Fonte ajustável com duplo LM317 (quando não tem transistor em bancada pra montar booster!)
Monte uma super fonte de bancada para testes e projetos de 1,2V a 20V até 5A
** 21/01/2021
Para agradar a gregos e troianos, aqui vai o link do PDF contendo o layout já espelhado. Basta imprimir em tamanho real e pronto. Boa montagem!
Troca do gabinete do meu trafo de ferramentas e bancada
Tomadas padrão novo, fusível 220V (preto) e 120V (gelo) |
O acabamento 'acrílico verde' do furo do display é recorte de garrafa PET e se o display fosse LED verde, teria ficado perfeito! |
Medição da saída do trafo |
AT5 Slim Power - a super fonte de bancada inteligente de alta performance
Corrente máxima em teste inicial |
Teste raiz! |
Tomada de ar eficiente |
Lateral detonadinha do gabinete |
Frontal desligado (acabamento ficou ruim mas tá valendo) |
Fonte acionada (tensão mínima) |
Fonte acionada (tensão máxima) |
5V sem carga e terra isolado |
5V sem carga e terra conectado ao comum (LED laranja) |
Fonte em stand by |
Detalhe do dissipador principal e da fiação |
Detalhe da fixação dos componentes principais, ainda no início do projeto (embaixo do relé preto ali no meio fica a fonte dedicada para lógica e acessórios) |
Desleixo, corte de custo ou tudo isso junto num projeto?!
Session.
Já declarei minha preferência pelos equipamentos SMS aqui antes e faz muito tempo que venho pensando em criar esse artigo sobre a TS Shara. Quem acompanha a trajetória do diyPowered já conhece bem as premissas e valores que sustentam essa ideia/movimento pró qualidade. E a TS Shara é uma das marcas em que eu não confiaria meus equipamentos. Uma pena, uma empresa nacional com 30 anos de história...
Já tive a oportunidade de trabalhar com alguns modelos de no-breaks e de estabilizadores de tensão da marca e em raras ocasiões pude me deparar com um equipamento projetado de forma eficiente, respeitando os componentes, pensando nas futuras manutenções que todo e qualquer equipamento de proteção deverá passar ainda. Repito: raros modelos em que eu já tive a oportunidade de trabalhar pude conferir qualidade e preocupação com um projeto bem executado.
Os gabinetes
Os metálicos, em especial, são frágeis, montados em chapas finas e costumam vir com pequenos amassados já de fábrica. Os parafusos dificilmente fixam corretamente a tampa e as coisas parecem que não foram feitas umas para as outras, deixando frestas e muitas vezes um aspecto relaxado que me deixa sempre bastante decepcionado.
Os gabinetes plásticos, em geral, possuem até boa concepção mas em alguns casos falham no quesito ventilação natural e fixação dos componentes: fiação encostando no transformador por exemplo, é pedir para ter problema. Em questão de design até que são atraentes, pena que internamente a atração para o técnico reparador seja repulsa.
Ativos
As placas possuem um tamanho bastante razoável, tornando os equipamentos compactos. Mas isso entra em conflito direto quando o assunto é manutenção. Vários componentes são em formato SMD, como resistores, capacitores e até o queridinho LM324: tudo SMD. Gosto de SMD mas em circuitos que não vão demandar uma manutenção futura grande. Daí você tem uma PCI frágil, trilhas estreitas, componentes SMD próximos demais e pontos de aquecimento tão mal dimensionados que a placa chega a ficar toda marcada. E alguns componentes esquentam muito mesmo... Tem uma autorizada aqui na cidade que nem se dá ao trabalho de reparar, já orça placa nova. Isso também vale para alguns modelos da NHS - outra nacional com décadas de história - que tive por várias ocasiões em bancada, que também vêm cheios de SMD e você se obriga a trocar a placa inteira para evitar o risco e o trabalho chato que é mexer em SMD. Mas diferentemente da TS Shara, os equipamentos da NHS seguem um certo protocolo de produção que, embora cometam os mesmos erros na concepção desenfreada por SMD, ainda conseguem se distanciar da TS Shara em qualidade. Fora que os NHS raramente dão problema. Mas fica pra um outro post a NHS.
Situação difícil de entender (ou pegadinha do projetista)
Dia desses veio para minha bancada um TS Shara UPS Mini 600 Bivolt Black com um defeito comum: desliga as saídas ao faltar energia elétrica. Para os mais experientes é uma barbada. Mas nunca é uma barbada quando se trata de um TS Shara! Fiz a troca do relé de saída, que realmente estava com os contatos ruins, mas ao testar o no-break ele ainda apresentava o mesmo problema. Testei TUDO EXAUSTIVAMENTE por horas e o problema persistia. Chamei o Vinícius (voa.aquino@msn.com - quem fez as melhores fotos desse post!) pra dar uma olhada junto comigo porque naquela tarde eu já havia enfrentado emoções fortes com um cliente folgado em atendimento de campo. Depois de uns dez minutos pensando coletivamente, chegamos a uma conclusão que nos deixou com cara de idiotas: alguém na TS Shara achou cool colocar seis tomadas num nobreak de 600VA com uma bateria de 2A, mas achou coolest destinar 3 dessas tomadas apenas como tomadas protegidas. Ou seja, enquanto eu continha uma vontade imensurável de atirar aquele embuste comercial na parede também tentava entender o que levou essa gente a fazer essa cagada. Imagina o usuário final ligando seu computador ali nas tais tomadas protegidas e quando falta energia elétrica, ele perdendo todo seu trabalho... e ainda vai ligar na loja que vendeu pra ele puto da cara. Até que eles possuem um álibi: uma etiqueta muito da mal feita ali atrás, só pra dizer que não avisaram... que vergonha. É algo comum em alguns modelos a distinção de tomadas UPS e tomadas estabilizadas, claro que é. Mas o correto é que o fabricante deixe isso explícito no equipamento. No mais, explanada minha repulsa às cagadas comerciais dessa marca em questão, quando você quiser saber mais sobre algum equipamento, consulte um técnico e não acredite em vendedores. Eles só vendem. Eu só venderia algo que eu comprasse.
Então, quando for comprar no-break e o vendedor lhe oferecer esse embuste aí, dê uma risadinha de canto e pergunte se tem outra marca. De preferência SMS Legrand, que dificilmente dá problema. E quando um SMS dá problema, é fácil reparar e é mais fácil ainda conseguir peças pra ele.
Me lembrei agora de um outro caso curioso com a marca: um modelo diferente desse não trazia identificação correta da tensão de saída: foi impresso 115V/220V sendo igual para a entrada. Erro de digitação?! Ao ligar na tomada pra testar, a saída dele era 220V quando deveria ser 115V. Esse no-break era novo, acabava de chegar da fábrica e iria para uma cliente. Identifiquei as saídas pra evitar problemas...
Importante lembrar que...
Só pra constar, a ideia aqui é mostrar fatos e não denegrir a imagem ou a história da marca TS Shara, que passa dos 30 anos de história e é nacional. Valorizo muito o trabalho, a tecnologia e a produção do nosso país, mas sou exigente nisso porque lá fora, se um engenheiro ou técnico reparador visse esse nível de projeto, certamente teríamos mais posts como este. Aqui, trata-se de um artigo CONSTRUTIVO para fins de melhorias em processos e projetos.
Uma grande fonte de informação sobre como anda a qualidade dos projetos - e isso vale para qualquer segmento fabril - pode estar justamente lá na outra ponta: o técnico reparador. Esse carinha tem muita informação e acesso a praticamente todas as marcas do mercado. Passem a consultar o técnico reparador que, sem sombra de dúvidas, seus processos serão aprimorados
E sobre a SMS Legrand, não tenho qualquer vínculo com a empresa e este não foi um post patrocinado.
Detalhe de carga na bateria |
Bateria muito próxima ao transformador que é muito próximo da placa que fica colado na fiação |
Frontal da carcaça |
Aqui, o embuste: três tomadas UPS e três 'protegidas' |
Muito SMD... |
Detalhe da face cobreada da placa |
Etiqueta de identificação do produto |
Novo projeto - super fonte de bancada inteligente (microcontrolada, digital e ainda sem nome)
- Fonte de alto poder com filtros AC, grande reserva de potência e regulagem ativa controlada digitalmente via ATMEGA;
- Controle fino de seleção de tensão e amostragem em display LED dedicado;
- Proteção ativa e rápida contra curto-circuito, carga excessiva (overload) e alta temperatura que desliga a carga, gera alertas sonoros e visuais e em condição de alta temperatura de operação também aciona ventilação forçada (cooler) para resfriar rapidamente todo o sistema (o cooler não é utilizado durante operação normal, apenas em modo de proteção);
- Alertas sonoros e visuais para todos os eventos;
- Chaves de seleção de tensão com dupla função: chave para aumentar tensão, chave para diminuir tensão e quando pressionadas simultaneamente, resetam a saída da fonte para seu estado inicial (menor tensão ou zero);
- Modo de espera (stand by) que mantém sistema pronto para uso com baixíssimo consumo de segundo plano
(permite corte da alimentação AC via chave traseira para longos períodos sem uso); somente stand by - Cooler de alto rendimento para condições de alta temperatura permite ao sistema uma rápida recuperação do seu estado normal de operação (acionado somente em modo de proteção contra alta temperatura);
- Ground separado do terra da carcaça (selecionável);
- Operação em
127V ou220Vselecionável internamente; somente 220V - Tamanho reduzido e gabinete com ventilação natural estendida;
- Dissipação de calor superdimensionada em todos os componentes críticos;
- Componentes superdimensionados (claro!);
- Corrente aberta (sem ajuste) com amostragem em display LED dedicado;
- Transformador dedicado para potência de 16V + 16V x 5A;
- Alimentação da parte lógica, sensores, proteção (relé, cooler etc.) dedicada;
- Etapa de potência superdimensionada (5x maior do que a corrente máxima da fonte);
- Reserva de potência de 18,800µF;
- Diodos da etapa retificadora dimensionados para
8A12A; selecionados 6A2 - Display de operação (tensão e corrente) conjugado para montagem em painel;
- Gabinete metálico, totalmente blindado, com boa ventilação natural e terra isolável do GND da fonte (útil em algumas situações);
- Cabo de força padrão novo reforçado;
- Algumas melhorias no código, em destaque as proteções e tempos de atuação dos sensores;
Central de alarme de incêndio Engesul Intelbras Slim - como transformar em central de alarme residencial?!
19/08/2020, 10h52 - Dia 4
Esse projeto entrou oficialmente para a regra dos seis meses diyPowered a partir de hoje: reza a lenda interna que se um projeto permanece estagnado por seis meses ele é encerrado. Uma das razões dessa falta de continuidade nesse projeto (além da falta de $$) é que talvez ocorra uma mudança de endereço (talvez de Estado) e os esforços para instalar a central podem ser em vão nesse momento. E também tem o projeto da nova fonte de bancada que emerge com mais urgência porque a antiga está praticamente parada.
Rádio de mesa Philips 1973 - perpetuando memórias!
Devanir, dona Deva ou Devinha, minha sogra (amadíssima, sim senhor) me pediu pra dar uma olhadinha nessa relíquia há alguns meses, e claro que não iria me fazer de rogado: pensa numa satisfação pessoal ter um aparelho desses na bancada! O problema era simples: não ligava. Nenhum ruído, estalo, estática; nada. Veio de viagem de Bagé, trazido pela Renata, minha esposa, quando foi passar uns dias por lá em uma das raras folgas que tira no trabalho. Quando vi esse aparelho, fiquei me coçando pra começar logo a mexer nele.
Esse modelo só funciona a pilhas, não possui entrada para energia elétrica. Montei uma fonte rapidamente para os 6V requeridos e comecei a procurar o problema. Sou desses que prefere um trágico 'não liga' a ter que procurar defeito cabuloso do tipo 'não pega FM, só AM'. Ou coisas do tipo. Levando em conta que esses aparelhos foram produzidos por gente muito inteligente, técnicos muito competentes e engenharia raiz, não deveria ser nada muito grave. Meu receio era ter que substituir algum transistor... invólucro metálico, ainda. E a maioria deles, sem meios de identificação - marcação impressa já deteriorada. Imagina. Diodos de germânio, capacitores de alta precisão... No final das contas, o 'grande' defeito se resumiu ao desgaste natural de um dos terminais de um dos transistores da potência. Havia sinais de umidade interna, mas previsível, já que esses rádios eram utilizados, geralmente, na cozinha, onde as donas de casa ouviam os programas enquanto cozinhavam. Terminal restaurado e aparelho recuperado. Simples assim. E pensar que hoje em dia, um 'não liga' geralmente implica em troca de 'placa de sinal' ou coisa do tipo, já que dificilmente se dá manutenção nos equipamentos modernos. Essas infotrônicas da vida. E viva o consumismo.
Uma restauradinha de leve no dial, que estava 'embaçado' pelo tempo e carcaça lavada deixaram o carinha aí muito elegante e de cabeça erguida de novo. Também adaptei uma entrada AC pra que não fosse necessário utilizar pilhas. Deva ficou faceiríssima! Ela ouve com frequência - trocadilho imperdoável - programas de rádio e poder contar com esse Philips que era de sua mãe, foi mais que um presentão. Ela confessou que pensou em me pedir para adaptá-lo para uso em energia elétrica, mas achou abuso demais! Imagina, né. Aqui é serviço completo com direito a (boas) surpresas! Fiquei extremamente feliz em poder dar sobrevida a esse aparelho e, de certa forma, perpetuar as memórias que ele representa.
Algumas fotos do Philips. Não encontrei o modelo dele, mas em pesquisas, vi que data de 1973 ou muito próximo a essa data. Se você sabe qual é o modelo ou possui alguma informação adicional, queira deixar nos comentários para que eu atualize a postagem.