Placa Mãe REVENGER G-B75 LGA 1155 DDR3 M.2 NVME - talvez a avaliação mais sincera que você encontrará

Just another session.

Havia falado aqui antes que meu PC véio de guerra precisou de uma placa mãe nova, e como ele já é um ancião, fiquei sem muitas opções. Depois de muito considerar se valeria a pena investir no guerreiro ou partir pra um novo - afinal de contas, ele me atende muito bem - decidi arriscar na placa mãe G-B75 REVENGER, que promete suporte aos processadores Intel i3, i5 e i7 de segunda e terceira gerações e frequência da memória RAM até 1600 MHz. É uma típica placa mãe chinesa, sem grandes pormenores a mencionar:

  • Montagem limpa e com certa qualidade, até
  • Boa disposição dos conectores e slots
  • Suporte a SSD M.2 NVME com seleção manual SATA/NVME
  • 2 portas USB 3.0 traseiras e 6 portas USB 2.0 (duas frontais e quatro traseiras)
  • VGA e HDMI (não sei se suporta dois monitores simultaneamente)
  • Ethernet /1000
  • BIOS com suporte UEFI e fast boot
  • Capacitores de alumínio
  • Excelente encaixe do slot de memória

Como já havia testado tudo e somente a placa mãe e a fonte estavam com defeito, arrisquei a compra por R$ 169 pelo Mercado Livre. A placa chegou bem embalada, com espelho para montagem, CD com drivers e um cabo SATA de dados - daqueles que a gente joga fora de tão ruim. Não quis arriscar e instalei o Windows novamente, para evitar quaisquer conflitos com a instalação do Windows 11 anterior. O desempenho da placa é satisfatório, sutilmente mais rápida na inicialização do Windows do que a Gigabyte GA-H61M-S1 (rev. 2.2) que me acompanhou por anos. Aproveitar instalação do Windows quando se troca a placa mãe (por modelo/chipset diferente) pode levar a algum travamento ou instabilidade, deixando a dúvida se o defeito é a placa mãe nova ou alguma outra peça. Se você faz, beleza, eu também já fiz muito. E às vezes, até dá certo mesmo. Mas eu tenho quase 40 anos, então, respeita o tio da TI.

A placa mãe REVENGER é boa?


Vou dar a resposta que eu sempre dou nesses casos: depende. Quem tem uma máquina mais antiga, não tem muita escolha nessas horas: ou arrisca e compra uma placa dessas nova, com garantia, ou compra uma 'de bom fabricante' usada e sem garantia nenhuma. Mas, na minha opinião, é uma placa mãe honesta, nessa primeira impressão pós-instalação, e ao meu ver, se durar pelo menos dois anos, meus R$ 169 foram bem investidos.

Existem variações dessa placa com o mesmo chipset, com diferenças na cor e na quantidade de portas SATA disponíveis. 












Manual da placa Mãe REVENGER G-B75


Complementando a postagem, digitalizei o manual original que veio com a placa mãe, caso alguém precise consultar as especificações. O formato é PDF e você pode baixar pelo Drive diyPowered.


Baixe o manual da Revenger G-B75

Drivers da placa Mãe REVENGER G-B75


Para deixar a postagem ainda mais completa, fiz uma cópia dos drivers que vieram com a placa, na mídia física. Os drivers são para Windows XP, Windows 7 e Windows 8, com versões x86 e x64 - nas instalações de Windows 10 e 11, todos os dispositivos são instalados automaticamente, mas dependendo da sua configuração final, recomendo instalar os drivers nativos que vieram.

A senha para descompactar o RAR é diypowered.

Baixe os drivers da placa mãe REVENGER G-B75

Conserto do micro-ondas LG MS2355RA (liga mas não esquenta)

Session.

Possuo esse aparelho há, pelo menos, 10 anos, e nunca apresentou nenhum problema. Dia desses, fui ligar e ouvi um 'oohhmmmmm' bem grave, achei estranho e abri a porta pra interromper o funcionamento. Pensei até que pudesse ter esquecido algo lá dentro, mas não. Fechei a porta e liguei novamente, ouvi o mesmo ruído grave novamente, que parou após dois ou três segundos. O aparelho continuou ligado, mas sem aquele ruído característico de transformador com carga e o alimento não foi aquecido. Você sabia que o forno de micro-ondas é o único aparelho doméstico que ainda usa válvula? Pois é, o magnetron nada mais é do que uma válvula termiônica.

Antes de qualquer coisa, tenha muito cuidado ao realizar qualquer tipo de reparo, modificação, ajuste ou intervenção em equipamentos elétricos ou eletrônicos. Primeiramente, pela sua segurança. Não me responsabilizo por quaisquer prejuízos que você possa causar ao equipamento, a você e/ou a terceiros. Faça por sua própria conta e risco.

Descarreguei o capacitor (isso é muito importante, não vá se matar!) e medi continuidade entre os terminais do magnetron e do capacitor e suas respectivas carcaças, assim como fiz a verificação do diodo. O resultado: magnetron conduzindo para a carcaça, sinal clássico de defeito. Esse modelo de micro-ondas possui um fusível de alta tensão (de 5 kV x 0,63 A e não é um fusível 'comum', desses que se encontram em qualquer eletrônica) entre o capacitor e o transformador - que impede a queima do fusível principal e evita maiores danos ao conjunto de potência - que estava aberto em função do magnetron ter sido danificado.

Quanto custa pra trocar o magnetron? 


O magnetron original é 2M213 01CBE, custa em torno de R$ 178 no Mercado Livre e não vem com fusível, que encontrei na faixa dos R$ 16 - valores obtidos em junho de 2024. Como sempre achei esse micro-ondas meio fraco em potência, por demorar bastante tempo pra aquecer volumes maiores, pensei em substituir por um compatível numa utópica tentativa de melhorar esse cenário: comprei o modelo M24FA-410A que vinha com um fusível de 5 kV x 0,8A, indicado por uma revenda, que seria totalmente compatível com o original. Remontei tudo, fiz teste de 1 minuto aquecendo água e o funcionamento foi perfeito. E pra minha alegria, o aquecimento do aparelho com esse modelo de magnetron foi bem mais eficiente do que antes, com o original.

No fim, deu tudo certo na montagem, com exceção de duas 'garras' existentes na carcaça do aparelho, que ajudam a centralizar o magnetron original na fixação: bastou empurrar as duas 'garras' pra dentro que o magnetron novo encaixou sem problemas.



Magnetron removido

Magnetron novo e fusível


Furação original do aparelho

Face do magnetron novo


Primeiro teste



Limpeza interna

Vale a pena consertar uma fonte gamer genérica de 500W?

Session.

Meu PC véio de guerra se entregou esse mês. Placa mãe Gigabyte GA-H61M-S1 (rev. 2.2) é muito guerreira, mas tudo tem seu tempo, e nem posso reclamar. Mas pra piorar o cenário, a fonte 'gamer' genérica de 500W parou de funcionar também, depois de muitos anos de trabalho.

fonte: internet
Essas fontes chinesas de alta potência são muito baratas e algumas possuem um projeto bastante razoável - sem comparações com as fontes conceituadas com selos de eficiência e segurança, por favor. A manutenção delas também costuma ser bem simples, sem muitos circuitos de proteção complexos e sensíveis, com uma etapa de potência robusta e com drivers comuns. Alguns desses projetos trazem componentes difíceis de serem encontrados no mercado nacional, mas se você tem alguma experiência com análise de equivalências entre componentes, certamente será capaz de reparar uma fonte dessas sem muitas dificuldades.


O título do artigo é generalista porque os projetos chineses são muito parecidos ou até mesmo idênticos, mudando apenas o visual externo e às vezes, alguns poucos componentes internos - PC Yes, Fortrek, One Power, MyMax, Cowboy, Bluecase, Brazil PC, GameMax, C3 Tech, Tronos, Tomahawk, Knup, Draxen e outras chinesinhas são quase sempre iguais. Isso sem falar em alguns 'fabricantes' que colam selos de eficiência nesses projetos e enganam um monte de gente por aí. Antes de você me cobrar aqueles clássicos testes de bancada: já tem muito conteúdo desse gênero na internet, e se você quiser ver os testes reais com essas fontes chinesas, sugiro buscar por canais independentes e idôneos para não ser enganado pelos influencers compradinhos ; )

Defeitos mais comuns em fontes gamer


Num contexto geral, as fontes 'gamer' (entre aspas, sim!) chinesas deixam de funcionar por questões de alto consumo, por superaquecimento ou até mesmo por sobrecarga. Por não possuírem circuitos de proteção e monitoramento, o estrago costuma ser grande nesses cenários de alto consumo. Mas se você se diz gamer e quer jogar forte, por que investiu tanto na GPU e deixou a fonte de alimentação em segundo plano?! Alguns defeitos mais comuns nas fontes gamer chinesas:

  • Superaquecimento

    Você montou um super set e quis economizar uns trocados na compra da fonte. Pois bem, quando seu super set estiver consumindo acima dos 20A, a fonte gamer chinesa vai aquecer tanto que o cooler colorido que acende não vai dar conta de resfriar os componentes ativos e ela vai fritar bem rapidinho. Isso ocorre pelo mau dimensionamento da fonte em relação aos demais componentes, principalmente da GPU. Dependendo do nível dos danos, ela pode destruir seu super set : )

  • Sobrecarga

    O consumo do set além da capacidade máxima da fonte leva os componentes ativos à saturação, e como não existem circuitos de proteção e tampouco uma ventilação adequada, os danos costumam ser severos e muitas vezes, irreversíveis. É comum nas sobrecargas o derretimento de fios e conectores, fumaça e cheiro de queimado, fogo e até mesmo estouros de componentes na fonte. 

  • Falha no start (fonte não liga/não parte)

    Desliguei ontem e tava tudo normal; daí, hoje de manhã, não quis ligar. Mesmo com o computador 'desligado', ou seja, apenas conectado à rede elétrica, um circuito muito importante sempre estará ativo: a fonte stand by. É uma fonte dentro da fonte que serve, basicamente, para alimentar circuitos importantes à partida da potência e também para fornecer 5Vsb à placa mãe, chamado de 'power good' pelos mais íntimos. Se essa fonte falhar, seu computador não vai ligar mais. Costuma ser o defeito mais simples de ser reparado, na maioria dos casos, e foi este o defeito que a minha fonte apresentou.

Essa fonte, que eu venho utilizando há alguns anos, promete 500W. Duvido que consiga chegar aos 350W com qualidade de energia. De toda forma, como nunca usei muitos recursos, ela sempre trabalhou numa margem de segurança bem grande, distante da chance de superaquecimento e sobrecarga. Ela tinha uma etiqueta de identificação do 'fabricante' e suas características técnicas, mas numa limpeza mais detalhada que fiz há algum tempo, a etiqueta descolou e eu não sei onde posso ter guardado pra colar depois. Acho que era uma One Power.

Como boa prática, sempre que for dimensionar uma fonte de alimentação - para qualquer equipamento - deixe uma margem de segurança igual ou maior que 100W. Ou seja, se a máquina consumir 500W no pico de funcionamento, aplique uma fonte de 600W ou mais. 

Antes de qualquer coisa, tenha muito cuidado ao realizar qualquer tipo de reparo, modificação, ajuste ou intervenção em equipamentos elétricos ou eletrônicos. Primeiramente, pela sua segurança. Não me responsabilizo por quaisquer prejuízos que você possa causar ao equipamento, a você e/ou a terceiros. Faça por sua própria conta e risco.

Reparando a fonte 'gamer'


Resumindo a análise, como não tinha nenhum dano nos circuitos 'maiores', restava somente a fonte stand by. Esse projeto usa o XY6112 DIP7, ou seja, ele possui as mesmas dimensões de um DIP8 mas possui 7 pinos. Não encontrei nem no Mercado Livre, e se fosse ele o 'culpado', eu precisaria adaptar outro CI ou comprar um novo pela China - obviamente, não valeria o transtorno pelo valor de uma fonte dessas. Testei todos os componentes em volta e não encontrei nada fora do comum, restando ainda a dúvida sobre o CI. Seguindo as trilhas, encontrei dois resistores de 3 M em série ligados ao positivo da ponte retificadora, e um deles (R502) estava aberto. Sem cantar vitória - porque o resistor poderia ter aberto em razão de um defeito no XY6162 - substituí o resistor por outro de 3,3 M que eu tinha e acionei a fonte, que ligou de imediato com todas as tensões corretas. Como deu tudo certo, fiz a troca pelo resistor de mesmo valor e potência pra ficar bonito. Esse reparo - da fonte stand by - é o mais comum nesse tipo de fonte, e até mesmo em outros projetos que não utilizam CIs. Vale lembrar que, quando uma fonte ATX não liga e você não possui danos nos circuitos principais (linhas de 12V/5V/3,3V/-12V) nem no conjunto primário, vá direto na fonte stand by. Já vi muita gente 'experiente' descartar fontes excelentes só por causa desse defeitinho.

Vale a pena consertar uma fonte gamer? 


Basicamente, depende do valor comercial da mesma fonte nova, da extensão dos danos, da sua capacidade técnica, do valor do reparo e da disponibilidade de peças de reposição - ou ainda, da possibilidade de intercambiar componentes por equivalentes. Por aqui, dificilmente descarto as placas sem antes esmiuçar o defeito até chegar num ponto onde o conserto se torna inviável. Geralmente, dá conserto. E quando não dá, reaproveito todos os componentes que consigo testar.

Aproveitei pra limpar a fonte antes da placa mãe nova chegar, pra montar tudo novamente no padrão diyPowered.
 

Resistor de teste usado no reparo

Zero filtros na entrada AC

Essa fonte não possui nenhum filtro na entrada AC e nem varistor pós-fusível, como se vê na maioria das chinesas. Se você for utilizar ela diretamente na tomada, sem um nobreak ou filtro de linha, recomendo adicionar os componentes marcados na placa para criar a rede de filtragem para os distúrbios mais comuns. Preciso nem falar de aterramento, né?





A fonte stand by

Clássico 'controlador'

Visão geral da fonte




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