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Reparo estabilizador APC 300VA LE300BI-BR

Não concordo com o uso indiscriminado de estabilizador de força não, mas há casos e casos. O exemplo a seguir, ilustra uma das formas corretas de aplicar o estabilizador de tensão.

Em redes 220V, normalmente se mede até perto dos 238V dependendo da região e do horário. Aí que entra o perigo: a maioria das fontes chaveadas possui um range de 90V aos 240V. Fontes de qualidade podem chegar ao range de 85V a 265V, mas isso é raro de se ver. Aqui que entra nosso herói/vilão estabilizador.

Esse APC é bem montado, como quase todo equipamento da marca. Possui uma linha bem protegida por varistores e alguma filtragem meia boca, como a maioria dos estabilizadores de pequeno porte. Mas isso não é um problema, já que as fontes dos equipamentos que serão ligados nele já possuem uma boa qualidade nesse quesito. Ele é utilizado por mim na sala de casa para uma TV 32", um media center - um PC que tenho há anos para filmes, séries etc.- e um roteador wi-fi que trabalha como extensor - pega meu wi-fi 5.0 GHz e joga no media center via ethernet - operando com uma boa margem de segurança nos seus 300VA de potência máxima.

Desde que me mudei para o Rio Grande do Sul, tive que aprender a respeitar os 220V da rede elétrica - de onde eu vim, era 127V. Por isso sempre utilizei o estabilizador de tensão para proteger equipamentos mais caros, tanto pela tensão de alta da rede 220V quanto pela camada adicional de proteção contra surtos e sobretensões. Seguro morreu de velho e essa forma de utilizar o estabilizador sempre me rendeu bons resultados - nunca perdi nenhum equipamento conectado nele. Quando tive surtos na rede, o estabilizador neutralizou ou se sacrificou. 

Essas fotos são mais antigas, de quando troquei meu antigo estabilizador - um dos que deram a vida pela TV e media center! Esse APC foi reaproveitado de um descarte, estava com alguns pontos de solda quebrada e com a tomada de força derretida e sem o pino terra.
 

Cabo de força em péssimo estado

Cabo de força novo

Detalhe da placa

Retrabalho na solda

Retrabalho na solda

Termorretrátil é parceiro



Troca do gabinete do meu trafo de ferramentas e bancada

Faz muito tempo que tenho esse trafo, praticamente 8 anos. Como já disse aqui antes, minhas ferramentas elétricas vieram do sudeste onde as instalações elétricas residenciais monofásicas são 127V. Aqui no Sul, é 220V. Logo, tinha um problema. Mas essa história eu já contei e se você quiser saber, corre lá na postagem da época!

Aquele gabinete plástico da Enermax não durou muito tempo porque o Cícero (meu finado Labrador) estava correndo pela casa e se enroscou na extensão que estava ligada no trafo, jogando ele de uma mesa diretamente no chão. Nem preciso dizer que se despedaçou por completo né. Como tinha um gabinete plástico de um no-break APC, acabei usando na época. Esse gabinete APC é muito elegante, tem bastante ventilação mas também é bastante frágil para suportar esse trafo dentro, e alguns meses depois, trincas apareceram em toda a lateral... Por sorte, consegui um gabinete metálico bem grande de um estabilizador de tensão antigo que estava com o trafo queimado - e por mais sorte ainda tirei fotos dele antes de descartá-lo no Eco Ponto aqui da cidade, adoro registros - que me serviu até ontem. Esse gabinete já estava bastante enferrujado em algumas partes e ainda tinha um conjunto de tomadas padrão antigo com bastante mal contato, o que era um problema quase sempre. Daí, na última semana me apareceu esse estabilizador podre de sujo que nem pensei duas vezes antes de pegar. Vejo muito potencial nas coisas que são jogadas fora e quando pego é porque vai sair algo bom. 

Limpando o gabinete e removendo o amarelado dos plásticos

Falando em gabinetes antigos, geralmente são brancos. E como você deve saber, partes plásticas brancas tendem ao amarelamento com o passar dos anos. Dica pra você: desmonte todo o gabinete, deixe de molho num balde sob imersão numa solução de água, sabão em pó e água sanitária por 24 horas. Grande parte da sujeira vai se soldar, bastando para isso esfregar. O amarelado das partes plásticas não vai sair mesmo, mas aqui vai o grand finale: pegue água oxigenada volume 40, passe em toda a superfície das partes plásticas amareladas sem piedade, deixe uma bangunça mesmo. Embrulhe essa peça em plástico filme ou algum saco plástico transparente e deixe exposto ao sol por pelo menos 3 horas. A grande maioria dos casos, é resolvida na primeira aplicação, mas se ainda estiver amarelado, repita o processo lavando a peça por completo, secando bem antes da nova aplicação. Pena eu não ter tirado fotos desse gabinete antes do processo, porque ficou muito bom.

Tempo recorde ou necessidade?!

Em menos de 48 horas transplantei o trafo bisonho pro gabinete novo e como sou chato e adoro uma complicação, meti várias melhorias nele: tem filtro básico na entrada 220V e filtro aprimorado na linha dos 120V. Tem fusíveis dedicados para as duas linhas de trabalho, LED indicador de energizado e LED indicador de saída energizada. E para deixar com fino trato, um voltímetro digital LED em vermelho na frente. Debochado, esse trem. Não é um trafo isolador, mas é um trafo que ainda vai me atender bastante. E não uso ele somente pra furadeira e serra tico-tico, antes que me pergunte: uso esse cara em bancada para reparo e teste de equipamentos que não possuem bivolt. São 1000VA prometidos pela Enermax que provavelmente são entregues porque já fiz esse trafo trabalhar forte e não cai tensão nem abre o bico.

Como usar voltímetro DC para medir AC?

Para fins de informação nerd, esse voltímetro é herdado da minha fonte antiga, a F5812ADJ, atualmente aposentada e doadora de órgãos. E como eu fiz pra que um voltímetro DC medisse AC?! Simples, jovem. Esse trafo - e todos os trafos que já reaproveitei de no-break e estabilizador - possui um ou mais enrolamentos que podem ser utilizados para diversos fins, apenas se deve ter cuidado porque alguns deles não são isolados da rede elétrica. Este trafo, em específico, possui um enrolamento de 10V que retificado, passa para 14V em aberto. Como ele foi feito para acionar relés e um LED indicador de ligado naquelas placas infames dos estabilizadores, tem corrente mais que suficiente para outras coisas. Na sua versão anterior, naquele gabinete antigo e metálico, ele alimentava um cooler e um LED. Sim, esse trafo aquece bastante e como o utilizava de forma recorrente, achei por bem fazer isso. Agora, com uso mais restrito, optei por não mais utilizar o cooler e adicionei algumas funções bacanas ao carinha. Então, sem mais delongas, como esse enrolamento faz parte de todo o conjunto, é óbvio que ele sofre interferência direta de qualquer queda ou incremento de tensão. Se eu já tenho um enrolamento pronto para uso, por que eu colocaria um trafo dedicado para esta finalidade?! Claro que descontadas as correntes de trabalho dos LEDs, relé e o próprio voltímetro, calibrei por meio de trimpot a tensão a ser monitorada e pronto. Variações são mostradas com perfeição pelo voltímetro, sem maiores dores ou circuitos mirabolantes e desnecessários. 

Essa modalidade de medir tensão AC é uma das mesmas que podem ser utilizadas para a esta função quando utilizamos ATMEGA ou outros microcontroladores. Não esqueça de cobrir o ponto decimal do display com fita isolante ou marcador permanente senão vai mostrar 12.0V ao invés de 120V.

Ligando o monstro

Ao energizar o trafo, o LED amarelo permanece iluminado. Esse LED amarelo é um indicador de que há energia no pós-fusível. Dessa forma, o trafo também está energizado para gerar a famosa tensão de stand by. Ok, ok, ok; vamos lá, nutellinha: a coisa aqui é feita para aproveitar peças, reduzir o desperdício, poupar o meio ambiente, consumir o mínimo de recursos próprios, trabalhar com elegância e inteligência. Não tenho mamãe, papai ou aquele patrocínio cool que você tem. Logo, foi assim: não tinha uma chave de pressão que pudesse substituir a original do equipamento, que estava deteriorada, e não iria comprar uma. A opção foi utilizar uma chave menor, de baixa capacidade para acionar um relé e abrir a saída dos 120V. E tudo isso eu tinha em casa. Perfeito! 





Tomadas padrão novo, fusível 220V (preto) e 120V (gelo)


O acabamento 'acrílico verde' do furo do display é recorte de garrafa PET e se o display fosse LED verde, teria ficado perfeito!




Medição da saída do trafo

E aqui, fotos do antigo soldado que muito me serviu. Agora vai pro descarte no Eco Ponto seguir seu curso natural. 






TR1000e - TRAFO de 1000VA com proteção de carga e Soft Start (SS)

Baseado numa recente modificação de um estabilizador de tensão, o TR1000e ganhou status de inovador e cresceu em tecnologia e proteção - tanto das cargas quanto do próprio conjunto - tornando mais eficiente a forma com que utilizamos a energia elétrica e observados os estados de operação do sistema

Recentemente fiz uma modificação num estabilizador de tensão Enermax de 1000VA. Ficou basicão, sem qualquer recurso adicional além de um LED vermelho indicador de ligado. Dessa vez, aprimorei a modificação adicionando indicadores, proteções e mais poder e segurança ao projeto.

Utilizando a carcaça de um nobreak APC de 600VA que morreu há algum tempo, consegui adaptar o enorme trafo e o circuito soft start no interior bastante 'confuso' - tanto que precisei cortar algumas ligas plásticas para liberar espaço. Também alterei o circuito dos LED's frontais original para atender aos princípios do projeto.

Para conectar o TR1000e à rede elétrica, basta conectar o cabo AC na tomada traseira (não existia no gabinete do nobreak) e virar a chave AC localizada no painel traseiro, logo abaixo da tomada AC de entrada. Note que esta chave bipolar com capacidade de 250V x 15A também foi adicionada ao projeto. Dessa forma, o LED de status (vermelho, 5mm) é iluminado indicando tensão primária. As saídas não são acionadas, obviamente, até que se pressione a chave SS (soft start) do painel frontal, o que aciona todo o conjunto. Se tudo está OK, o LED de status se apagará, o LED ON (verde, 3mm) se ilumina juntamente com o LED OK (amarelo, 3mm) indicando tensões corretas e acionamento do SS. Em casos de subtensão, onde a tensão de entrada é inferior aos 220V necessários, o LED de status permanecerá iluminado e o SS não acionará, permanecendo inativo para proteger o sistema e as cargas. Para sobretensão ou sobrecarga, o fusível será rompido. A chave bipolar corta completamente as duas fases da tensão no interior do equipamento, permitindo total isolamento da rede elétrica quando não estiver em uso. Também há integração total para fins de aterramento, respeitados os pinos e as normas.

Há um quarto LED no painel, LED FUSE (vermelho, 3mm) que indica o status do fusível principal - 250V x 15A de queima rápida. Quando em operação, esse LED permanece apagado. Se o fusível se rompe, o LED se ilumina indicando sua avaria. Nessas condições, o LED de status também se ilumina, indicando tensão primária mas ao acionar o botão SS no painel frontal, mesmo se apagando, não há acionamento do sistema até que o fusível seja verificado e restaurado. Ao substituir o fusível, o LED FUSE se apaga e o sistema volta a operar normalmente. Foi adicionado um cooler - originalmente retirado do nobreak, na época - para melhorar a dissipação de calor no interior, já que temos 1000VA de potência que serão usados em cargas por longos períodos de tempo. Não seria necessário, levando em conta o projeto, mas gosto de manter as coisas trabalhando em condições generosas para que durem mais tempo e também para que não ocorram gargalos devido aos limites de operação em faixas de temperaturas mais altas.

Guardava esse gabinete da APC faz tempo, sempre achei ele bonitão e queria lhe dar um destino digno. Acho que consegui.


Cabo com capacidade de 15A e 250V

Detalhe para o conector AC IN e chave bipolar



LED's: status, on, fuse, ok


Criei um vídeo demonstrativo para entender o funcionamento do SS e dos indicadores do painel frontal.

Estabilizador de tensão X fontes modernas X prejuízos e consumo excessivo

Assim como aquele carinha expert da informática que monta um desktop com placa mãe, memória, processador, SSD e placa de vídeo top do mercado mas compra uma fonte xing ling, você está cometendo um grave erro ao utilizar um estabilizador de tensão. E para piorar, além de utilizar no computador, ainda liga uma impressora laser. Às vezes, tudo num mesmo estabilizador de 300VA. Acredite: isso é muito perigoso e custoso para sua vida. Sem contar o desconforto dos tec tec o dia todo...

Vamos ao princípio de funcionamento de um estabilizador desses. Numa mísera plaquinha, os caras colocam um comparador de tensão arroz com feijão e alguns relés - aquele tec tec que você ouve o dia todo são os relés - que selecionam tensões geradas por um transformador de força. Por padrão, você terá 115VAC na saída para uma entrada de 127VAC ou 220VAC. Se essa tensão cai ou sobe, um dos relés seleciona outra saída do trafo, que geralmente tem pouco mais ou pouco menos do que a tensão de entrada, que compensa essa queda mantendo a saída em 115V. Simples e eficaz? Simples, mas nada eficaz.


Exemplo de fonte chaveada moderna


Tomando por exemplo as modernas fontes chaveadas que trabalham naturalmente e sem qualquer esforço com tensões entre 90VAC e 240VAC, corrigindo quaisquer alterações na rede elétrica tão rapidamente quanto necessário, por que um estabilizador que utiliza relés (mecânicos, lentos, barulhentos, etc.) seria necessário para estabilizar a tensão para uma fonte tão bem projetada? Os fabricantes desenvolvem fontes para que trabalhem diretamente conectadas à rede elétrica e ao ligar essas fontes - falo em fontes aqui como termo genérico, mas pode ser seu computador, seu home theater, sua impressora, etc.) nas saídas desses estabilizadores, você faz com que elas trabalhem de forma dobrada. Ou seja, quando a tensão cai 10VAC ou mais, a fonte corrige essa falta quase que de forma imediata, enquanto que o estabilizador ainda não o fez. Com a fonte corrigida, fornecendo esses 10Vx a mais ou a menos, entra o estabilizador com seus relés e corrige a mesma tensão, só que de uma forma tosca, retardada e barulhenta. O que acontece? A saída do estabilizador (saída do trafo, seleção pelos relés) aumenta para corrigir essa falta, o que leva as fontes a corrigirem novamente a tensão, trabalhando duas vezes mais que o normal. Isso sem falar que esses tec tec dos relés podem gerar transientes capazes de afetar seriamente os equipamentos alimentados. Fora o aquecimento dos estabilizadores, causado, geralmente, por sobrecarga na saída, por culpa de quem vendeu o equipamento de 300VA como fossem 300W. Não confunda VA ou W quando o fator de potência não for 1. O fator de potência das fontes de desktop estão na faixa dos 0,65 a 0,70. Agora faça as contas e veja qual a potência real em W teria um estabilizador de 300VA. Isso vale para os nobreaks também. E não compre nobreaks baratos demais. São outros lixos.

Daí você me diz que a sua impressora ou seu home theater ou qualquer outro equipamento seu não é bivolt. Simples demais, oras. Compre um transformador de força com potência compatível com seu equipamento. Barato, muito eficiente e seguro de ser usado. Mas se você tem um estabilizador de 1000VA ou mais e algum conhecimento, modifique ele para que passe a funcionar como um transformador de força tão seguro e eficaz quanto os comerciais.

Se você ainda utiliza estabilizador, saiba que você está reduzindo a vida útil dos equipamentos ligados a ele e que também está consumindo mais energia elétrica do que deveria. Ligue tudo diretamente na tomada - observando a tensão correta dos equipamentos, se são bivolt automático ou não, etc. - para ganhar rendimento, desempenho e economia. E quanto aos filtros de linha - que são vendidos em lojas especializadas por valores entre R$ 30 e R$ 80 que, quando fazem alguma coisa além de serem uma simples extensão, possuem um único e deficiente capacitor - as fontes modernas já possuem em seu projeto, logo, nenhuma ação sua é necessária além de possuir uma boa instalação elétrica, aterramento adequado e boa utilização das extensões sem sobrecarregar as tomadas.

Modificando um estabilizador - Enermax EXS Power 1000

Não sei se já disse por aqui mas odeio estabilizadores de tensão. Desses comerciais, que vendem como equipamento essencial para o funcionamento do computador. Aquilo é lixo e tema de próxima postagem, para que você entenda melhor. Se você tem um, jogue fora agora mesmo. Mas se você tem um mais parrudo, de 1000VA para cima, você pode remover aquele circuito patético e fazer dele um ótimo transformador de força. 

Moro no Rio Grande do Sul há mais de dois anos e TODAS as minhas ferramentas são tensão fixa 127V - lá pra cima do mapa costuma ser assim. Aqui, é padrão os 220V. Consegui um trafo com meu sogro, mas não durou muita coisa e era bem fraquinho, não atendia a todas as necessidades. Um belo dia encontrei esse estabilizador num desses lixos eletrônicos e quando li que tinha 1000VA não hesitei em pegar pra mim. Pelo peso do brinquedo, estimei o tamanho do trafo. E era enorme mesmo! Burro eu, não tirei foto do estabilizador aberto, pra mostrar o tamanho do trafo...

O defeito dele? Não me dei ao trabalho de estudar - e nem me interessava descobrir mesmo, já que o trafo quase sempre sobrevive - mas o relé que libera a saída não era acionado. Medindo as tensões, fui mapeando as saídas do trafo apenas anotando o estado de cada relé - somente o relé de saída não armava, os outros operavam normalmente - se ON ou OFF em condições normais na rede. De posse dos fios corretos no trafo, removi com satisfação aquela placa ingrata, uni os fios que importavam e isolei os demais deixando disponível um enrolamento de 10V para ligar um LED ou para implementar um soft-start um dia. O LED eu fiz, o soft-start, não. Seguem algumas fotos, incluindo a medida de tensão na saída que optei por manter em 120V, uma tensão intermediária muito eficaz entre os 110V e os 127V. Mantive também o fusível de entrada.


Painel frontal (desligado)

Painel frontal (ligado)

Painel traseiro com 4 tomadas, chave de
seleção de rede e fusível

Medida 120VAC na saída do trafo

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