebrei acidentalmente uma das pás desse cooler, que já estava perfeitamente afixado. Por pouco o projeto não parou... Fui salvo por um cooler 12V de placa de vídeo, que foi conectado diretamente ao controlador CPU FAN utilizando um driver com um transistor para acioná-lo em 12V, tensão diferente dos 5V fornecidos ao cooler original. Perfeitamente funcional. A mesma técnica foi aplicada ao cooler auxiliar, que retira o calor do interior do gabinete e que também é acionado por um driver similar via 5V, de uma das portas USB. Também funciona perfeitamente e sem interferir na tensão da porta. Para ilustrar melhor, as tensões 5V tanto da porta USB quanto do conector original CPU FAN servem apenas como 'gatilho' para excitar a base do transistor que, por sua vez, libera a tensão para os coolers 12V.


Esquema dos drivers 12V

Cooler retirado de placa de vídeo com driver para 12V

Detalhe do cooler auxiliar (ainda sem driver 12V)


E sim, eu pensei em montar com dissipação passiva - e nem seria tão difícil dissipar essa plaquinha. Mas com esse mínimo espaço, nem levei a ideia para frente... Como se trata de um projeto constantemente atualizado, esse cooler principal poderá vir a ser substituído no futuro por outro de melhor desempenho.

Outro desafio foi criar um cabo de dados para o HD. Para quem não sabe, a maioria das placas de notebook e netbook possui encaixe para conectar diretamente ao HD, em raras exceções você encontrará um cabo flat ou similar conectando o disco ao controlador da placa. Foi necessário instalar o HD na parte inferior do gabinete para aproveitar o (pouco) espaço disponível, daí a necessidade desse cabo de dados. O primeiro teste falhou: a placa não reconhecia o disco por conta do tipo de fio utilizado e também pelo seu comprimento. Utilizando um cabo de dados SATA padrão com comprimento calculado para reduzir ao máximo a distância entre o disco e a placa o problema foi sanado e a transferência de dados foi normalizada dentro de seus parâmetros normais.


Detalhe da fonte 12V x 5A
Não tinha a fonte original do notebook e tampouco queria desembolsar cerca de R$ 80 numa fonte universal razoável. Como não iria utilizar a bateria, a tensão necessária para fazer a placa funcionar cairia bruscamente dos seus 20V originais. As tensões das fontes dos notebooks são mais altas do que seria o necessário para o sistema funcionar por conta das baterias que precisam ser recarregadas. Logo, como não teria bateria para recarregar sempre, optei por testar uma ótima fonte chaveada de 12V x 5A - valeu, Jair! - e tudo funcionou perfeitamente sem qualquer problema. Todas as tensões estavam corretas, o desempenho do sistema não foi perdido e nenhum problema foi encontrado. Essa fonte está superdimensionada em corrente, obviamente, mas como poderemos ter HD's externos plugados nas USB's frontais, teclados e também por termos, internamente, um adaptador wireless numa das portas, corrente sobrando não faz mal a ninguém. Poderia ter testado tensões menores até, em prol da curiosidade, para alimentar essa placa. Mas não quis perder tempo e nem correr riscos.

Conversor VGA x Vídeo Composto

Mas como ligar esse negócio se a saída é VGA e nossas TV's possuem somente vídeo componente e vídeo composto? Vou comprar um conversor VGA para TV e pronto. Não vamos degradar tanto a imagem a ponto de perdermos mais qualidade do que já perdemos nas conversões de formato e tamanho. Logo menos eu posto aqui uma atualização do media center com o conversor, que já foi comprado e que deve estar chegando a qualquer momento.


Detalhe do cabo VGA e RCA (áudio)


Segundo o fabricante, esse conversor é alimentado diretamente pela USB, ou seja, 5V. Pensei em embutir esse circuito no media center, mas geraria mais calor ainda e, muito provavelmente, eu precisaria adaptar novamente todo o interior... então, optei por manter o cabo VGA saindo pela traseira do media center e operando o conversor externamente, até por conta dos seus botões de controle de imagem.

Sistema Operacional

Minha ideia inicial em qualquer projeto que envolva computadores é utilizar Linux. Preferencialmente, uma distro voltada ao propósito. Resumindo a jornada, encontrei problemas com o driver de vídeo SiS 672 e tentei milhares de soluções para resolver. A maioria das 'soluções' matava a instalação e eu precisava recomeçar do zero... Uma das mais simples e que eu teria mantido caso funcionasse era o GeexBox. Achei muito leve e prático, mas o vídeo não funcionava... Voltei ao velho e funcional Windows, em sua versão 7 - por conta do processamento de vídeo específico do Kodi. Até pensei em usar o XP, mas o vídeo não oferecia suporte ao Kodi. Utilizei uma das minhas licenças do 7 Home Basic, atualizei até a data dessa postagem e tudo segue funcional e com um ótimo desempenho.


Teste com Linux (sem driver de vídeo)


Então, vamos falar de configurações. Ficamos assim:

  • Microsoft Windows 7 Home Basic x86 SP1
  • Kodi 'Helix' 14.2 para Windows (x86)
  • K-Lite Codec Pack 11.1.0 Mega
  • Link One USB Wireless b/g/n 150MB/s (a placa wireless original foi removida)
  • 2GB DDR2 667MHz
  • HD Samsung 320GB
  • 2 portas USB frontais 2.0 + 1 porta interna livre
  • Pasta 'kodi' compartilhada na rede local para atualizações gerais
  • Conectividade via LAN, se necessário
  • LED's frontais: indicador de ligado (verde) e atividade WLAN (laranja)
  • Saída de áudio via RCA (L+R)
  • Ventilação dupla: entrada direto para dissipador e lateral para retirar ar quente
  • Bivolt automático 100VAC~240VAC


Interior finalizado

Kodi rodando

Reprodução de vídeo (skin padrão)


Sobre o acabamento

Todo mundo sabe que a D-Link e a maioria das empresas adora prensar os gabinetes metálicos com seus logos. E esse aqui não era diferente. Minha digníssima foi bem espertinha em sugerir a aplicação de massa acrílica, dessas de parede mesmo, para preencher o baixo relevo com o logo. Estávamos retirando uns quadros da parede e tapando os furos com essa massa, e daí ela mesma o fez. Só lixei depois de seco e revesti a tampa.


Baixo relevo original do gabinete


A frente do media center tem partes de mais de um defunto: tampas de baia de CD-ROM servem de base para o painel e dois acrílicos transparentes centrais que foram retirados de uma impressora EPSON formam os indicadores de ligado e de atividade de rede. Claro, também existem mais partes de outros defuntos como os LED's, parafusos, portas USB frontais, botão ON/OFF que saiu de um modem D-Link antigo... é o lixo se renovando. A ideia nasceu em janeiro desse mesmo ano, mas só comecei a trabalhar no media center em fevereiro, quando consegui o switch para reciclar.


Detalhe dos LED's frontais (no escuro é legal e discreto)


Detalhe da ventilação principal

Portas USB 2.0 e botão ON/OFF de pressão

Etiqueta de licenciamento do Windows 7


Dois parafusos na diagonal parafixação do HD

Detalhe dos LED's frontais apagados



E o nome REN? Não é sigla de alguma tecnologia e nem abrevia qualquer informação. É parte do nome da minha digníssima esposa. O projeto é dedicado a você, tranqueira. Agora seu computador não vai mais ficar ligado a noite inteira convertendo filmes, nem vamos ter aquele dilema de que o filme X só roda na sala e o Y só roda no quarto. Agradeço pelo apoio e pelas ideias com este e com outros projetos =]




Log do projeto

25/02/2015 - Desmontagem e limpeza do gabinete do switch; adaptações na dissipação do processador e chipset da placa mãe para reduzir dimensões
06/03/2015 - Aquisição (valeu, Jair!) de fonte 12V x 5A chaveada de um antigo notebook
09/03/2015 - Marcação e produção de pinos com rosca para fixação da placa mãe ao gabinete
10/03/2015 - Definições finais de posicionamento da fonte e HD; estudo sobre ventilação e dissipação do gabinete
11/03/2015 - Posicionamento da fonte e placa mãe definidos; gabinete com pinagem pronta e medida para a placa mãe
14/03/2015 - Instalação de SO e testes com software para Media Center concluídos com sucesso; furação e acondicionamento do HD;
15/03/2015 - Acondicionamento da fonte, HD e placa mãe no gabinete em teste conclusivo obteve êxito; um novo cabo de dados foi construído para aprimorar a transferência entre o HD e a controladora
16/03/2-15 - Estudo para ventilação interna com o mínimo de ruído e consumo; início da preparação do painel frontal com indicadores, portas e controles e finalização do interior com acondicionamento e fixação de componentes
20/03/2015 - Painel frontal definido e em montagem; testes conclusivos quanto ao Sistema Operacional e ao Kodi para Windows
21/02/2015 - Versão do Linux incompatível para o hardware disponível; testes mostraram extremo uso de CPU e baixo desempenho de vídeo, condições nada favoráveis ao uso do Media Center para processamento de vídeos por longos períodos de tempo devido ao aquecimento excessivo; como o Kodi necessita de processamento de vídeo mais específico, não é possível utilizar distros mais simples; voltamos ao Windows
22/03/2015 - Finalização das instalações de Sistema Operacional e Kodi para Windows com sucesso; drivers atualizados, plugins instalados e hardware funcional com total desempenho e otimização de consumo de energia para menor aquecimento possível; furação do gabinete para fixação dos coolers e passagem de ar; definição de cores e funções indicados por LEDS no painel frontal; cabo de vídeo e áudio saem por trás do gabinete, áudio via RCA e vídeo via VGA por cabo montado e pronto
24/03/2015 - Painel montado com dois LEDS indicadores de 'ligado' e 'rede' e botão de pressão NA para ligar e desligar a placa; cooler afixado na tampa furada previamente para resfriar o chipset e o processador e outro cooler afixado na lateral para retirar o calor interno;
28/03/2015 - Gabinete fechado para testes finais de desempenho e verificação de aquecimento; testes preliminares indicam sucesso na orientação dos coolers e da otimização do espaço disponível no gabinete
07 e 08/04/2015 - Testes com distros Linux específicas para Media Center para tentar livrar o projeto do Windows em progresso
09/04/2015 - Placa gráfica SIS 672 (pavor) acabou com os planos de utilizar Linux - seria o GeexBox, que é ótimo - no REN, o que nos leva de volta ao Windows em definitivo na versão Home Basic x86; toda a parte técnica está pronta, todos os drivers e softwares instalados e o desempenho está muito satisfatório; REN será finalizado com acabamento em seu gabinete para utilização e publicação no blog

12/04/2015 - Alteração de última hora para cobertura fina no gabinete para melhor acabamento e instalação de filtro de ar para impedir que partículas de pó e outros agentes penetrem no gabinete por meio do cooler principal

14/04/2015 - Quebrei acidentalmente uma das pás do cooler principal e estou procurando um substituto para finalizar o projeto...

16/04/2015 - Consegui adaptar um cooler de placa de vídeo (12V) para ser controlado pela placa mãe do media center no mesmo conector do cooler original (5V) apenas usando um driver (transistor) e pelos testes que estão sendo executados desde a manhã de hoje, parece definitivo e funcional; até pensei em manter o cooler girando em 5V para reduzir o ruído ao máximo, mas aquece demais e não quero manter o aparelho trabalhando nessas condições

17/04/2015 - REN Media Center concluído e funcional

** 07/05/2016

Pois é. O projeto foi descontinuado e só agora conseguir parar e editar o vídeo com a demonstração dos LEDs do painel frontal. Antes tarde do que nunca.



dRUNkBOX - Preciso dizer mais?!

Mais do que uma central multimídia e uma fonte de diversão, a dRUNkBOX se tornou parte imutável da nossa sala. Bonita, prática, robusta, com dimensões reduzidas e produzida com o que seria lixo eletrônico

Montei minha primeira jukebox há alguns anos. Ela ainda existe e está com o Alex - salve! Quando morava no Rio, via as máquinas nos bares e pensava se eu seria capaz de montar uma. Sim, eu sou!

Na época, não prezei pelo tamanho e aproveitei todas as peças da sucata. O resultado foi um móvel com tudo embutido, neón frontal, tela 17" CRT e amplificador interno. A configuração era 4GB RAM, HD 160GB, placa mãe MSI com placa de som 7.1 e o bom e velho Windows XP Professional SP3. Nos amplificadores (estéreo) utilizei os TDA2030 com fonte simétrica e, então, bastava ligar a jukebox na rede elétrica e plugar as caixas de som. O resultado final do visual não foi muito bom, mas como se tratava de um protótipo para fins etílicos, utilizamos em alguns encontros entre amigos.

Muito tempo depois, decidi montar uma nova jukebox utilizando componentes mais nobres com tamanho reduzido e sem amplificador interno. Optei por utilizar um monitor LCD dessa vez. A parte interna é compactada na placa de um netbook Asus Eee PC 1201T com 2GB de RAM e HD de 80GB. Roda Windows XP Professional SP3 e o software escolhido foi o SK Jukebox 4.01 que é gratuito e muito bom. A máquina tem, basicamente, sistema operacional com codecs de áudio e vídeo e o software SK Jukebox. A base da montagem é uma tampa de acrílico revestida internamente que, originalmente, era de um antigo toca discos. Os formatos - que eu padronizei - são o .mp3 para os arquivos de áudio e .avi para os arquivos de vídeo. A drunkBOX é fixada na parede da sala e a administração dos arquivos é feita de forma remota via rede, bem como a transferência de novos discos ou DVD's. A navegação pelos discos é facilitada pela capacidade da SK Jukebox de mapear as teclas do teclado numérico, dentre outras funções incríveis, e também da possibilidade de personalização de fontes, cores, etc.

Como não possui amplificador interno, ela foi conectada ao Home Theater por meio do M1, que é um switch digital de áudio que eu desenvolvi há pouco tempo e que já foi publicado aqui no blog. A capacidade de armazenamento fica por conta da sua playlist. Atualmente, temos quase 50GB de dados, o que inclui vários discos e alguns shows em DVD também.

A única coisa que comprei para este projeto foi o teclado numérico. O resto, seria lixo eletrônico.



Reprodução de músicas

Conector AC, botão (feio) ON/OFF e P2 (Line Out)

Tela de boot do Windows XP alterado
A frase abaixo era repetida por minha avó, que bebia comigo
e sempre dizia 'bebo sim e vou vivendo. Tem gente que
não bebe e está morrendo.'

Reprodução de vídeos

** 06/01/2015

Após alguns meses de uso, o HD original (80GB) foi substituído por questões de capacidade (320GB) e também pelo SMART ter sido danificado. Logo, decidi substituir de imediato antes que a coisa ficasse feia. A jukebox segue funcionando perfeitamente e agora possui cerca de 80GB de dados, entre discos e shows completos em vídeo.

Legislação

Se você pretende montar uma jukebox, fique atento quanto aos limites de uso sob pena de processos e encrencas maiores. Como a nossa legislação digital ainda é precária, opte por reproduzir suas músicas somente em casa, como lhe é de direito ao comprar os CD's e DVD's. Instalar equipamento para uso comercial requer licença e autorização, com recolhimento dos devidos impostos e sujeito a fiscalização constante. Cumpra o seu dever e não infrinja os direitos dos outros.

Claro que, com uma lei tão confusa e falha, há quem defenda a premissa de que se você comprou o CD ou o DVD, você deverá reproduzi-los somente no formato em que lhe foi fornecido, ou seja, não pode transformar a mídia física em arquivos digitais para quaisquer fins. Reza a lei que alterar o formato de reprodução infringe o direito que lhe foi concedido ao pagar pela obra, mas se eu e você pagamos pela obra e estamos apenas reproduzindo aquilo o que nos é de interesse na forma da lei que é apresentado de uso pessoal e individual, não estamos utilizando formas de reprodução pública ou radiodifusão ou qualquer outro meio de distribuição, que mal haveria? Obviamente que se trata de um assunto extenso e complexo onde cada um defende o seu ponto de vi$ta, e não cabe a mim ou a você discutir isso.

Sistema Operacional

Você também deve observar a questão legal sobre o sistema operacional. Nesse modelo utilizei o Microsoft Windows XP Professional SP3 x86 devidamente licenciado e atualizado até o ponto final, onde a Microsoft encerrou o seu suporte. Claro, pretendo atualizar para o Windows 7 um dia, ou até conseguir um software para Linux - que seria perfeito - mas por enquanto, fica o bom e velho XP. E se tratando de uma máquina não possui acesso à Internet, ou seja, o SO roda puramente para manter a jukebox ativa, não vejo problema algum em mantê-lo funcionando por tempo indeterminado. Até porque o SK Jukebox é um software abandonado há anos, e não irá requerer maiores funcionalidades e suporte que o XP pode oferecer sem maiores esforços.

** 24/04/2015

Não mencionei na época, mas o acrílico é revestido internamente pelo encarte de um disco do Pink Floyd - Animals.

Algumas alterações visuais na jukebox e um vídeo demonstrativo bem simples para destacar um dos melhores projetos DIY Powered até aqui.





** 25/04/2015

Há algum tempo o monitor vinha apresentando linhas e algumas falhas nas cores. A coisa só piorou e passou a distorcer a imagem em alguns casos. Decidi tirar a jukebox da parede para limpar (estava bem suja de poeira) e aproveitei a empreitada para verificar esse problema. 

Depois de testar vários capacitores da placa principal e refazer algumas soldas sem sucesso, decidi verificar a placa do LCD. O problema era causado por uma solda fria num aparente regulador de tensão. Problema resolvido e até cores, brilho e contraste ficaram mais intensos.

** 03/01/2016 

Após meses de diversão e horas de música, após desligar na noite anterior, pela manhã a jukebox não tinha som. Fui verificar e a placa de som havia 'desaparecido'. Não ficou como dispositivo desconhecido nem nada, simplesmente sumiu. Como não quis investigar e perder o dia em cima disso, aproveitei a oportunidade para fazer um upgrade: instalei a placa de um Acer Aspire 5516 - AMD Athlon TF-20 1.60GHz - que estava guardado faz tempo. Ficou com 1GB de RAM, módulo original dessa máquina. Placa bem maior que a anterior, mas deu tudo certo e já ao final da tarde a jukebox estava operante.

A placa do Acer possui chipset AMD ATI, placa de vídeo e áudio melhores que a placa do Asus. Ainda não tenho destino pro Asus, e ainda falta testar melhor para saber o que houve com a placa de som. Em todo caso, ideias não faltam para implantar com essa placa.

** 10/01/2015

Testei o conjunto anterior (ASUS) em ambiente Linux e realmente, está sem som. O SO instala o driver, há todo suporte de controle de áudio mas não há qualquer som na saída. Como não há qualquer razão para que o conector de áudio tenha sido danificado, resolvi abandonar a placa de áudio - o resto funciona normalmente. Ironicamente, há algum tempo, descartei uma placa auxiliar desse mesmo modelo... Esse netbook possui a placa de som e duas portas USB destacadas da placa mãe, e sei lá porquê, achei que não teria problemas com esse conjunto e descartei a placa auxiliar... Ônus à parte, a jukebox segue funcional. É o que importa, no final.

** 07/02/2016 

Depois de penar sem o libmad/libavcodec - que definitivamente não funcionaram nessa versão do driver Realtek da placa do Acer - decidi montar meu limiter & clear. Agora tudo ficou mais legal ainda e o áudio, cada vez mais limpo. Conheça o H2PV1 Home2Pro Limiter & Clear

** 01/04/2016

Quase um ano após a primeira intervenção no monitor, há algumas semanas comecei a notar as malditas linhas novamente com um diferencial: a tela se apagando e criando imagens abstratas como quando o LCD dá pau. Enquanto degustava as duas últimas Stellas da noite anterior, desmontei a jukebox para rever o monitor.

Encontrei um capacitor danificado e refiz algumas soldas por garantia. Tudo funcionando novamente como novo!

** 14/04/2016

Pois é. O monitor decidiu se entregar e o defeito voltou pior ainda. Como ele já tem idade e cumpriu muito bem seu papel, entendi que era hora de trocar por um novo bom usado. E lá vamos nós de novo com as permutas - valeu, Cristian! - que nos enobrecem. Esse aí me custou uma placa mãe ECS com 2GB de RAM e um bom e velho Intel Core 2 Duo instalado.


Nova cara da jukebox
 ** 29/03/2017

Tela de boot alterada com novo logo diyPowered. No mais, segue funcional e perfeita! Consegui uma sucata de DELL bem novo, já com DDR3 e aquela placa de som ótima que só os DELL e os HP possuem, mas ainda nem cheguei a testar. Se tudo estiver ok, pretendo fazer mais um upgrade na jukebox para melhorar a qualidade e também poder aplicar alguns recursos como o EqualizerAPO, que conheci há alguns meses e tenho utilizado no meu desktop.



** 19/07/2017

O software SK Jukebox foi liberado para download no diyPowered Drive com o upgrade para 4.1 e os fixes. Testado em Windows 7, funciona perfeitamente.

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