GeForce 8400GS 1GB DDR3 - mais uma salva!

Mais uma vez dando sobrevida aos descartados pela pressa ou pelo consumismo, a GeForce 8400GS é uma placa bastante robusta e potente para seu tamanho e surpreende pelos cuidados na montagem da Point Of View

Já tive outros casos de sobrevida em placa de vídeo e também em placa mãe, como já postei aqui sobre a 9400GT, mas, esse caso em especial, se trata de uma placa muito bem montada pela Point Of View. Cuidados básicos como a dissipação do próprio chipset e também dos CIs de memória são observados de forma notável, o que nos diz muito sobre o conceito de engenharia da empresa. A placa possui uma saída DVI-I, uma HDMI e uma VGA.

O problema dessa placa era visivelmente a queima de um transistor PNP, que deixou tudo inoperante tanto na própria placa de vídeo quanto na máquina em que ela estava instalada, que não mais ligava. Poderia ter mais problemas, claro, mas esse transistor estava com um buraco - não tirei fotos - próximo a um dos terminais, com sinais de ter sido excessivamente aquecido até abrir o bico. Obviamente que foi substituída por uma placa nova e foi devolvida para o cliente, que sumariamente descartou a 8400GS sem pensar muito. Muito curioso que sou, decidi pegar para brincar e consultando os códigos SMD - tem um site muito bom chamado S-Manuals - cheguei ao (2S)B1025 - SOT89, que é um transistor PNP. Sem querer ter muito trabalho, procurei um PNP confiável qualquer e encontrei o (KS)B772 - TO126. Queria testar logo a placa e depois de verificar todos os possíveis componentes que também poderiam estar danificados sem encontrar nada de errado, dessoldei o B1015 e soldei no lugar o B772, seguindo a correta posição da pinagem, obviamente. Instalei a placa numa máquina e lá estava o vídeo funcionando perfeitamente, sem qualquer problema. Verifiquei o aquecimento do B772 e nenhum calor foi encontrado, o que foi ótimo. Em números, instalei um transistor com capacidade de corrente bastante superior ao original. Como tudo funcionou perfeitamente, parti para a limpeza minuciosa da placa, para deixar tudo bem novinho. 

Uma coisa que me chamou bastante atenção foi o cabo de alimentação do cooler. É um cabo de três vias que deve ser conectado à placa mãe - conector SYSFAN - para que o cooler funcione. O mais estranho é que a placa de vídeo possui um conector de duas vias para alimentar o cooler mas o cooler que está instalado não possui esse padrão. Considerações à parte, nem sei dizer se esse cooler é mesmo original dessa placa, que possui dois LEDs, um vermelho e um azul, que formam um efeito bastante interessante para quem gosta de LEDs por toda parte. Eu, particularmente, preferiria que fosse um cooler preto sem muita frescura. E um cooler decente, porque esse aqui é daqueles que fazem barulho e que ficam lixando o eixo até não girar mais. Em todo caso, a placa é muito eficiente, possui baixo aquecimento total e um desempenho bastante surpreendente. Sem maiores considerações, vamos aos registros.


Pasta térmica pra lá de vencida

Suja, iniciando a desmontagem

Já limpa e remontada

Saídas de vídeo VGA, HDMI e DVI-I

Detalhe do B772 posicionado na placa

Dissipadores em todos os CIs

** 26/05/2016

Esse update já era para ter sido publicado, mas como só resolvi o problema agora...

Seguinte. Ao instalar a placa, ela funciona normalmente. Mas ao atualizar os drivers e abrir resoluções maiores, havia uma tremulação, com faixas visíveis na tela. Semanas após descobrir esse problema, decidi verificar se não era algum capacitor que foi pro saco junto com o transistor que foi trocado. Não era. Só me restava desconfiar do transistor que eu coloquei lá - B772. Retirei ele, após trocar um capacitor com cara de suspeito, e coloquei um BC556 no lugar. Instalei a placa, liguei a máquina e lá estava meu problema resolvido. A imagem está perfeitamente estável, excelente qualidade. Não houve aquecimento nem qualquer outro drama. Vou deixar essa placa instalada e em uso para substituir uma AMD Radeon HD 5570. 

MON1USB - Monitor de temperatura

Reaproveitando um sensor de precisão de um termo-higrômetro, um LED laranja de alto brilho, uma carcaça plástica de fonte e um LCD com PCI retirado de um gabinete velho e quase morto, nasce um monitor de temperatura altamente funcional para testes gerais

Desenvolvido a partir da necessidade de testar o condicionamento do SSv2 - publicado aqui há algumas horas - este simples monitor de temperatura vem sendo guardado há anos esperando por uma boa aplicação. E a hora dele chegou.

Retirado de um gabinete enorme que foi descartado, veio com cabos arrebentados e com um sensor muito simplório. Logo em seguida, foi tirado o LED do backlight sei lá para qual utilidade e o conjunto ficou guardado. Um dia resolvi testar esse monitor e ele não lia a temperatura ambiente, mostrando apenas dois traços. Ou o sensor realmente estava danificado ou o microcontrolador perdeu seu clock. Ou qualquer coisa entre o sensor e o microcontrolador. Acabei deixando o conjunto de lado novamente.

Algum tempo depois, ganhei um termo-higrômetro sumariamente condenado por não apresentar mais a umidade. Como não sou de fazer desfeita, aceitei muito bem a oferta. Os termo-higrômetros possuem uma precisão mestre e como de costume, tentei ajeitar o cara. O defeito estava feio de cara - microcontrolador parado - e obviamente não insisti. Retirei o sensor com cabo e tudo e deixei guardado. Mais algum tempo depois, me lembrei do conjunto LCD e também do sensor que removi do termo-higrômetro. Achei que tinha resolvido o caso. E resolvi! Meu conjunto dependia apenas do sensor para restabelecer o programa e tudo funcionou perfeitamente. 

Logo após fazer a coisa funcionar, peguei o termo-higrômetro oficial da casa para comparar com meu conjunto. E voilà: a diferença aferida com um equipamento farmacêutico era de 0,3ºC! Isso significa que os chineses estão de parabéns com seus loucos acessórios ou que a troca do sensor original do meu conjunto por um sensor 'de verdade' foi crucial. Feliz da vida, deixei tudo montado e guardado.

Hoje, data da postagem e também data do lançamento do SSv2, peguei o conjunto da caixa de componentes especiais, desmontei e escolhi a dedo a cor que preencheria o backlight. Tinha azul, vermelho, verde e um laranja muito bonito. Optei pelo laranja, embora quisesse mesmo um branco. Remontei o conjunto e não achei justo que ficasse daquele jeito, parecendo coisa porca. Todo esse esforço tem uma explicação: monitorar a temperatura do SSv2 em dois momentos. Num primeiro instante, testar a condição do sistema com o túnel de cooler sob um teste de stress. Noutro momento, testar a mesma condição do sistema sem os coolers ativos. Dessa forma é possível determinar o limite de dissipação do sistema em condições extremas. A utilização normal do SSv2 não chegará nem perto dos limites testados pelo software utilizado na ocasião, mas uma vez estabelecidos os limites máximos de aquecimento do sistema em condições extremas, será fácil definir a necessidade dos coolers ou não.

De uma simples e prática configuração, alimentado por 5V diretamente de uma porta USB de qualquer padrão, o MON1USB foi desenvolvido em poucas horas - e depois de algum muito tempo de bancada esporádica - para um teste específico, mas se torna naturalmente uma ferramenta indispensável para testes e aferições em bancada.


Monitorando SSv2

Detalhe dos cabos do sensor (branco) e +5V (USB, preto)

Detalhe da chave POWER


Ligado e monitorando o SSv2
 
Painel frontal

Painel traseiro

Após os testes, postarei o conjunto completo com o cabo (enorme) do sensor e o próprio sensor. E claro que teremos estatísticas sobre o aquecimento do SSv2 tão logo. O primeiro teste - com túnel de coolers - já foi concluído e os resultados estão devidamente registrados. Amanhã serão executados os mesmos testes com os mesmos períodos, porém, sem o túnel de cooler. De posse dos resultados dos testes, postarei os valores e aplicarei as medidas óbvias, dependendo das médias reais.

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