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Conserto do micro-ondas LG MS2355RA (liga mas não esquenta)

Session.

Possuo esse aparelho há, pelo menos, 10 anos, e nunca apresentou nenhum problema. Dia desses, fui ligar e ouvi um 'oohhmmmmm' bem grave, achei estranho e abri a porta pra interromper o funcionamento. Pensei até que pudesse ter esquecido algo lá dentro, mas não. Fechei a porta e liguei novamente, ouvi o mesmo ruído grave novamente, que parou após dois ou três segundos. O aparelho continuou ligado, mas sem aquele ruído característico de transformador com carga e o alimento não foi aquecido. Você sabia que o forno de micro-ondas é o único aparelho doméstico que ainda usa válvula? Pois é, o magnetron nada mais é do que uma válvula termiônica.

Antes de qualquer coisa, tenha muito cuidado ao realizar qualquer tipo de reparo, modificação, ajuste ou intervenção em equipamentos elétricos ou eletrônicos. Primeiramente, pela sua segurança. Não me responsabilizo por quaisquer prejuízos que você possa causar ao equipamento, a você e/ou a terceiros. Faça por sua própria conta e risco.

Descarreguei o capacitor (isso é muito importante, não vá se matar!) e medi continuidade entre os terminais do magnetron e do capacitor e suas respectivas carcaças, assim como fiz a verificação do diodo. O resultado: magnetron conduzindo para a carcaça, sinal clássico de defeito. Esse modelo de micro-ondas possui um fusível de alta tensão (de 5 kV x 0,63 A e não é um fusível 'comum', desses que se encontram em qualquer eletrônica) entre o capacitor e o transformador - que impede a queima do fusível principal e evita maiores danos ao conjunto de potência - que estava aberto em função do magnetron ter sido danificado.

Quanto custa pra trocar o magnetron? 


O magnetron original é 2M213 01CBE, custa em torno de R$ 178 no Mercado Livre e não vem com fusível, que encontrei na faixa dos R$ 16 - valores obtidos em junho de 2024. Como sempre achei esse micro-ondas meio fraco em potência, por demorar bastante tempo pra aquecer volumes maiores, pensei em substituir por um compatível numa utópica tentativa de melhorar esse cenário: comprei o modelo M24FA-410A que vinha com um fusível de 5 kV x 0,8A, indicado por uma revenda, que seria totalmente compatível com o original. Remontei tudo, fiz teste de 1 minuto aquecendo água e o funcionamento foi perfeito. E pra minha alegria, o aquecimento do aparelho com esse modelo de magnetron foi bem mais eficiente do que antes, com o original.

No fim, deu tudo certo na montagem, com exceção de duas 'garras' existentes na carcaça do aparelho, que ajudam a centralizar o magnetron original na fixação: bastou empurrar as duas 'garras' pra dentro que o magnetron novo encaixou sem problemas.



Magnetron removido

Magnetron novo e fusível


Furação original do aparelho

Face do magnetron novo


Primeiro teste



Limpeza interna

Vale a pena consertar uma fonte gamer genérica de 500W?

Session.

Meu PC véio de guerra se entregou esse mês. Placa mãe Gigabyte GA-H61M-S1 (rev. 2.2) é muito guerreira, mas tudo tem seu tempo, e nem posso reclamar. Mas pra piorar o cenário, a fonte 'gamer' genérica de 500W parou de funcionar também, depois de muitos anos de trabalho.

fonte: internet
Essas fontes chinesas de alta potência são muito baratas e algumas possuem um projeto bastante razoável - sem comparações com as fontes conceituadas com selos de eficiência e segurança, por favor. A manutenção delas também costuma ser bem simples, sem muitos circuitos de proteção complexos e sensíveis, com uma etapa de potência robusta e com drivers comuns. Alguns desses projetos trazem componentes difíceis de serem encontrados no mercado nacional, mas se você tem alguma experiência com análise de equivalências entre componentes, certamente será capaz de reparar uma fonte dessas sem muitas dificuldades.


O título do artigo é generalista porque os projetos chineses são muito parecidos ou até mesmo idênticos, mudando apenas o visual externo e às vezes, alguns poucos componentes internos - PC Yes, Fortrek, One Power, MyMax, Cowboy, Bluecase, Brazil PC, GameMax, C3 Tech, Tronos, Tomahawk, Knup, Draxen e outras chinesinhas são quase sempre iguais. Isso sem falar em alguns 'fabricantes' que colam selos de eficiência nesses projetos e enganam um monte de gente por aí. Antes de você me cobrar aqueles clássicos testes de bancada: já tem muito conteúdo desse gênero na internet, e se você quiser ver os testes reais com essas fontes chinesas, sugiro buscar por canais independentes e idôneos para não ser enganado pelos influencers compradinhos ; )

Defeitos mais comuns em fontes gamer


Num contexto geral, as fontes 'gamer' (entre aspas, sim!) chinesas deixam de funcionar por questões de alto consumo, por superaquecimento ou até mesmo por sobrecarga. Por não possuírem circuitos de proteção e monitoramento, o estrago costuma ser grande nesses cenários de alto consumo. Mas se você se diz gamer e quer jogar forte, por que investiu tanto na GPU e deixou a fonte de alimentação em segundo plano?! Alguns defeitos mais comuns nas fontes gamer chinesas:

  • Superaquecimento

    Você montou um super set e quis economizar uns trocados na compra da fonte. Pois bem, quando seu super set estiver consumindo acima dos 20A, a fonte gamer chinesa vai aquecer tanto que o cooler colorido que acende não vai dar conta de resfriar os componentes ativos e ela vai fritar bem rapidinho. Isso ocorre pelo mau dimensionamento da fonte em relação aos demais componentes, principalmente da GPU. Dependendo do nível dos danos, ela pode destruir seu super set : )

  • Sobrecarga

    O consumo do set além da capacidade máxima da fonte leva os componentes ativos à saturação, e como não existem circuitos de proteção e tampouco uma ventilação adequada, os danos costumam ser severos e muitas vezes, irreversíveis. É comum nas sobrecargas o derretimento de fios e conectores, fumaça e cheiro de queimado, fogo e até mesmo estouros de componentes na fonte. 

  • Falha no start (fonte não liga/não parte)

    Desliguei ontem e tava tudo normal; daí, hoje de manhã, não quis ligar. Mesmo com o computador 'desligado', ou seja, apenas conectado à rede elétrica, um circuito muito importante sempre estará ativo: a fonte stand by. É uma fonte dentro da fonte que serve, basicamente, para alimentar circuitos importantes à partida da potência e também para fornecer 5Vsb à placa mãe, chamado de 'power good' pelos mais íntimos. Se essa fonte falhar, seu computador não vai ligar mais. Costuma ser o defeito mais simples de ser reparado, na maioria dos casos, e foi este o defeito que a minha fonte apresentou.

Essa fonte, que eu venho utilizando há alguns anos, promete 500W. Duvido que consiga chegar aos 350W com qualidade de energia. De toda forma, como nunca usei muitos recursos, ela sempre trabalhou numa margem de segurança bem grande, distante da chance de superaquecimento e sobrecarga. Ela tinha uma etiqueta de identificação do 'fabricante' e suas características técnicas, mas numa limpeza mais detalhada que fiz há algum tempo, a etiqueta descolou e eu não sei onde posso ter guardado pra colar depois. Acho que era uma One Power.

Como boa prática, sempre que for dimensionar uma fonte de alimentação - para qualquer equipamento - deixe uma margem de segurança igual ou maior que 100W. Ou seja, se a máquina consumir 500W no pico de funcionamento, aplique uma fonte de 600W ou mais. 

Antes de qualquer coisa, tenha muito cuidado ao realizar qualquer tipo de reparo, modificação, ajuste ou intervenção em equipamentos elétricos ou eletrônicos. Primeiramente, pela sua segurança. Não me responsabilizo por quaisquer prejuízos que você possa causar ao equipamento, a você e/ou a terceiros. Faça por sua própria conta e risco.

Reparando a fonte 'gamer'


Resumindo a análise, como não tinha nenhum dano nos circuitos 'maiores', restava somente a fonte stand by. Esse projeto usa o XY6112 DIP7, ou seja, ele possui as mesmas dimensões de um DIP8 mas possui 7 pinos. Não encontrei nem no Mercado Livre, e se fosse ele o 'culpado', eu precisaria adaptar outro CI ou comprar um novo pela China - obviamente, não valeria o transtorno pelo valor de uma fonte dessas. Testei todos os componentes em volta e não encontrei nada fora do comum, restando ainda a dúvida sobre o CI. Seguindo as trilhas, encontrei dois resistores de 3 M em série ligados ao positivo da ponte retificadora, e um deles (R502) estava aberto. Sem cantar vitória - porque o resistor poderia ter aberto em razão de um defeito no XY6162 - substituí o resistor por outro de 3,3 M que eu tinha e acionei a fonte, que ligou de imediato com todas as tensões corretas. Como deu tudo certo, fiz a troca pelo resistor de mesmo valor e potência pra ficar bonito. Esse reparo - da fonte stand by - é o mais comum nesse tipo de fonte, e até mesmo em outros projetos que não utilizam CIs. Vale lembrar que, quando uma fonte ATX não liga e você não possui danos nos circuitos principais (linhas de 12V/5V/3,3V/-12V) nem no conjunto primário, vá direto na fonte stand by. Já vi muita gente 'experiente' descartar fontes excelentes só por causa desse defeitinho.

Vale a pena consertar uma fonte gamer? 


Basicamente, depende do valor comercial da mesma fonte nova, da extensão dos danos, da sua capacidade técnica, do valor do reparo e da disponibilidade de peças de reposição - ou ainda, da possibilidade de intercambiar componentes por equivalentes. Por aqui, dificilmente descarto as placas sem antes esmiuçar o defeito até chegar num ponto onde o conserto se torna inviável. Geralmente, dá conserto. E quando não dá, reaproveito todos os componentes que consigo testar.

Aproveitei pra limpar a fonte antes da placa mãe nova chegar, pra montar tudo novamente no padrão diyPowered.
 

Resistor de teste usado no reparo

Zero filtros na entrada AC

Essa fonte não possui nenhum filtro na entrada AC e nem varistor pós-fusível, como se vê na maioria das chinesas. Se você for utilizar ela diretamente na tomada, sem um nobreak ou filtro de linha, recomendo adicionar os componentes marcados na placa para criar a rede de filtragem para os distúrbios mais comuns. Preciso nem falar de aterramento, né?





A fonte stand by

Clássico 'controlador'

Visão geral da fonte




Notebook Positivo Ultra S2490 pisca led e não liga (sem vídeo)

Session.

Esse notebook é o coração do projeto Cube, a jukebox portátil que fiz lá em 2018 e que estava funcionando até mês passado sem nenhum problema. É um projeto totalmente experimental, na verdade, a segunda jukebox que montei na vida e que ainda está ativa, e depois de longos anos em perfeito funcionamento, um dia, não ligou mais. Se quiser saber mais sobre esse projeto, clica aqui ó.

Defeito: pisca LED power e não liga


O defeito é comum em placa mãe e essa mesma dica pode ser aproveitada para iniciar qualquer reparo em placas com esse sintoma: componente em curto. Um clássico das bancadas de reparação que, geralmente, termina com final feliz: com um multímetro na faixa de continuidade, comece a medir capacitores próximos às portas USB e à entrada de energia. Quase sempre encontro problemas nas portas USB - principalmente as 3.0 - e por aqui, não foi diferente: dois capacitores em paralelo e um deles, em curto. Fiz a troca por capacitores comuns, porque não tenho meios, nesse momento, de realizar o reparo como eu gostaria. Não tirei foto, mas antes de remontar a jukebox, passei uma colinha esperta nos capacitores para evitar vibração.

Como os capacitores estão em paralelo no circuito, optei por trocar os dois de uma vez pra evitar problemas futuros. De toda forma, a placa foi consertada e os capacitores foram montados da melhor forma possível.


Capacitores C279 e C287

Reparo no estilo SOS

E placa de volta!

Interfone Thevear ICAP-HO (manual de instalação, guia de defeitos e esquema elétrico)

Session.

Recentemente, adquirimos um apartamento em Porto Alegre e dentre os itens que precisariam de reparo, um interfone Thevear ICAP-HO - é antigo mesmo - que não dava sinal de áudio nem tocava a campainha. Defeito logo identificado, visto que a fiação estava íntegra e que era possível acionar as fechaduras do prédio: a famigerada cápsula receptora, que também equipava alguns aparelhos telefônicos da época e costumavam dar bastante problema.

Com pouca paciência pra procurar uma nova cápsula, fiz um teste usando um alto-falante comum de 8 ohms associado com um resistor de 47 ohms - a cápsula original gira em torno dos 60 ohms - e para minha surpresa, o interfone funcionou perfeitamente e com uma qualidade de áudio bastante aprimorada por conta do alto-falante utilizado ter sido aproveitado de uma caixinha de som JBL de banquinha de camelô. De toda forma, um aprendizado novo a cada dia que faço questão de compartilhar aqui junto com alguns manuais de consulta, guias de falhas e esquemas elétricos pra ajudar outras pessoas que possam ter esse mesmo problema.

Apesar de funcionar muito bem com alto-falantes comuns - precisando apenas de uma pequena adaptação na impedância final - eu realmente recomendo a troca da cápsula pela original ou por uma similar para manter a originalidade do aparelho. Custa entre R$ 12 e R$ 22 pelos sites e lojas em que consultei valores. 

Baixe aqui os manuais e esquemas elétricos Thevear Planalto, Horizonte e Ipanema.


TV LG 32" 32LA613B-SB - tela piscando e/ou liga e desliga em seguida (LED apagado)

Session.

Tenho essa TV LG há alguns anos e gosto bastante da sua honestidade. De uns tempos prá cá, começou a apagar a tela (backlight) e voltar sozinha, de forma aleatória. Foi piorando ao passo de precisar dar aquele tapinha técnico pra tela acender novamente, e na semana passada, ela simplesmente apagou de vez.

Bem, não apagou de vez: ao ligar, a tela mostrava o logo da LG, como de costume, mas quando começava a mostrar qualquer imagem (de qualquer fonte: antena, HDMI etc.) se apagava e ficava sem som. Ao remover e reconectar à tomada, religava e repetia o defeito. Essa TV possui um defeito comum e que é de fácil resolução: mau contato interno entre as placas (o GND da carcaça) e/ou nos conectores da fonte à placa de sinal. Pois bem, fiz uma inspeção visual bastante apurada - porque não estava acreditando muito nessa história de mau contato não - e não encontrei nada fora do comum.

Antes de qualquer coisa, tenha muito cuidado ao realizar qualquer tipo de reparo, instalação, alteração ou quaisquer tipos de intervenções em equipamentos elétricos, mecânicos ou eletrônicos. Primeiramente, pela sua segurança. Não me responsabilizo por quaisquer prejuízos sofridos por você e/ou por terceiros. Faça por sua própria conta e risco.

Resolvendo o problema da TV LG


Removi conectores mais críticos, limpei os contatos e fiz a mesma coisa com os contatos das placas que ficam aparafusados à carcaça metálica da TV, os pontos comuns. Pra minha feliz surpresa, a TV ligou como se nada tivesse acontecido antes. Deixei ela sem a tampa por alguns dias, em uso, e nenhum sinal daqueles problemas até agora.

Resumindo, se a sua TV LG - pode ser de outros modelos - também apresenta esses sintomas, provavelmente o problema é mau contato.

Sintomas típicos de mau contato na TV LG


  • Tela se apaga (os LEDS) do nada, ficando somente com som, e acende em seguida (ou quando você dá um tapinha técnico)
  • Tela pisca de vez em quando ou não acende quando a TV é ligada, acendendo um tempo depois
  • TV liga, mostra o logo da LG mas não funciona nada depois disso, não exibindo imagem nem som de nenhuma das fontes (antena, HDMI etc.)









Reparo no controle remoto da central do GM Celta 2010 (onde comprar e a troca da capa e dos botões)

Session.

Depois de ter feito o conserto do controle remoto do alarme/trava do Chery QQ há alguns anos, eis que o Celta do Serjo precisou de uma mãozinha, também no controle. Nesse caso, não somente o reparo da placa com a troca dos botões, mas também a capa completa do controle que faz parte da chave do carro.

Sem mais delongas, comprei um kit de preço muito baixo pelo Mercado Livre com certo receio do que poderia receber, mas como o controle do Celta estava péssimo, ainda que fosse um kit de quinta linha da China, eu ainda estaria no lucro. Comprei pelo full e recebi no dia seguinte o kit, que veio com as capas inferior e superior, vedação, par de contatos da bateria, dois botões e uma CR2032 embalada bem ao estilo chinês.

Limpei bem a solda da placa após remover os botões improvisados - ficou um resíduo de cola que foi aplicada por alguém numa tentativa de reparo anterior, não quis forçar a remoção para evitar danos - e fiz a solda dos botões novos sem qualquer dificuldade, alinhando ao máximo com a placa e o tampo da capa. Ficou perfeito, não precisei ajustar nada no kit pra encaixar tudo novamente e o controle ficou NOVO!

Segundo o vendedor, o mesmo kit atende aos veículos Astra, Corsa, Prisma, Vectra e S10. Mas convém você confirmar antes de realizar a compra.


Capas originais e placa

Capa detonada

O kit milagroso

Remoção dos botões e limpeza da placa

Soldagem dos botões novos

Visão geral da capa (botões)

Vista geral da capa (traseira)

Serjo in memoriam.

Reparos no Sony FH-G33AV - um clássico mini hi-fi component system

Session.

Bem-vindo aos anos de ouro da fabricação de aparelhos de som hi-fi! O Sony FH-G33AV é um aparelho muito bem construído, com caixas acústicas de três vias, processador digital de áudio com vários ajustes, display VFD completo, controle remoto, duplo tape deck, reprodutor de CD com bandeja para três discos, saída para subwoofer (requer caixa ativa) e entrada auxiliar. A geração streaming + bluetooth nunca vai entender o que um aparelho assim representa!

Pelo tempo de vida, está em excelente estado de conservação, mas apresenta aquelas características comuns nesse tipo de equipamento:

  • Correias arrebentadas ou deterioradas no tape deck e no mecanismo de abertura da bandeja/seleção dos CDs
  • Bastante sujeira interna
  • Mau contato no conector de entrada auxiliar (canal L inoperante)
  • Relé antipop/thump de saída com atuação intermitente (às vezes, não fecha os contatos)

Mas vamos ao que interessa, de fato: fiz uma ressolda na trilha do canal L do auxiliar, que estava mudo, resolvendo o problema. Esse dano pode ter sido causado por alguma manutenção anterior, ao tentar soltar o mecanismo dos CDs sem soltar todos os parafusos do painel traseiro, o que fez tração no conector e arrebentou a trilha. A limpeza interna foi um plus, não ia deixar sujo daquele jeito! Também repus a correia do mecanismo de abertura da bandeja, que não abria com perfeição por estar usando uma 'correia improvisada', literalmente a borracha de prender dinheiro. Só não lubrifiquei as partes móveis ainda porque preciso revisar o circuito de controle do relé de saída, para resolver aquela intermitência de acionamento - às vezes, ao ligar o aparelho, não tem áudio nas caixas porque o relé não 'atracou', bastando uma batidinha de leve na lateral do gabinete para que o relé abra as saídas. Quando eu for revisar esse circuito, aproveito pra lubrificar tudo e de repente, já reponho as correias do tape deck.

Entrada auxiliar (Video)


A entrada auxiliar precisa de um sinal 'mais forte' para que o volume seja satisfatório. Nesse ponto, vou precisar montar um pré-amplificador com ajuste de sinal para resolver essa questão, porque uso um media center na sala e o sinal dele não excita completamente os canais - vou aproveitar esse projeto e embutir uma seleção de canais múltiplos, porque pretendo conectar um turntable (vitrola, para os íntimos) também. Fora isso, é um excelente aparelho, com uma qualidade de construção que reflete diretamente na audição: graves profundos, médios bem definidos e agudos quase cristalinos graças ao querido - e odiado - STK4213II.

Amplificação e montagem


O coração do aparelho é o STK4213II - capaz de fornecer 20W + 20W com baixa distorção - da famosa série de circuitos integrados destinados à amplificação de potência que foi largamente aplicada em diversos modelos. Cabe aqui mais um comentário para a geração streaming + bluetooth: não é sobre potência, é sobre qualidade; de nada adianta um classe D tocando 1000W sem qualidade.




Datasheet completo aqui

Particularmente, eu gosto do timbre dos STK, embora a sua reposição nos dias de hoje tenha se tornado mais difícil por indisponibilidade ou por falsificação. Muitos técnicos optam por substituir essa potência por outros circuitos, anulando o projeto original com o STK e em muitos casos, aprimorando a qualidade com projetos de potências transistorizadas. Fico imaginando aqui como seria uma potência classe A tocando nesse aparelho, aproveitando o sinal de qualidade e o processador digital.

Caixas acústicas do Sony FH-G33AV (SS-H991SAV)


Produzida em madeira, revestida e com tela frontal removível, possui peso de gente grande e três vias, sendo um woofer 16 cm, tweeter de 5 cm e um super tweeter com 2 cm. A impedância é de 6 ohms, 25W de potência total e é magneticamente blindada. Não existe vibração audível e a qualidade de surpreende mesmo no rádio, graças ao amplificador e ao processador digital, que entregam tudo que podem nesse mini hi-fi component system.





Claro que tem fotos! Vou atualizar essa postagem de acordo com as próximas manutenções - o tape deck, o relé etc. - e se você tiver alguma dúvida sobre o modelo, segue aqui o manual do usuário e também o esquema elétrico (service) ou manual de serviço do Sony FH-G33AV.






Sujeira, temos!




Trilha refeita no canal L

Depois de reparar a trilha do conector do auxiliar e de repor a correia da bandeja dos CDs, claro que dei aquele talento no interior da joia, né!


Detalhe pro STK 4132 II







Reposição da correia


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