Como instalar um alerta sonoro de farol aceso no carro? Esquema fácil e elegante!

Se ainda não aconteceu com você, provavelmente ainda vai: esquecer o farol/luz de posição acesa e deixar o carro por horas na rua. Essa é a segunda vez que me aconteceu, na verdade, e ainda não consigo entender o porquê de os projetos nas montadoras ainda não seguirem um padrão de corte geral no carro quando a chave é removida. Mas enfim. Vamos ao que interessa, então.

Aplicação prática

Esse esquema elétrico deve ser compatível com pelo menos 90% dos veículos, chutando alto. É simples, pequeno e não onera em nada a carga da bateria. E o mais importante:

Antes de qualquer coisa, tenha muito cuidado ao realizar qualquer tipo de reparo, instalação, alteração ou quaisquer tipos de intervenções em equipamentos elétricos, mecânicos ou eletrônicos. Primeiramente, pela sua segurança. Não me responsabilizo por quaisquer prejuízos sofridos por você e/ou por terceiros. Faça por sua própria conta e risco.

O princípio de funcionamento é bem básico

Possui zero consumo de stand by: o circuito só estará energizado se você ligar o farol ou a luz de posição;
É seguro: está protegido pela mesma linha de fusível da chave de faróis;
Circuito inteligente: possui conexão ao ACC para saber se a chave está ou não na ignição.

Com a chave de ignição fora, se você ligar o farol, o alarme vai soar de forma ininterrupta até (1) você desligar a chave do farol ou (2) até você colocar a chave na ignição e girar no primeiro estágio (na maioria dos carros, senão, no segundo). Se você tirar a chave da ignição e mantiver o farol aceso, o ACC da ignição será cortado e o alarme vai soar novamente. Simples, né? Mais simples ainda é esse circuito, olha só.
 
Clica em cima que amplia
 
Essa é uma versão beta, vamos dizer. Montei hoje, mais ou menos na correria pra testar a teoria e deu tão certo que já até fiz o esquema elétrico pra postar. Vou instalar em breve no carro, mais adiante vou gravar um vídeo demo pra mostrar o funcionamento e o som que ficou bem bacana e de certa forma, exclusivo pra esse sistema. Se você for mais esperto na eletrônica, vai notar que o princípio do circuito é quase o mesmo do LED sinalizador de painel residencial ou automotivo, um circuito muito bacana e simples que pode ser implantado em vários projetos.

Basicamente, é isso. Não tem muito o que dizer sobre o projeto, é o que é. Lembrando que:

- Resistores podem ser dos menos potentes, até em SMD dá pra montar esse circuito
- Capacitores devem ser de pelo menos 16V, sendo que o ideal é 25V (de boa qualidade, obviamente)
- O BC337 que tem na base escrito NC é não conectado, pode até arrancar esse pino de base se quiser
- O capacitor de 47uF em paralelo com o buzzer pode ser alterado ou até omitido, e isso afeta drasticamente a forma como se ouve o alerta (sem ele parece um grilo e nesse valor fica bem bacana) enquanto que alterações de valor no capacitor de 470uF afetam o tempo de ação do tom
- É possível alterar tanto o resistor de 4,7k quanto o capacitor de 470uF, bem como o de 47uF para encontrar tom, tempo e características que agradem mais a você (isso é uma das partes bacanas do projeto: a coisa pode se tornar exclusiva para o seu carro)
- O buzzer deve ser de 12V e possuir oscilador interno (a frequência dele varia de lote para lote, por isso você deve experimentar o valor do capacitor em paralelo com ele para modular o tom a seu gosto)
- O optoacoplador admite equivalentes e o circuito deve funcionar com praticamente qualquer modelo desde que respeitados os pinos
- O circuito foi desenvolvido utilizando uma tensão nominal de 12,6V (que é a tensão apresentada numa bateria saudável com o carro desligado) e o tempo de ação do tom depende da tensão aplicada
- Quanto maior a tensão aplicada na entrada, menor o intervalo entre os tons
- Se você utilizar um buzzer de 5Vcc - é seguro porque o resistor de entrada limita a corrente - o tom será mais alto (optei pelo de 12Vcc para não ficar tão alto)
 
Aplicação em veículos com diferentes tensões de trabalho
 
Embora tenha sido desenvolvido para trabalhar em 12Vcc, é possível aplicar o circuito em diferentes tipos de veículos. Para tensões maiores que 12Vcc, como baterias de 24Vcc ou associações, aumente proporcionalmente os valores dos seguintes componentes:
 
- Resistor de 4,7k (por exemplo, para 24Vcc utilizar 9,2k ou 10k para ficar mais fácil)
- Resistor de 22R (por exemplo, para 24Vcc utilizar 47R)
- Resistores de 10k (por exemplo, para 24Vcc utilizar 22k)
- Resistor de 1R (por exemplo, para 24Vcc utilizar 2,2R até 4,7R)
- Tensão de trabalho dos capacitores deve ser pelo menos 50V
- Buzzer deve ser compatível com a tensão de trabalho (por exemplo, para 24Vcc utilizar buzzer para 24Vcc - ou de 12Vcc se quiser um tom mais alto)
 
Quanto ao gabinete que você for usar, recomendo a selagem do circuito com o componente de sua preferência - epoxi é uma excelente opção - para evitar umidade e danos pela vibração natural do ambiente. Pode ser montado P2P (ponto a ponto, sem placa) numa configuração compacta, com placa padrão ou ainda em placa com um layout totalmente SMD, tornando o projeto o menor possível. Não tem erro. Boa sorte!

** no começo do vídeo falo 'FIO VERMELHO: GND, MASSA, NEGATIVO' mas o correto é 'FIO PRETO: GND, MASSA, NEGATIVO'.




** 12/06/2021

Observações sobre a montagem final:

Utilizar outros transistores NPN diferentes do BC337 altera o funcionamento do circuito. O ganho é algo importante para que tudo funcione corretamente. O NPN responsável pela ação do ACC pode ser qualquer um de mesmas características, mas aconselho manter o BC337 na seção do atuador. Meça os componentes antes de montar, se certifique de que os valores estão corretos, principalmente os capacitores.


** 20/10/2023

Uma observação para tornar a montagem mais elegante ainda é alterar o resistor de 4,7k para 1k, o de 22R para 10R e depois do diodo 1N4007 que traz os 12V da chave do farol, adicionar um regulador 7805 ou 7808 para regular a tensão. Isso ocorre porque a frequência do toque é alterada de acordo com a tensão aplicada na entrada - a tensão da bateria pode variar - e regulando-se essa tensão 'referência', o toque será modulado perfeitamente, permitindo customizações mais agradáveis.

The Boot Configuration Data file doesn’t contain valid information for an operating system Error code: 0xc0000098 ** como resolver fácil


Session. 
 
Sem mais delongas porque de mimimi cultural a internet está cheia, vamos lá. Esse problema ocorreu num notebook Samsung com Windows 10 de um cliente após ele deixar os filhos soltos nos sites de download de jogos, preciso nem terminar de contar a história né. Parte do tutorial foi retirado daqui.

Bem simples, quando estiver na tela de recuperação do sistema, abra o prompt de comando. Encontre a letra correspondente aos arquivos e pastas que precisamos acessar - boot, bcd etc. Nem sempre a letra correta é C, então, fica atento.

- Digite no prompt: Bootrec /RebuildBcd e pressione Enter. Se a ferramenta Bootrec.exe executar com sucesso, ela lhe apresentará um caminho de instalação do Windows.

- Para adicionar esta entrada ao BCD store, digite Y ou S (de acordo com seu idioma) e pressione Enter. Uma mensagem de confirmação indicará que a entrada foi adicionada com sucesso ao BCD Store.

Se a ferramenta do Bootrec.exe não puder localizar uma instalação faltante de seu Windows, você precisará remover o BCD store, e depois precisará recriá-lo.

Para fazer isso, digite os comandos abaixo na ordem em que são apresentados. Pressione Enter ao final de cada comando.

Bcdedit /export C:\BCD_bkp ** esta etapa é importante, não pule

ren UNIDADE:\boot\bcd bcd.old ** onde UNIDADE é a letra correta

Bootrec /fixmbr ** esperamos aqui uma mensagem de êxito na operação

Bootrec /fixboot ** esperamos aqui uma mensagem de êxito na operação

Bootrec /rebuildbcd ** esperamos aqui uma mensagem de êxito na operação
 
Reinicie o Windows e pronto.
 
Aqui tudo funcionou de primeira, sem maiores dramas. Uma das coisas que mais gosto no Windows 10 é a sua capacidade de recuperação. Boa sorte!

Reparo geladeira Consul Facilite CRB39ABBNA51 (congelando dutos, não degelando, não gela embaixo)

Session.

Há alguns meses tenho me incomodado com a Consul Facilite CRB39ABBNA51 que temos em casa há 8 anos. É um refrigerador simples, pequeno e de controle eletrônico da temperatura e degelo automático - o famoso e indispensável frost free. O problema é recorrente pelo que pude ver na internet: ela permanece por muito tempo ligada, a temperatura interna chega aos 5ºC até que, de repente, começa a aumentar devido ao congelamento do duto que leva ar frio para baixo. Daí que ela não desliga mesmo, já que o sensor da parte de baixo 'informa' que a temperatura está alta, chegando a congelar muito próximo ao ventilador do congelador, podendo até travar ele... 

Também não funciona o frost free, o que leva um problema de encontro ao outro. Mas a solução é bem simples e barata, perto do que custa um reparo em assistência técnica ou ainda, um novo refrigerador. Basta paciência, boa vontade e um quê de curiosidade para economizar uns bons dinheiros e ainda de quebra, aprender algo novo.

Primeiramente, esse reparo serve para outros modelos também, que utilizam a mesma tecnologia e até os mesmos sensores. Mas antes de sair feito louco comprando os sensores apenas, teste a 'resistência' de degelo - não gosto desse termo para esse componente, mas ilustra melhor e também o termofusível. Muitas vezes a geladeira deixa de executar o frost free por conta dela, que abre. Assim como o termofusível. Meça a resistência com multímetro na escala de Ohms e você deverá encontrar uma leitura baixa, como se deve esperar de um resistor. Se não encontrar valor algum, compre uma nova resistência também, custa barato. Já o termofusível, a leitura deve ser zero, ou seja, como se fosse um curto-circuito. Como meu elemento de aquecimento - a 'resistência' de degelo - está bom, comprei somente os sensores, dois de temperatura e o termofusível, todos originais da montadora do equipamento. Resolvi trocar também o termofusível, para deixar todo mo conjunto novo. Um dos sensores de temperatura vai no congelador, preso à serpentina enquanto que o segundo sensor fica na descida do ar frio para a parte de baixo, onde você guarda sua comida. O termofusível vai próximo à 'resistência' e funciona como uma proteção caso ela permaneça ligada, impedindo de derreter tudo ali dentro.

Esse kit é original, veio até com aqueles conectores de emendas Scotchlok 3M incríveis pra você não precisar fazer aquela chinelagem com fita isolante. Daí você diria 'ahhhh mas como você ia fazer sem essas emendas da 3M?!' e eu diria 'ahhh com espaguete termorretrátil e solda né'.

Vamos começar?

Antes de qualquer coisa, tenha muito cuidado ao realizar qualquer tipo de reparo em equipamentos elétricos ou eletrônicos. Primeiramente, pela sua segurança. Não me responsabilizo por quaisquer prejuízos que você possa causar ao equipamento, a você e/ou a terceiros. Faça por sua própria conta e risco.

Comece deixando a geladeira desligada e de portas abertas a noite toda pra descongelar. É sério, se você tentar desmontar ela congelada, vai destruir o isolante interno que é de isopor. Ele fica totalmente preso pelo gelo e você vai estragar tudo se tentar fazer assim. Feito isso, solte a bandeja inferior 'mais frio', a porta dela e também a porta do 'congelador'. A porta do congelador tem um pino superior que deve ser pressionado com uma chave para liberar a porta, tem uma mola na parte de baixo dele. Fácil.

Solte as travas da base do congelador nas laterais por embaixo e puxe para fora. Pronto, você abriu caminho e precisa agora soltar os dois parafusos na parte superior da tampa e puxar as travas que ficam mais ou menos no meio dessa tampa central. Tem marcações ali, só puxar pra fora com uma chave de fenda.

Puxe gentilmente a tampa. Tire o isopor e voilà. Com tudo isso feito, basta soltar o sensor de temperatura e o termofusível. O sensor você tem que cortar os fios mesmo, corte bem rente ao sensor pra ficar mais fácil de fazer as pontas e as emendas com o novo sensor utilizando o reparo da 3M que vem junto. O termofusível tem um conector que está coberto por essa fita preta, só descolar a fita e cortar a cinta plástica - presilha, abraçadeira, enforca gato etc. - para soltar o conector. 

O sensor de temperatura do congelador está envolto na manta metálica, abra com cuidado pra não detonar ela. Faça as trocas usando o reparo de emenda 3M, embrulhe o sensor novamente na manta metálica e o prenda com cinta plástica bem firme, como estava o anterior.

O termofusível novo é só conectar no lugar do antigo, fixar na mesma posição que estava antes com cinta plástica e recolocar a fita preta prendendo os conectores e os fios, pronto.

O sensor de temperatura da parte de baixo fica colado com uma espécie de silicone branco. Puxe ele e corte os fios, repita o mesmo processo de troca do sensor de temperatura do congelador. Igualzinho. Não tem polaridade aí, ok? Positivo e negativo e tal. Só cortar o sensor velho e colocar o novo. Eu colei o sensor novo com a boa e velha pistolinha de cola quente, e colei os reparos de emenda 3M na parede interna pra ficar padrão.

Curiosamente, somente o sensor de temperatura que vai fixado na serpentina estava com valor muito alterado (quase o dobro do valor nominal). O sensor de temperatura interna tinha pouca variação. Troquei o termofusível que estava bom, como falei antes, por vaidade. Só mesmo pra deixar tudo novo.

Finalizando

Fixe os sensores da mesma forma que estavam fixados antes, nas mesmas posições. Não tem mistério. Remonte a geladeira seguindo a ordem inversa de desmontagem e pronto. Se você fez tudo certinho, seus problemas acabaram. Fiquei bastante contente em ver a geladeira trabalhando normalmente após meses de problemas. Liga o compressor, baixa a temperatura e desliga o compressor. Tudo dentro do padrão, como ela já foi antes. Fora a economia de energia elétrica que isso me trará, dei uma grande sobrevida a esse aparelho gastando apenas R$ 143 e pouco mais de uma hora para fazer todo o procedimento e observar o funcionamento da geladeira.

Algumas fotos do equipamento sendo reparado a seguir. Boa sorte!


O conector de emenda Scotchlok 3M

Fixando o sensor novo com o Scotchlok

Fixação definitiva do sensor e dos conectores

Visão geral do sensor novo

Fim do reparo e tudo no lugar de novo

Detalhe do conector do termofusível e o sensor novo instalado

Termofusível antigo sendo retirado

Sensor novo instalado com Scotchlok

Início dos trabalhos e visão interna

Posição dos conectores internos

Os sensores originais comprados

O sensor de temperatura da serpentina

Fixando o novo sensor

Sensor novo pronto para instalação

Removendo sensor antigo

Detalhe do modelo desse aparelho


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