Pen Drive 16GB com case de LEGO

Já fizeram por aí, mas eu sempre quis fazer o meu. O último final de semana foi bastante agitado e proveitoso - e desastroso porque meu labrador saiu correndo e se enroscou numa extensão que estava ligada ao meu transformador de 1000VA que foi ao chão, quebrando todo o gabinete plástico e deixando íntegro somente o parrudo trafo. Mas voltando ao ponto, minha digníssima me cedeu pecinhas do seu LEGO de infância e eu aproveitei um chip TOSHIBA de 16GB que, em teoria, seria de um pen drive Kingston que ganhei de um patrão. Sem mais delongas, seguem as fotos da brincadeira. 

Em tempo: ela também quer um, já separou as pecinhas e me deixou com a missão de conseguir um chip pra montar o dela. E não gostei muito do resultado final usando esse bloco transparente, eu deveria ter feito com os azuis. 









Estabilizador de tensão X fontes modernas X prejuízos e consumo excessivo

Assim como aquele carinha expert da informática que monta um desktop com placa mãe, memória, processador, SSD e placa de vídeo top do mercado mas compra uma fonte xing ling, você está cometendo um grave erro ao utilizar um estabilizador de tensão. E para piorar, além de utilizar no computador, ainda liga uma impressora laser. Às vezes, tudo num mesmo estabilizador de 300VA. Acredite: isso é muito perigoso e custoso para sua vida. Sem contar o desconforto dos tec tec o dia todo...

Vamos ao princípio de funcionamento de um estabilizador desses. Numa mísera plaquinha, os caras colocam um comparador de tensão arroz com feijão e alguns relés - aquele tec tec que você ouve o dia todo são os relés - que selecionam tensões geradas por um transformador de força. Por padrão, você terá 115VAC na saída para uma entrada de 127VAC ou 220VAC. Se essa tensão cai ou sobe, um dos relés seleciona outra saída do trafo, que geralmente tem pouco mais ou pouco menos do que a tensão de entrada, que compensa essa queda mantendo a saída em 115V. Simples e eficaz? Simples, mas nada eficaz.


Exemplo de fonte chaveada moderna


Tomando por exemplo as modernas fontes chaveadas que trabalham naturalmente e sem qualquer esforço com tensões entre 90VAC e 240VAC, corrigindo quaisquer alterações na rede elétrica tão rapidamente quanto necessário, por que um estabilizador que utiliza relés (mecânicos, lentos, barulhentos, etc.) seria necessário para estabilizar a tensão para uma fonte tão bem projetada? Os fabricantes desenvolvem fontes para que trabalhem diretamente conectadas à rede elétrica e ao ligar essas fontes - falo em fontes aqui como termo genérico, mas pode ser seu computador, seu home theater, sua impressora, etc.) nas saídas desses estabilizadores, você faz com que elas trabalhem de forma dobrada. Ou seja, quando a tensão cai 10VAC ou mais, a fonte corrige essa falta quase que de forma imediata, enquanto que o estabilizador ainda não o fez. Com a fonte corrigida, fornecendo esses 10Vx a mais ou a menos, entra o estabilizador com seus relés e corrige a mesma tensão, só que de uma forma tosca, retardada e barulhenta. O que acontece? A saída do estabilizador (saída do trafo, seleção pelos relés) aumenta para corrigir essa falta, o que leva as fontes a corrigirem novamente a tensão, trabalhando duas vezes mais que o normal. Isso sem falar que esses tec tec dos relés podem gerar transientes capazes de afetar seriamente os equipamentos alimentados. Fora o aquecimento dos estabilizadores, causado, geralmente, por sobrecarga na saída, por culpa de quem vendeu o equipamento de 300VA como fossem 300W. Não confunda VA ou W quando o fator de potência não for 1. O fator de potência das fontes de desktop estão na faixa dos 0,65 a 0,70. Agora faça as contas e veja qual a potência real em W teria um estabilizador de 300VA. Isso vale para os nobreaks também. E não compre nobreaks baratos demais. São outros lixos.

Daí você me diz que a sua impressora ou seu home theater ou qualquer outro equipamento seu não é bivolt. Simples demais, oras. Compre um transformador de força com potência compatível com seu equipamento. Barato, muito eficiente e seguro de ser usado. Mas se você tem um estabilizador de 1000VA ou mais e algum conhecimento, modifique ele para que passe a funcionar como um transformador de força tão seguro e eficaz quanto os comerciais.

Se você ainda utiliza estabilizador, saiba que você está reduzindo a vida útil dos equipamentos ligados a ele e que também está consumindo mais energia elétrica do que deveria. Ligue tudo diretamente na tomada - observando a tensão correta dos equipamentos, se são bivolt automático ou não, etc. - para ganhar rendimento, desempenho e economia. E quanto aos filtros de linha - que são vendidos em lojas especializadas por valores entre R$ 30 e R$ 80 que, quando fazem alguma coisa além de serem uma simples extensão, possuem um único e deficiente capacitor - as fontes modernas já possuem em seu projeto, logo, nenhuma ação sua é necessária além de possuir uma boa instalação elétrica, aterramento adequado e boa utilização das extensões sem sobrecarregar as tomadas.

Modificando um estabilizador - Enermax EXS Power 1000

Não sei se já disse por aqui mas odeio estabilizadores de tensão. Desses comerciais, que vendem como equipamento essencial para o funcionamento do computador. Aquilo é lixo e tema de próxima postagem, para que você entenda melhor. Se você tem um, jogue fora agora mesmo. Mas se você tem um mais parrudo, de 1000VA para cima, você pode remover aquele circuito patético e fazer dele um ótimo transformador de força. 

Moro no Rio Grande do Sul há mais de dois anos e TODAS as minhas ferramentas são tensão fixa 127V - lá pra cima do mapa costuma ser assim. Aqui, é padrão os 220V. Consegui um trafo com meu sogro, mas não durou muita coisa e era bem fraquinho, não atendia a todas as necessidades. Um belo dia encontrei esse estabilizador num desses lixos eletrônicos e quando li que tinha 1000VA não hesitei em pegar pra mim. Pelo peso do brinquedo, estimei o tamanho do trafo. E era enorme mesmo! Burro eu, não tirei foto do estabilizador aberto, pra mostrar o tamanho do trafo...

O defeito dele? Não me dei ao trabalho de estudar - e nem me interessava descobrir mesmo, já que o trafo quase sempre sobrevive - mas o relé que libera a saída não era acionado. Medindo as tensões, fui mapeando as saídas do trafo apenas anotando o estado de cada relé - somente o relé de saída não armava, os outros operavam normalmente - se ON ou OFF em condições normais na rede. De posse dos fios corretos no trafo, removi com satisfação aquela placa ingrata, uni os fios que importavam e isolei os demais deixando disponível um enrolamento de 10V para ligar um LED ou para implementar um soft-start um dia. O LED eu fiz, o soft-start, não. Seguem algumas fotos, incluindo a medida de tensão na saída que optei por manter em 120V, uma tensão intermediária muito eficaz entre os 110V e os 127V. Mantive também o fusível de entrada.


Painel frontal (desligado)

Painel frontal (ligado)

Painel traseiro com 4 tomadas, chave de
seleção de rede e fusível

Medida 120VAC na saída do trafo

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