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Home theater 5.1 Timpano H5902 - defeito na controladora (não liga)

Session.

Aqui quase tudo tem jeito e quando não tem jeito, vira sucata. Esse home theater Timpano já passou por aqui em 2021, quando comprei por R$ 50 na OLX no escuro. Só que agora, a coisa ficou séria: um belo dia, parou de acender o display - como quando eu consertei pela primeira vez - e como eu gosto muito dela, resolvi abrir de novo.

Não era a fonte de 5V, como antes. Esse aparelho é controlado por uma centralzinha chinesa com USB, cartão de memória e rádio FM, e todas as funções de seleção de canais e de volume são digitais. Ou seja, se esse microcontrolador para de funcionar, adeus aparelho. Como ir atrás de uma controladora vai ser quase impossível - tem pouca informação sobre esse aparelho por aí, e o diyPowered é uma das poucas referências - decidi por uma alternativa radical: remover todo o controle digital, eliminar os amps das caixas central e traseiras L/R (não tenho esses satélites e nunca tive interesse em ter) e deixar o controle de volume old school. Radical demais?!

Esse subwoofer tem muita qualidade, é madeira firme e bate bonito. Já tinha falado antes que toda a potência está baseada nos TDA 2030 - que tenho certo apreço e só troco pelos LM 1875 - sendo que para os graves poderosos temos uma configuração em ponte. Os satélites são meia boca, mas até que soam razoáveis. O conjunto tocando ao mesmo tempo - sub e satélites - surpreendem com certeza, quem conhece os TDA 2030 bem montados vai entender.

Para não perder esse aparelho, optei por tornar tudo 'manual' com potenciômetros para controlar os canais e um LED frontal indicador de ligado. Nada mais. Vou postar as fotos e comentar um pouco sobre as modificações que fiz na placa.

Clica que amplia

Além dessas alterações, também dessoldei os dois CIs que ficam ali perto - o seletor de canais e o volume digital. Dessa forma, não é mais necessário utilizar a fonte dedicada de 5V.

No mais, as ligações frontais são triviais, com potenciômetros. Olhando de frente, ficou o volume master no knob original (o grande), os dois primeiros pots pequenos são dos satélites e o terceiro, do subwoofer. Adoro ajustes finos, aham. O LED é duplo, vermelho e azul, deixei os dois acesos para formar a cor lilás, só pra ficar diferente e combinar com o LED do meu media center ; )
 
Placa com todos os amps

Eliminando os amps...

Só o que vai tocar agora!

 
Acho que salvei esse aparelho de novo. E olha que deu trabalho, mas valeu muito a pena porque realmente tem um som bastante envolvente e nítido. 

Podia ter ficado melhor? Claro que sim: não instalei a malha metálica - como fazemos nas guitarras - como base dos potenciômetros que ajuda na blindagem, mas 'aterrei' todos eles e usei fiação blindada. Não tem ruído ali, testei.

Agora, só entra L/R e sai L/R. Todas as entradas e saídas extras estão desconectadas.

Aqui, uma tentativa falha de apagar o silk do painel. Mais adiante, vou colar um contact por cima pra deixar padrão e tapar os furos da USB e cartão de memória que ficaram expostos. Também não gostei dos knobs menores, pretendo trocar por outros quando der.

Good job : )

Isso é tudo ; )

Home theater 5.1 Timpano H5902 - compra 'no escuro', reparo e informações

Session.

Quem acompanha este humilde blog sabe que adoro garimpar coisas na OLX. E que quase sempre encontro coisas bem legais. Dessa vez foi esse home theather 5.1 com somente a informação 'não liga'. Gosto dessa informação 'não liga' porque a chance de reparo costuma ser maior do que aquelas do tipo 'só não sai som'. Porque 'não liga' pode ser um fusível, uma ressolda e o 'só não sai som' pode ser um microcontrolador ou processador de áudio quase impossível de ser encontrado no mercado - na remota chance de você conseguir identificar o carinha, já que essas peças costumam vir com a impressão raspada. Vamos ao que interessa.

Comprei por R$ 50 e fui buscar longe. O vendedor garantiu que tudo estava lá dentro, que nada foi retirado, então, na hipótese de não conseguir reparar o home, teria muito mais que esse valor em peças lá dentro. E não tinha todos os satélites, somente dois deles e com os cabos cortados. Paciência. Retirei a tampa traseira e já fiquei contente só de ver um baita dissipador, um trafo parrudo e várias peças boas. Mas fiquei ainda mais feliz quando vi os canais tocados pelo TDA 2030! Ah, esse CI é muito bom - não chega perto do queridinho LM 1875, mas é bom! O fusível de entrada da rede elétrica é de 1A e estava aberto. Troquei e liguei o home na lâmpada série para evitar mais problemas e para minha surpresa, nenhum curto se manifestou. Bom sinal: as tensões que alimentam as potências (enrolamentos de 12V + 12V e 14V + 14V x 2,8A) estavam lá mas o terceiro enrolamento de 10V x 500mA estava totalmente sem tensão. Seguindo as trilhas na placa, vi que ele é dedicado ao regulador de 5V da lógica que controla tudo nesse aparelho. Um resistor SMD estava torrado na linha de entrada retificada desses 10V (AC 10VAC -> diodos retificação onda completa -> capacitor 470MF x 25V -> resistor SMD 2,2R -> resistor SMD valor desconhecido torrado -> regulador 7805) e a julgar pela configuração, era também de valor baixo servindo apenas como um fusistor. Alimentei diretamente o 7805 com uma fonte de 7,5V e medi sua saída totalmente estável em 5V. Decidi ligar tudo e surpreendentemente funcionou de primeira todas as funções. O subwoofer dele é muito potente, pela rápida passada de olho na configuração, os TDA 2030 estão em ponte para tocar os graves - configuração bastante comum nos home theater de entrada. Não testei o leitor de cartão SD, mas a entrada USB está funcionando perfeitamente, assim como o rádio FM. Infelizmente não encontrei informação relevante sobre ele na internet, menos ainda no Mercado Livre.

Como não tinha um trafo pequeno entre 10V e 12V x 500mA em mãos e queria muito utilizar o home, optei por uma solução pouco ortodoxa: a fonte que utilizei de teste de 7,5V x 500mA chaveada foi fixada dentro da caixa. É a solução mais elegante? Não. É a melhor escolha? Não. Mas é o que deu pra fazer agora. Com mais tempo, vou procurar em casa alguma fonte antiga que ainda use trafo pra fazer um serviço mais elegante nesse home. 

Também quero comprar satélites novos pra ficar tudo padrão. Também quero revisar canal por canal pra ver se todas as saídas estão trabalhando corretamente, já que esse CI é bastante sensível e quando não queima, deixa a saída pro falante com potência reduzida. No mais, valeu o garimpo e certamente vou ficar com ele por muito tempo. A caixa é de madeira, bem pesada, e está num estado de conservação excelente. Fotos? Tem sim.
 














 *** 08/11/2022

dRUNkBOX - Preciso dizer mais?!

Mais do que uma central multimídia e uma fonte de diversão, a dRUNkBOX se tornou parte imutável da nossa sala. Bonita, prática, robusta, com dimensões reduzidas e produzida com o que seria lixo eletrônico

Montei minha primeira jukebox há alguns anos. Ela ainda existe e está com o Alex - salve! Quando morava no Rio, via as máquinas nos bares e pensava se eu seria capaz de montar uma. Sim, eu sou!

Na época, não prezei pelo tamanho e aproveitei todas as peças da sucata. O resultado foi um móvel com tudo embutido, neón frontal, tela 17" CRT e amplificador interno. A configuração era 4GB RAM, HD 160GB, placa mãe MSI com placa de som 7.1 e o bom e velho Windows XP Professional SP3. Nos amplificadores (estéreo) utilizei os TDA2030 com fonte simétrica e, então, bastava ligar a jukebox na rede elétrica e plugar as caixas de som. O resultado final do visual não foi muito bom, mas como se tratava de um protótipo para fins etílicos, utilizamos em alguns encontros entre amigos.

Muito tempo depois, decidi montar uma nova jukebox utilizando componentes mais nobres com tamanho reduzido e sem amplificador interno. Optei por utilizar um monitor LCD dessa vez. A parte interna é compactada na placa de um netbook Asus Eee PC 1201T com 2GB de RAM e HD de 80GB. Roda Windows XP Professional SP3 e o software escolhido foi o SK Jukebox 4.01 que é gratuito e muito bom. A máquina tem, basicamente, sistema operacional com codecs de áudio e vídeo e o software SK Jukebox. A base da montagem é uma tampa de acrílico revestida internamente que, originalmente, era de um antigo toca discos. Os formatos - que eu padronizei - são o .mp3 para os arquivos de áudio e .avi para os arquivos de vídeo. A drunkBOX é fixada na parede da sala e a administração dos arquivos é feita de forma remota via rede, bem como a transferência de novos discos ou DVD's. A navegação pelos discos é facilitada pela capacidade da SK Jukebox de mapear as teclas do teclado numérico, dentre outras funções incríveis, e também da possibilidade de personalização de fontes, cores, etc.

Como não possui amplificador interno, ela foi conectada ao Home Theater por meio do M1, que é um switch digital de áudio que eu desenvolvi há pouco tempo e que já foi publicado aqui no blog. A capacidade de armazenamento fica por conta da sua playlist. Atualmente, temos quase 50GB de dados, o que inclui vários discos e alguns shows em DVD também.

A única coisa que comprei para este projeto foi o teclado numérico. O resto, seria lixo eletrônico.



Reprodução de músicas

Conector AC, botão (feio) ON/OFF e P2 (Line Out)

Tela de boot do Windows XP alterado
A frase abaixo era repetida por minha avó, que bebia comigo
e sempre dizia 'bebo sim e vou vivendo. Tem gente que
não bebe e está morrendo.'

Reprodução de vídeos

** 06/01/2015

Após alguns meses de uso, o HD original (80GB) foi substituído por questões de capacidade (320GB) e também pelo SMART ter sido danificado. Logo, decidi substituir de imediato antes que a coisa ficasse feia. A jukebox segue funcionando perfeitamente e agora possui cerca de 80GB de dados, entre discos e shows completos em vídeo.

Legislação

Se você pretende montar uma jukebox, fique atento quanto aos limites de uso sob pena de processos e encrencas maiores. Como a nossa legislação digital ainda é precária, opte por reproduzir suas músicas somente em casa, como lhe é de direito ao comprar os CD's e DVD's. Instalar equipamento para uso comercial requer licença e autorização, com recolhimento dos devidos impostos e sujeito a fiscalização constante. Cumpra o seu dever e não infrinja os direitos dos outros.

Claro que, com uma lei tão confusa e falha, há quem defenda a premissa de que se você comprou o CD ou o DVD, você deverá reproduzi-los somente no formato em que lhe foi fornecido, ou seja, não pode transformar a mídia física em arquivos digitais para quaisquer fins. Reza a lei que alterar o formato de reprodução infringe o direito que lhe foi concedido ao pagar pela obra, mas se eu e você pagamos pela obra e estamos apenas reproduzindo aquilo o que nos é de interesse na forma da lei que é apresentado de uso pessoal e individual, não estamos utilizando formas de reprodução pública ou radiodifusão ou qualquer outro meio de distribuição, que mal haveria? Obviamente que se trata de um assunto extenso e complexo onde cada um defende o seu ponto de vi$ta, e não cabe a mim ou a você discutir isso.

Sistema Operacional

Você também deve observar a questão legal sobre o sistema operacional. Nesse modelo utilizei o Microsoft Windows XP Professional SP3 x86 devidamente licenciado e atualizado até o ponto final, onde a Microsoft encerrou o seu suporte. Claro, pretendo atualizar para o Windows 7 um dia, ou até conseguir um software para Linux - que seria perfeito - mas por enquanto, fica o bom e velho XP. E se tratando de uma máquina não possui acesso à Internet, ou seja, o SO roda puramente para manter a jukebox ativa, não vejo problema algum em mantê-lo funcionando por tempo indeterminado. Até porque o SK Jukebox é um software abandonado há anos, e não irá requerer maiores funcionalidades e suporte que o XP pode oferecer sem maiores esforços.

** 24/04/2015

Não mencionei na época, mas o acrílico é revestido internamente pelo encarte de um disco do Pink Floyd - Animals.

Algumas alterações visuais na jukebox e um vídeo demonstrativo bem simples para destacar um dos melhores projetos DIY Powered até aqui.





** 25/04/2015

Há algum tempo o monitor vinha apresentando linhas e algumas falhas nas cores. A coisa só piorou e passou a distorcer a imagem em alguns casos. Decidi tirar a jukebox da parede para limpar (estava bem suja de poeira) e aproveitei a empreitada para verificar esse problema. 

Depois de testar vários capacitores da placa principal e refazer algumas soldas sem sucesso, decidi verificar a placa do LCD. O problema era causado por uma solda fria num aparente regulador de tensão. Problema resolvido e até cores, brilho e contraste ficaram mais intensos.

** 03/01/2016 

Após meses de diversão e horas de música, após desligar na noite anterior, pela manhã a jukebox não tinha som. Fui verificar e a placa de som havia 'desaparecido'. Não ficou como dispositivo desconhecido nem nada, simplesmente sumiu. Como não quis investigar e perder o dia em cima disso, aproveitei a oportunidade para fazer um upgrade: instalei a placa de um Acer Aspire 5516 - AMD Athlon TF-20 1.60GHz - que estava guardado faz tempo. Ficou com 1GB de RAM, módulo original dessa máquina. Placa bem maior que a anterior, mas deu tudo certo e já ao final da tarde a jukebox estava operante.

A placa do Acer possui chipset AMD ATI, placa de vídeo e áudio melhores que a placa do Asus. Ainda não tenho destino pro Asus, e ainda falta testar melhor para saber o que houve com a placa de som. Em todo caso, ideias não faltam para implantar com essa placa.

** 10/01/2015

Testei o conjunto anterior (ASUS) em ambiente Linux e realmente, está sem som. O SO instala o driver, há todo suporte de controle de áudio mas não há qualquer som na saída. Como não há qualquer razão para que o conector de áudio tenha sido danificado, resolvi abandonar a placa de áudio - o resto funciona normalmente. Ironicamente, há algum tempo, descartei uma placa auxiliar desse mesmo modelo... Esse netbook possui a placa de som e duas portas USB destacadas da placa mãe, e sei lá porquê, achei que não teria problemas com esse conjunto e descartei a placa auxiliar... Ônus à parte, a jukebox segue funcional. É o que importa, no final.

** 07/02/2016 

Depois de penar sem o libmad/libavcodec - que definitivamente não funcionaram nessa versão do driver Realtek da placa do Acer - decidi montar meu limiter & clear. Agora tudo ficou mais legal ainda e o áudio, cada vez mais limpo. Conheça o H2PV1 Home2Pro Limiter & Clear

** 01/04/2016

Quase um ano após a primeira intervenção no monitor, há algumas semanas comecei a notar as malditas linhas novamente com um diferencial: a tela se apagando e criando imagens abstratas como quando o LCD dá pau. Enquanto degustava as duas últimas Stellas da noite anterior, desmontei a jukebox para rever o monitor.

Encontrei um capacitor danificado e refiz algumas soldas por garantia. Tudo funcionando novamente como novo!

** 14/04/2016

Pois é. O monitor decidiu se entregar e o defeito voltou pior ainda. Como ele já tem idade e cumpriu muito bem seu papel, entendi que era hora de trocar por um novo bom usado. E lá vamos nós de novo com as permutas - valeu, Cristian! - que nos enobrecem. Esse aí me custou uma placa mãe ECS com 2GB de RAM e um bom e velho Intel Core 2 Duo instalado.


Nova cara da jukebox
 ** 29/03/2017

Tela de boot alterada com novo logo diyPowered. No mais, segue funcional e perfeita! Consegui uma sucata de DELL bem novo, já com DDR3 e aquela placa de som ótima que só os DELL e os HP possuem, mas ainda nem cheguei a testar. Se tudo estiver ok, pretendo fazer mais um upgrade na jukebox para melhorar a qualidade e também poder aplicar alguns recursos como o EqualizerAPO, que conheci há alguns meses e tenho utilizado no meu desktop.



** 19/07/2017

O software SK Jukebox foi liberado para download no diyPowered Drive com o upgrade para 4.1 e os fixes. Testado em Windows 7, funciona perfeitamente.

microSub Multimídia

Utilizando filtros ativos, um falante de 8" e alguns poucos e fiéis componentes, o microSub foi muito utilizado há algum tempo em conjunto com dois satélites 2.1 da Creative. O resultado final foram graves intensos e aveludados com os limpos médios e agudos que somente uma Creative pode oferecer

Um dos primeiros projetos que finalizei. E faz muito tempo. Caixinhas 2.1 não são capazes de fornecer graves razoáveis e como eu não suporto ficar sem graves, decidi montar esse monstrinho utilizando toda e qualquer sucata. O aspecto final não seria muito importante, já que a ideia era não gastar com isso. Utilizando filtro ativo, dois TDA2030 em ponte num falante de 8" com impedância de 8R, montei tudo numa caixa firme de MDF com entrada RCA e saídas P2 para os satélites. Pena que me desfiz desse microSub, era excelente.

No painel, um controle de volume para os graves e um controle para os satélites. Um LED bicolor indicador de atividade (branco) e outro (vermelho) indicador de espera. Quando não detectava áudio por cinco minutos corridos, entrava em espera e silenciava as saídas, desconectando também a alimentação dos TDA. Outros dois LED's brancos indicavam Input Signal e fusível DC. Também havia uma chave que desligava a espera do microSub, mantendo-o desligado de forma permanente. O revestimento externo? Jornal com verniz incolor.



microSub ligado (sem knobs mesmo)

Em espera (sem sinal de áudio)

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