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Toca discos (turntable) Philco Hitachi AS-700 - reparo e instalação de fonte e pré-amplificador

De dar gosto de fazer esses aparelhos vintage, vou te contar. 

Essa peça carregada de valor emocional surgiu depois de uma conversa sobre o Minimalista Amplifier, quando eu contava pro João que eu estava há muito tempo procurando uma vitrola velha pra comprar e restaurar, pra poder ouvir meu único vinil sobrevivente de mudanças e empréstimos que nunca retornaram, com a melhor qualidade possível. Ele disse que tinha um toca disco da namorada e pediu pra eu ver se tinha conserto. Teve.

Esse toca discos é parte do aparelho AS-700 e não possui nada além de conexão interna: alimentação e saída de áudio 'crua' diretamente do captador. Esses cabos eram conectados no aparelho 'pai' para fazer o disco tocar. Sem o aparelho 'pai', não tem disco tocando. Minha ideia inicial era:

  • Desenvolver um pré-amplificador interno e uma fonte de alimentação
  • Trocar a correia (estava com muita folga)
  • Lubrificar e revisar todos os mecanismos
  • Revisar a agulha e o captador

O pré-amplificador foi desenvolvido com componentes simples, discretos, com valores escolhidos para obter um timbre natural, suave e equilibrado. A fonte foi definida como externa e removível, facilitando uma manutenção futura, caso necessário, bastando substituir por outra de mesmas características. Também rolou aquela limpeza fina depois da troca da correia, da lubrificação das peças e das revisões generalistas. O resultado foi um aparelho renovado, independente do aparelho 'pai', devidamente lubrificado e limpo, pronto para tocar mais música boa por muitos anos ainda.




Primeiros testes depois do reparo







No estado original

No estado original

No estado original

Limpeza forte!

Troca da correia

Diferença da correia nova para a original


Rádio de mesa Philips 1973 - perpetuando memórias!

Philips 1973. Esse tem história. Pega café e senta.

Devanir, dona Deva ou Devinha, minha sogra (amadíssima, sim senhor) me pediu pra dar uma olhadinha nessa relíquia há alguns meses, e claro que não iria me fazer de rogado: pensa numa satisfação pessoal ter um aparelho desses na bancada! O problema era simples: não ligava. Nenhum ruído, estalo, estática; nada. Veio de viagem de Bagé, trazido pela Renata, minha esposa, quando foi passar uns dias por lá em uma das raras folgas que tira no trabalho. Quando vi esse aparelho, fiquei me coçando pra começar logo a mexer nele.

Esse modelo só funciona a pilhas, não possui entrada para energia elétrica. Montei uma fonte rapidamente para os 6V requeridos e comecei a procurar o problema. Sou desses que prefere um trágico 'não liga' a ter que procurar defeito cabuloso do tipo 'não pega FM, só AM'. Ou coisas do tipo. Levando em conta que esses aparelhos foram produzidos por gente muito inteligente, técnicos muito competentes e engenharia raiz, não deveria ser nada muito grave. Meu receio era ter que substituir algum transistor... invólucro metálico, ainda. E a maioria deles, sem meios de identificação - marcação impressa já deteriorada. Imagina. Diodos de germânio, capacitores de alta precisão... No final das contas, o 'grande' defeito se resumiu ao desgaste natural de um dos terminais de um dos transistores da potência. Havia sinais de umidade interna, mas previsível, já que esses rádios eram utilizados, geralmente, na cozinha, onde as donas de casa ouviam os programas enquanto cozinhavam. Terminal restaurado e aparelho recuperado. Simples assim. E pensar que hoje em dia, um 'não liga' geralmente implica em troca de 'placa de sinal' ou coisa do tipo, já que dificilmente se dá manutenção nos equipamentos modernos. Essas infotrônicas da vida. E viva o consumismo.

Uma restauradinha de leve no dial, que estava 'embaçado' pelo tempo e carcaça lavada deixaram o carinha aí muito elegante e de cabeça erguida de novo. Também adaptei uma entrada AC pra que não fosse necessário utilizar pilhas. Deva ficou faceiríssima! Ela ouve com frequência - trocadilho imperdoável - programas de rádio e poder contar com esse Philips que era de sua mãe, foi mais que um presentão. Ela confessou que pensou em me pedir para adaptá-lo para uso em energia elétrica, mas achou abuso demais! Imagina, né. Aqui é serviço completo com direito a (boas) surpresas! Fiquei extremamente feliz em poder dar sobrevida a esse aparelho e, de certa forma, perpetuar as memórias que ele representa.

Algumas fotos do Philips. Não encontrei o modelo dele, mas em pesquisas, vi que data de 1973 ou muito próximo a essa data. Se você sabe qual é o modelo ou possui alguma informação adicional, queira deixar nos comentários para que eu atualize a postagem.






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