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Reparo - Monitor de vídeo Samsung SyncMaster 2233sw se apagando

Esse monitor é do Renato, gamer e youtuber com quem trabalhei por quase dois anos e que confiou seu widescreen aos meus cuidados. Com muitas horas de vida, o monitor apresentou o clássico problema com o inverter devido ao desgaste natural de um dos pares de lâmpadas. É um defeito daqueles chatos, mas de fácil resolução. A maioria dos técnicos condenaria a tela, reparando somente a barbadinha que é o circuito da fonte e do inverter. Mas como eu gosto de problema, topei pegar o trabalho.

Era final de dezembro de 2017 quando o Renato me ligou dizendo que o monitor dele (Samsung SyncMaster 2233sw) acendia e logo se apagava, ficando assim até que fosse desligado e ligado novamente. Um clássico. Tenho um monitor LG Flatron W2243C em uso há alguns anos que apresentava quase o mesmo sintoma, que para a minha sorte, 'apenas' a ressolda de um dos pares de lâmpadas e a troca dos eletrolíticos da fonte resolveu o problema. A diferença entre o meu LG e o Samsung do Renato é que, no caso dele, tive que trocar um dos pares de lâmpadas que se deterioraram e ficaram partidos. Trabalho chato desmontar a tela, haja cuidado e precisão nesse desmonta e remonta... Já desconfiava das lâmpadas, porque o estrago na placa da fonte e do inverter era grande: o típico estufamento de eletrolíticos, tensões incorretas, aquecimento excessivo... Fiz o reparo na placa, testei com outras lâmpadas e pronto. Essa é a parte fácil.

Lâmpadas e capacitores substituídos
Já no outro dia, avisei ao Renato que seria necessário trocar duas lâmpadas. Incentivei-o a procurar aqui na cidade, primeiramente, antes de recorrer ao bom e velho Mercado Livre. Como a cidade não nos forneceu, lá foi ele comprar pelo ML. Indiquei as especificações das lâmpadas e deixei o monitor dele guardado esperando as peças.

Em janeiro de 2018 - e pasme: dia 07, um domingo! - ele recebe as lâmpadas após semanas de impaciência e utilização da sua máquina via acesso remoto. Peguei com ele a encomenda, fiz um café, me sentei na bancada e comecei a montar as lâmpadas com a mesma calma que desmontei as antigas. 

Em teste na bancada
Para quem nunca desmontou ou sequer viu uma tela desmontada, saiba que temos várias faces de material reflexivo, numa ordem correta a ser mantida, uma placa de acrílico bem pesado e o fino LCD montado logo após tudo isso. Para acessar as lâmpadas, é necessário desmontar tudo, deixar em local livre de impurezas e gorduras para evitar manchas e sujeiras visíveis após a montagem do conjunto. Imagina que merda má sorte: depois de toda a trabalheira de remontar a tela, ligar o monitor e enxergar uma sujeira que você deixou entre os materiais... Não tem jeito: vai ter que desmontar tudo e limpar.

Lâmpadas de teste
Após montar as lâmpadas, testei se tudo estava correto antes de prosseguir com a montagem do backlight. Lâmpadas acendendo, parti para fechar a tela com toda delicadeza possível. Montei o monitor e deixei ligado, em teste, por horas. Como tudo estava padrão diyPowered, liberei para a alegria do carinha. Com esse tipo de procedimento limpo, certamente esse monitor ainda vai trabalhar por muito tempo. E se algum dia ele vier a reclamar de novo, temos os famosos kits de backlight em LED na China para contornar a situação. Minha insistência em reparar equipamentos como esses monitores grandões é pela qualidade da produção que não existe hoje.

Uma grande dica que deixo para quem pretende fazer o procedimento é, se possível, substituir todas as lâmpadas, mesmo aquelas que ainda estão boas. Isso evita diferenças de temperatura na cor da tela, bem como diferenças de pontos de brilho, que podem acontecer. O meu LG, assim que se mostrar necessário - luz fraca, amarelada ou com baixo rendimento - e se ainda for de meu interesse mantê-lo, farei a troca de todas as lâmpadas. Outra grande vantagem em se substituir todas as lâmpadas ao invés de somente as defeituosas, é que a imagem do monitor fica muito mais nítida, mais 'branca' e com controles de imagem (pelo próprio monitor) mais apurados. Em suma, fica praticamente com cara de novo.

Então, fica a recomendação: monitor se apagando, dificilmente terá outro diagnóstico. E cuidado com as tensões do inverter: podem chegar aos 1000V facilmente. Não se mate.

SM1 Platinum - Switch de áudio true bypass com relés de platina

Uma evolução natural do clássico M1, produzido e já publicado há alguns anos, o SM1 Platinum agrega todos os valores de produção DIY com relés de seleção com contatos de platina e bobinas duplas

Não há muito o que ser falado sobre o SM1 além dos detalhes técnicos mais recentes. É um switch de áudio que será utilizado na sala para permitir a audição da TV e da jukebox com mais duas entradas extras, que não existiam no M1 - que era para duas entradas (dois canais) e switch digital - além do generoso display indicativo muito elegante por trás do espelho fumê do gabinete. Esse gabinete, aliás, era de um receptor de satélite mais moderninho, que serviu perfeitamente para o projeto. Adoro trabalhar com esses gabinetes.

Os relés especiais

Cinco relés por segmento
Esses relés foram doados pelo meu sogro, gente fina e expert em telefonia e eletrônica, ex-funcionário da Ericsson do Brasil e da extinta CRT, no Rio Grande do Sul. Ele possuía algumas caixas desses relés e quando eu soube da extrema precisão e qualidade deles, não pensei duas vezes em chorar algumas caixinhas. Ele me presenteou com seis delas, duas das quais foram empregadas no SM1 Platinum - antes que me perguntem: SM1 de Super M1, e o 'Platinum' eu me recuso a ter que explicar... Pretendo colocar alguns relés à venda na Lojinha diyPowered, para quem quiser utilizar em projetos similares.

Últimas quatro caixinhas
Cada segmento possui cinco relés integrados com bobinas duplas e contatos de platina. Segundo ele, eram usados nas comutações das centrais, que dependiam de precisão e qualidade. Não sei qual a tensão de trabalho deles, mas fui testando a partir dos 5V e com 8V eles já fechavam os contatos. Como são duplas e trabalhavam em centrais grandes, a tensão de trabalho deveria girar entre 12V e 48V. Liguei cada bobina dupla em série para evitar aquecimento/alto consumo e trabalhei com folga em 12V, mantendo os contatos muito firmes e o aquecimento das bobinas em boa margem de segurança.

Como tinha 5 relés disponíveis em cada segmento, no total de 10, utilizei dois deles para controle da saída de áudio. Isso significa que, quando nenhuma das fontes de sinal está selecionada, a saída dele é cortada, evitando cliques ou algum sinal indesejado nas comutações. Ou seja, temos 4 canais utilizando 8 relés, um para cada canal, mais dois extras que cortam ou conectam as saídas. Assim, sempre temos quatro relés comutados ao mesmo tempo, dois de cada fonte de sinal (L/R) e dois das saídas.

A fonte de alimentação

A fonte de alimentação do SM1 Platinum é das mais simples - e não confunda 'fonte das mais simples' com 'qualquer projetinho meia boca de fonte' - já que não temos qualquer tipo de circuito atuando sobre os sinais. Um trafo de 15V x 500mA fornecendo algo em torno de 20V em aberto e dois reguladores, um de 12V para os relés e outro de 5V para a lógica. Tudo perfeitamente casado e montado, como todo diyPowered! 

E aqui fica um bom exemplo para iniciantes ou para veteranos preguiçosos do mundo DIY: por mais simples que seja o projeto, projete uma boa fonte de alimentação.

Circuito de controle

Já disse antes e continuo repetindo que a utilização de microcontroladores nos projetos DIY é um grande salto na criação de funções, na economia de componentes e de tempo de bancada, e que nunca devem ser empregados para funções simples que podem ser facilmente resolvidas com eletrônica pura. Infelizmente - para alguns, é claro! - a onda dos microcontroladores está transformando pessoas inteligentes em pessoas acomodadas e rotuladas, justamente por acharem que tudo se resolve em código.

E mais uma vez temos o ATMEGA328P-PU como controle principal de um projeto diyPowered. O código é dos mais simples, somente controla o vai e vem dos relés, utilizando dois botões no painel, um LED bicolor e um display LCD 16x2. Simples assim.

Ao ligar o SM1 Platinum, o display dá as boas vindas, exibe a mensagem 'select a source to listen', acende o LED laranja e passa para a tela de operação, exibindo cada canal de entrada. Um toque em CH+ e a primeira fonte é selecionada, alternando do LED laranja para o LED azul e assim sucessivamente até a quarta fonte, mantendo-se aceso o LED azul quando alguma fonte está ativa. Para retornar fontes, CH- até voltar a tela inicial 'select a source to listen', apagando o LED azul e acendendo novamente o LED laranja. Muito útil para dar um 'mute' no sistema para trocar cabos de lugar sem ter que desligar e religar tudo de novo.

A grande vantagem do SM1 Platinum sobre seu antecessor M1 é justamente o switch. No M1 temos o famoso 4066 comutando os sinais com um pré-amplificador compensativo na saída. No SM1 Platinum temos os relés especiais comutando os sinais de áudio sem qualquer circuito ativo, promovendo um true bypass mais que perfeito, geralmente encontrado somente nos grandes e caros equipamentos hi-end. A grande sacada nessa seleção de sinais é utilizar lógica digital, como foi feito, ao invés de chaves de seleção no painel. Um display informativo sempre fica melhor nesses projetos.

Porta serial

Como o gabinete já possuía uma porta serial, decidi mantê-la para eventuais atualizações do SM1 Platinum - que certamente acontecerão. Fica mais fácil somente injetar o novo código pela porta serial do que recolher o equipamento, abrir, retirar o MC... Nos projetos futuros que necessitem dessas atualizações, certamente vou manter uma porta serial externa disponível também.

No mais, o sistema trabalha folgado, de forma muito precisa e elegante. Numa versão mais funcional do SM1 Platinum, poderia até utilizar um display VFD (que deixa tudo mais bonito) e entradas de sinal dedicadas para tape, phono, etc. com seus níveis definidos e prontos para conexão direta. Quem sabe até uns VU's... Mas isso fica para um próximo nível.


Tela inicial já conhecida por aqui

Tela de apresentação e versão

Já operando...

...e aguarda seleção

Selecionada fonte 01

Selecionada fonte 02

Visão aberta aguardando seleção (LED laranja = mute)

Porta serial para atualizações

Referência de dimensões

Entradas RCA (minhas favoritas)

Ok, eu me rendo! - Iniciando no Atmega via Arduino UNO R3

Como um bluseiro completamente análogo, demorei anos para me render àquilo o que me refiro sempre como infotrônica, ou seja, quando a eletrônica se (con)fundiu com a informática. Minha grande birra é com essa molecada que nunca viu de perto grandes projetos - nem do presente e menos ainda do passado - e me vem com codigozinho de merda para piscar led na plataforma, como já defendi aqui. E ainda me pautando no texto anterior, o microcontrolador é uma super ferramenta, voltada para projetos complexos onde a utilização de eletrônica pura seria onerosa e dispendiosa, e nunca para um punheteirozinho que mora com a mãe ficar piscando ledzinho.

Então, voltando ao tópico inicial... ok, eu me rendo! Vou introduzir o ATMEGA nos projetos do diyPowered daqui em diante. Obviamente, não vou fazer led piscar nem girar motorzinho. A utilização do MC será apenas para projetos mais complexos, onde pretendo otimizar espaço e engrandecer funcionalidades.

Ok, eu me rendo!



Não compre jumpers! Fabrique os seus!



E aproveitando o ensejo, sobre os jumpers que servirão para desenvolvimento, fabrique os seus! Fiz mais de 20 deles utilizando fios flexíveis retirados de um cabo PS2 de qualidade, barra de pinos de placa mãe dessoldados e devidamente separados e limpos e, para fazer um bom acabamento e fixação, espaguete termo-retrátil! 

MON1USB - Monitor de temperatura

Reaproveitando um sensor de precisão de um termo-higrômetro, um LED laranja de alto brilho, uma carcaça plástica de fonte e um LCD com PCI retirado de um gabinete velho e quase morto, nasce um monitor de temperatura altamente funcional para testes gerais

Desenvolvido a partir da necessidade de testar o condicionamento do SSv2 - publicado aqui há algumas horas - este simples monitor de temperatura vem sendo guardado há anos esperando por uma boa aplicação. E a hora dele chegou.

Retirado de um gabinete enorme que foi descartado, veio com cabos arrebentados e com um sensor muito simplório. Logo em seguida, foi tirado o LED do backlight sei lá para qual utilidade e o conjunto ficou guardado. Um dia resolvi testar esse monitor e ele não lia a temperatura ambiente, mostrando apenas dois traços. Ou o sensor realmente estava danificado ou o microcontrolador perdeu seu clock. Ou qualquer coisa entre o sensor e o microcontrolador. Acabei deixando o conjunto de lado novamente.

Algum tempo depois, ganhei um termo-higrômetro sumariamente condenado por não apresentar mais a umidade. Como não sou de fazer desfeita, aceitei muito bem a oferta. Os termo-higrômetros possuem uma precisão mestre e como de costume, tentei ajeitar o cara. O defeito estava feio de cara - microcontrolador parado - e obviamente não insisti. Retirei o sensor com cabo e tudo e deixei guardado. Mais algum tempo depois, me lembrei do conjunto LCD e também do sensor que removi do termo-higrômetro. Achei que tinha resolvido o caso. E resolvi! Meu conjunto dependia apenas do sensor para restabelecer o programa e tudo funcionou perfeitamente. 

Logo após fazer a coisa funcionar, peguei o termo-higrômetro oficial da casa para comparar com meu conjunto. E voilà: a diferença aferida com um equipamento farmacêutico era de 0,3ºC! Isso significa que os chineses estão de parabéns com seus loucos acessórios ou que a troca do sensor original do meu conjunto por um sensor 'de verdade' foi crucial. Feliz da vida, deixei tudo montado e guardado.

Hoje, data da postagem e também data do lançamento do SSv2, peguei o conjunto da caixa de componentes especiais, desmontei e escolhi a dedo a cor que preencheria o backlight. Tinha azul, vermelho, verde e um laranja muito bonito. Optei pelo laranja, embora quisesse mesmo um branco. Remontei o conjunto e não achei justo que ficasse daquele jeito, parecendo coisa porca. Todo esse esforço tem uma explicação: monitorar a temperatura do SSv2 em dois momentos. Num primeiro instante, testar a condição do sistema com o túnel de cooler sob um teste de stress. Noutro momento, testar a mesma condição do sistema sem os coolers ativos. Dessa forma é possível determinar o limite de dissipação do sistema em condições extremas. A utilização normal do SSv2 não chegará nem perto dos limites testados pelo software utilizado na ocasião, mas uma vez estabelecidos os limites máximos de aquecimento do sistema em condições extremas, será fácil definir a necessidade dos coolers ou não.

De uma simples e prática configuração, alimentado por 5V diretamente de uma porta USB de qualquer padrão, o MON1USB foi desenvolvido em poucas horas - e depois de algum muito tempo de bancada esporádica - para um teste específico, mas se torna naturalmente uma ferramenta indispensável para testes e aferições em bancada.


Monitorando SSv2

Detalhe dos cabos do sensor (branco) e +5V (USB, preto)

Detalhe da chave POWER


Ligado e monitorando o SSv2
 
Painel frontal

Painel traseiro

Após os testes, postarei o conjunto completo com o cabo (enorme) do sensor e o próprio sensor. E claro que teremos estatísticas sobre o aquecimento do SSv2 tão logo. O primeiro teste - com túnel de coolers - já foi concluído e os resultados estão devidamente registrados. Amanhã serão executados os mesmos testes com os mesmos períodos, porém, sem o túnel de cooler. De posse dos resultados dos testes, postarei os valores e aplicarei as medidas óbvias, dependendo das médias reais.

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