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E o grande dia chegou: com vocês, a Jukebox Cube!

Pequena, leve e de fácil transporte, a Cube é o recente modelo de máquina boombox diyPowered que esteve em concepção a passos lentos e que vem mostrar a que veio

É chegada a hora de mostrar a cara da Cube aqui no site. Muitos fatores isolados e combinados levaram ao extenso tempo de concepção dessa máquina de música, mas que no fim elevou o nível de qualidade e de produção final de mais um produto diyPowered. Mas primeiro, vamos contar um pouco de história...

Quando me propus a produzir uma jukebox - e lá se vão alguns dez carnavais ou mais... - não tinha em mente o quão evolutivo esse processo se tornaria. A primeira de todas ficou tosca, pesada e nada prática de ser carregada. Mas foi um bom começo, afinal de contas. Vendi baratinho pra um amigo - alô, Alex! - quando vim de mudança pro Sul. E aqui no Sul, por uma questão de espaço físico, produzi a dRUNk'BOX, que está pendurada na sala até hoje. Um formato inovador aqui, totalmente slim mas dependente de um amplificador de potência externo, já que contamos apenas com a máquina em si. Para a época, foi produzida de acordo com a necessidade, porque ficava na sala conectada ao home theater. Foi a grande novidade nas noites de diversão.

Algum tempo depois, nos mudamos para uma casa muito, muito grande. E essa jukebox não estava nos atendendo tão bem mais desde que passamos a ficar mais tempo na cozinha do que na sala. Sim, cozinhamos juntos pratos para a semana e para as noites enquanto tomamos cervejas e vinhos especiais numa espécie de ritual de descarrego e união mútuos. Qual era a ideia da vez?! Levar a jukebox para a cozinha seria inviável... Vamos montar uma jukebox portátil! E foi assim que começou a nascer a Cube.

Do que me lembro bem foi de juntar portas e partes de roupeiros (adoro trabalhar com MDF) que encontrei num descarte em frente a uma casa que estava aparentemente em obras, cortar tudo nas medidas de hoje e deixar pronto o móvel onde a mágica aconteceria. E as coisas foram dando tão certo que, logo em seguida, ganhei do Jair uma daquelas caixas lotadas daquilo o que você chamaria de lixo eletrônico e que eu chamo de oba! onde também veio um notebook Positivo bem detonado sem HD mas com tudo dentro. Esse se tornaria a parte lógica da Cube. Com tela e tudo.

Muito tempo se passou desde então. Tive muitas dúvidas durante o projeto sobre a disposição das coisas, qual teclado utilizar, se instalaria o mesmo software da anterior, qual versão de sistema operacional utilizar... Inclusive, esse projeto ficou parado durante mais tempo do que eu gostaria por falta de madeira para prosseguir. Fui montando conforme tinha acesso aos componentes necessários, ferragens, eletrônicos e por um período bem longo ficamos utilizando a Cube sem revestimento, sem tampa frontal na tela e praticamente sem coisa alguma além de um móvel branco (cor original da madeira do roupeiro canibalizado) e uma tela com falantes. O grande passo final foi quando consegui verba para revestir todo o móvel, o que deu um gás no projeto e abriu as portas para a finalização.

Dados para nerds

Os falantes de 4Ω x 35W foram comprados. Esses eu não pude reutilizar o par que eu tinha em casa. Mas são bons, baratos e possuem um timbre bastante razoável, dado seu valor. As potências - individuais para cada falante - são baseadas nos TDA2030, que possuem um consumo justo para a qualidade e a potência finais - e não se justificaria utilizar uma potência de alta qualidade nesse projeto, convenhamos... Instalei duas vias adicionais para melhorar os agudos das vias dos falantes, que não são tão bons. No painel traseiro, temos LEDs indicadores em cores diferentes para fácil identificação - verde: AC in; laranja: DC das potências ON; amarelo: HDD; bicolor VM/AZ: wireless; chave AC com neon para acionar as potências (visual para identificar se há AC no pós-fusível); duas portas USB 2.0 para eventuais manutenções, antena wireless e controle de volume das potências. Fundo preto para deixar discreto e montado mais afastado da superfície para evitar danos aos controles. O cabo AC é padrão e pode ser removido para facilitar o transporte.

Porta de acesso para manutenção com travas de rápido engate, um cooler Cooler Master 120mm x 120mm 12V - operando com 8V para reduzir ao máximo o ruído - para retirar calor do interior, tela frontal protegida por vidro adicional de 3mm temperado e disposição angular dos falantes. O teclado de seleção é sem fio, Targus modelo AKP11US comprado no Uruguay, tornando mais prática a utilização da máquina. Em potência real, temos aproximadamente 15W por falante, limitados do datasheet original para evitar distorções. São praticamente 30W disponíveis, mais do que o necessário para uma boa audição.

Configuração de hardware

  • Intel(R) Celeron(R) CPU B800 1.50GHz + 1.50GHz
  • 4GB RAM (3,40GB úteis)
  • Microsoft Windows 7 Home Basic versão de 32 Bits (sim, em 64 Bits o hardware aquece muito e fica uma carroça)
  • HD de 1TB (não era tão necessário, mas era o que tinha)
  • 15W + 15W por canal em falantes de 4Ω
  • Operação em 220V facilmente comutável para 127V
  • Gabinete reforçado para total segurança no transporte
  • Rodízios com trava
  • Teclado wireless
  • Ventilação interna inteligente 
  • Isolamento interno/externo com espuma de alta qualidade
  • Revestimento externo de tecido altamente aderente (permite lavagem)
Optei por não colocar luzes e coisas do tipo, deixando o mais simples possível. A ideia é facilitar o transporte e ter a mesma comodidade da jukebox anterior. Tanto que nada mudou no software, segue o mesmo SK Jukebox que você pode baixar aqui.

No mais, fora o tempo estendido demais desse projeto, ficou muito bacana e muito prática. Temos utilizado há muito mais tempo do que parece, só não quis publicar ainda porque faltavam alguns detalhes... 

Claro que tem fotos!


Os falantes e vias adicionais de agudos

Painel de controles (LED azul wireless não apareceu)

Vista do painel traseiro com o cooler e a porta de acesso

Cabo AC removível e facilmente substituível

Alças para transporte

O recorte angular bem esperto do gabinete que ajuda o som

Uma visão geral com proteção de tela do disco que está sendo reproduzido

Péssima foto, mas dá pra ter uma ideia do tamanho do teclado




Rodízios com trava (nas traseiras)

Porta de acesso e as espumas de isolação

Detalhe do painel com a potência desligada e wireless (azul)

Especificações do hardware

** 30/10/2023

Cinco anos depois da finalização desse projeto, estou aqui com algumas ideias para melhorias - como multiamplificação (amplificadores ativos independentes) - e um novo revestimento. Daqui a alguns meses, entro em férias e, se tudo der certo, a jukebox vai receber uma reforma de respeito!

dRUNkBOX - Preciso dizer mais?!

Mais do que uma central multimídia e uma fonte de diversão, a dRUNkBOX se tornou parte imutável da nossa sala. Bonita, prática, robusta, com dimensões reduzidas e produzida com o que seria lixo eletrônico

Montei minha primeira jukebox há alguns anos. Ela ainda existe e está com o Alex - salve! Quando morava no Rio, via as máquinas nos bares e pensava se eu seria capaz de montar uma. Sim, eu sou!

Na época, não prezei pelo tamanho e aproveitei todas as peças da sucata. O resultado foi um móvel com tudo embutido, neón frontal, tela 17" CRT e amplificador interno. A configuração era 4GB RAM, HD 160GB, placa mãe MSI com placa de som 7.1 e o bom e velho Windows XP Professional SP3. Nos amplificadores (estéreo) utilizei os TDA2030 com fonte simétrica e, então, bastava ligar a jukebox na rede elétrica e plugar as caixas de som. O resultado final do visual não foi muito bom, mas como se tratava de um protótipo para fins etílicos, utilizamos em alguns encontros entre amigos.

Muito tempo depois, decidi montar uma nova jukebox utilizando componentes mais nobres com tamanho reduzido e sem amplificador interno. Optei por utilizar um monitor LCD dessa vez. A parte interna é compactada na placa de um netbook Asus Eee PC 1201T com 2GB de RAM e HD de 80GB. Roda Windows XP Professional SP3 e o software escolhido foi o SK Jukebox 4.01 que é gratuito e muito bom. A máquina tem, basicamente, sistema operacional com codecs de áudio e vídeo e o software SK Jukebox. A base da montagem é uma tampa de acrílico revestida internamente que, originalmente, era de um antigo toca discos. Os formatos - que eu padronizei - são o .mp3 para os arquivos de áudio e .avi para os arquivos de vídeo. A drunkBOX é fixada na parede da sala e a administração dos arquivos é feita de forma remota via rede, bem como a transferência de novos discos ou DVD's. A navegação pelos discos é facilitada pela capacidade da SK Jukebox de mapear as teclas do teclado numérico, dentre outras funções incríveis, e também da possibilidade de personalização de fontes, cores, etc.

Como não possui amplificador interno, ela foi conectada ao Home Theater por meio do M1, que é um switch digital de áudio que eu desenvolvi há pouco tempo e que já foi publicado aqui no blog. A capacidade de armazenamento fica por conta da sua playlist. Atualmente, temos quase 50GB de dados, o que inclui vários discos e alguns shows em DVD também.

A única coisa que comprei para este projeto foi o teclado numérico. O resto, seria lixo eletrônico.



Reprodução de músicas

Conector AC, botão (feio) ON/OFF e P2 (Line Out)

Tela de boot do Windows XP alterado
A frase abaixo era repetida por minha avó, que bebia comigo
e sempre dizia 'bebo sim e vou vivendo. Tem gente que
não bebe e está morrendo.'

Reprodução de vídeos

** 06/01/2015

Após alguns meses de uso, o HD original (80GB) foi substituído por questões de capacidade (320GB) e também pelo SMART ter sido danificado. Logo, decidi substituir de imediato antes que a coisa ficasse feia. A jukebox segue funcionando perfeitamente e agora possui cerca de 80GB de dados, entre discos e shows completos em vídeo.

Legislação

Se você pretende montar uma jukebox, fique atento quanto aos limites de uso sob pena de processos e encrencas maiores. Como a nossa legislação digital ainda é precária, opte por reproduzir suas músicas somente em casa, como lhe é de direito ao comprar os CD's e DVD's. Instalar equipamento para uso comercial requer licença e autorização, com recolhimento dos devidos impostos e sujeito a fiscalização constante. Cumpra o seu dever e não infrinja os direitos dos outros.

Claro que, com uma lei tão confusa e falha, há quem defenda a premissa de que se você comprou o CD ou o DVD, você deverá reproduzi-los somente no formato em que lhe foi fornecido, ou seja, não pode transformar a mídia física em arquivos digitais para quaisquer fins. Reza a lei que alterar o formato de reprodução infringe o direito que lhe foi concedido ao pagar pela obra, mas se eu e você pagamos pela obra e estamos apenas reproduzindo aquilo o que nos é de interesse na forma da lei que é apresentado de uso pessoal e individual, não estamos utilizando formas de reprodução pública ou radiodifusão ou qualquer outro meio de distribuição, que mal haveria? Obviamente que se trata de um assunto extenso e complexo onde cada um defende o seu ponto de vi$ta, e não cabe a mim ou a você discutir isso.

Sistema Operacional

Você também deve observar a questão legal sobre o sistema operacional. Nesse modelo utilizei o Microsoft Windows XP Professional SP3 x86 devidamente licenciado e atualizado até o ponto final, onde a Microsoft encerrou o seu suporte. Claro, pretendo atualizar para o Windows 7 um dia, ou até conseguir um software para Linux - que seria perfeito - mas por enquanto, fica o bom e velho XP. E se tratando de uma máquina não possui acesso à Internet, ou seja, o SO roda puramente para manter a jukebox ativa, não vejo problema algum em mantê-lo funcionando por tempo indeterminado. Até porque o SK Jukebox é um software abandonado há anos, e não irá requerer maiores funcionalidades e suporte que o XP pode oferecer sem maiores esforços.

** 24/04/2015

Não mencionei na época, mas o acrílico é revestido internamente pelo encarte de um disco do Pink Floyd - Animals.

Algumas alterações visuais na jukebox e um vídeo demonstrativo bem simples para destacar um dos melhores projetos DIY Powered até aqui.





** 25/04/2015

Há algum tempo o monitor vinha apresentando linhas e algumas falhas nas cores. A coisa só piorou e passou a distorcer a imagem em alguns casos. Decidi tirar a jukebox da parede para limpar (estava bem suja de poeira) e aproveitei a empreitada para verificar esse problema. 

Depois de testar vários capacitores da placa principal e refazer algumas soldas sem sucesso, decidi verificar a placa do LCD. O problema era causado por uma solda fria num aparente regulador de tensão. Problema resolvido e até cores, brilho e contraste ficaram mais intensos.

** 03/01/2016 

Após meses de diversão e horas de música, após desligar na noite anterior, pela manhã a jukebox não tinha som. Fui verificar e a placa de som havia 'desaparecido'. Não ficou como dispositivo desconhecido nem nada, simplesmente sumiu. Como não quis investigar e perder o dia em cima disso, aproveitei a oportunidade para fazer um upgrade: instalei a placa de um Acer Aspire 5516 - AMD Athlon TF-20 1.60GHz - que estava guardado faz tempo. Ficou com 1GB de RAM, módulo original dessa máquina. Placa bem maior que a anterior, mas deu tudo certo e já ao final da tarde a jukebox estava operante.

A placa do Acer possui chipset AMD ATI, placa de vídeo e áudio melhores que a placa do Asus. Ainda não tenho destino pro Asus, e ainda falta testar melhor para saber o que houve com a placa de som. Em todo caso, ideias não faltam para implantar com essa placa.

** 10/01/2015

Testei o conjunto anterior (ASUS) em ambiente Linux e realmente, está sem som. O SO instala o driver, há todo suporte de controle de áudio mas não há qualquer som na saída. Como não há qualquer razão para que o conector de áudio tenha sido danificado, resolvi abandonar a placa de áudio - o resto funciona normalmente. Ironicamente, há algum tempo, descartei uma placa auxiliar desse mesmo modelo... Esse netbook possui a placa de som e duas portas USB destacadas da placa mãe, e sei lá porquê, achei que não teria problemas com esse conjunto e descartei a placa auxiliar... Ônus à parte, a jukebox segue funcional. É o que importa, no final.

** 07/02/2016 

Depois de penar sem o libmad/libavcodec - que definitivamente não funcionaram nessa versão do driver Realtek da placa do Acer - decidi montar meu limiter & clear. Agora tudo ficou mais legal ainda e o áudio, cada vez mais limpo. Conheça o H2PV1 Home2Pro Limiter & Clear

** 01/04/2016

Quase um ano após a primeira intervenção no monitor, há algumas semanas comecei a notar as malditas linhas novamente com um diferencial: a tela se apagando e criando imagens abstratas como quando o LCD dá pau. Enquanto degustava as duas últimas Stellas da noite anterior, desmontei a jukebox para rever o monitor.

Encontrei um capacitor danificado e refiz algumas soldas por garantia. Tudo funcionando novamente como novo!

** 14/04/2016

Pois é. O monitor decidiu se entregar e o defeito voltou pior ainda. Como ele já tem idade e cumpriu muito bem seu papel, entendi que era hora de trocar por um novo bom usado. E lá vamos nós de novo com as permutas - valeu, Cristian! - que nos enobrecem. Esse aí me custou uma placa mãe ECS com 2GB de RAM e um bom e velho Intel Core 2 Duo instalado.


Nova cara da jukebox
 ** 29/03/2017

Tela de boot alterada com novo logo diyPowered. No mais, segue funcional e perfeita! Consegui uma sucata de DELL bem novo, já com DDR3 e aquela placa de som ótima que só os DELL e os HP possuem, mas ainda nem cheguei a testar. Se tudo estiver ok, pretendo fazer mais um upgrade na jukebox para melhorar a qualidade e também poder aplicar alguns recursos como o EqualizerAPO, que conheci há alguns meses e tenho utilizado no meu desktop.



** 19/07/2017

O software SK Jukebox foi liberado para download no diyPowered Drive com o upgrade para 4.1 e os fixes. Testado em Windows 7, funciona perfeitamente.

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