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Como instalar sirene (ou buzina) na central de alarme do Chery QQ

O título dessa postagem é exatamente (ou quase) o termo de pesquisa mais digitado pelos donos dos QQ's. Mesmo com toda economia do projeto desse carrinho (e olha que fizeram milagre) ainda tinham que tirar a sirene do alarme??! Mas vamos lá porque não tem mistério nisso, mas não quer dizer que você não terá que meter a mão e fazer você mesmo. 

Há duas maneiras de se fazer isso. Uma, a mais simples, é utilizar uma sirene padrão comercial dessas de alarme residencial, que custa muito barato e tem o range de operação entre 8V e 14V, normalmente. E também possuem consumo bem baixo, visto que se trata de um oscilador bem básico. A outra maneira de se fazer, mais complicadinho embora mais eficiente e profissional, é utilizar a própria buzina do carro para efetuar o disparo. 

Morri procurando na internet sobre isso, entrei em fóruns pra saber se alguém tinha falado sobre, ou se alguém já havia descoberto uma maneira prática e rápida de matar essa coisa do alarme mudo. NADA DE CONCRETO.  Como somos diyman e não desistimos quase nunca, lá fui eu meter a cara por baixo do painel e localizar a central. Com a central localizada, procurei os fios que vão pra seta durante o disparo do alarme - use um multímetro, de preferência, e acione o pisca alerta ou o próprio alarme para identificar os fios.

A central do QQ 2011/2012 fica por baixo do painel, à direita do volante, fixada na barra lateral do console. Não tem erro. Bem na parte de baixo do chicote maior, há dois fios azuis que acionam as setas. Escolha o de mais fácil acesso e corte - se você for um ás e quiser desmontar o frame do painel, a central fica na sua mão e facilita. Coloque um diodo 1N5408 com o terminal marcado para a saída da seta, ou seja, fluindo positivo para o fio que você cortou. Na extremidade que ficou pro chicote, solde um fio que será o positivo da sirene. O negativo da sirene você pode pegar de qualquer parte metálica do carro, que tenha contato com a massa. Nem preciso dizer que tudo deve ser soldado e isolado, né? De preferência, use também um espaguete termorretrátril para deixar tudo lacrado e com cara de coisa bem feita. 

Se tudo correu bem até aqui, escolha onde fixar a sirene, finalize as conexões e teste. Claro que nesse caso a sirene não ficará disparada permanentemente, ela dependerá das piscadas das setas no disparo. Soa intermitente. Fica excelente e é o jeito mais fácil de dar voz ao alarme. 

Antes que você pergunte o porquê desse diodo: se você achar que não precisa, todas as vezes que você acionar seta, a sirene vai soar. É para evitar o retorno de alimentação da seta, fazendo que a sirene soe apenas por acionamento da central. Simples e eficaz.

A outra maneira de se fazer isso utilizando a buzina do carro, requer um relé para trabalhar e não recomendo que seja feito de outra forma. A base é a mesma mas ao invés de ligar a sirene, você vai ligar o relé. O resultado é o mesmo: a cada piscada das setas, um toque na buzina. Claro que você terá que puxar um positivo pro contato do relé e do relé, um fio para a buzina. Não tem erro. Se você optar por fazer assim, sugiro fortemente que proteja a linha da buzina e relé com fusível. Ou até, compre uma buzina mais parruda que a do QQ e dedique somente ao alarme. Fica pro!

Mais adiante eu posto esquemas, mas com essas informações, acredito que já seja uma luz pra você. Acabei não tirando fotos na hora de soldar o diodo na central, mas nessa instalação, a sirene ficou por baixo do capô, fios passando por baixo do volante.

Boa sorte!

** 19/12/2019

Esquema elétrico da adaptação para o alarme no QQ 2011/2012 ter sirene ou buzina. Também segue esquema extra para instalar em veículos onde o acionamento da buzina é negativo.

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Moto Safe - Pisca alerta na Yamaha XTZ250Z Ténéré 2018 (sem chave extra)

Facilmente configurável, de baixo consumo e totalmente seguro, o pisca alerta Moto Safe agrega maior segurança ao motociclista que não dispõe do recurso de fábrica com um custo mínimo e acionamento automático sem a necessidade de instalação de chaves extras

Pois bem. Para quem não sabe, sou motociclista e feliz proprietário de uma Yamaha XTZ250Z Ténéré. Muito feliz. E como condutor também de automóvel, sempre senti falta de um pisca alerta nessa moto. A maioria das motos de baixa cilindrada não vem com o recurso de fábrica, o que eu acho um absurdo se levar em conta o custo irrisório para que uma motocicleta saia com o alerta de série. Pela Internet afora, muitas soluções caseiras e práticas, mas nenhuma convincente e segura. Tem gente aí fazendo relé de fábrica com capacidade para duas lâmpadas piscar quatro, usando chave com contatos livres à mercê da sorte (curto-circuitos) e muita fiação louca correndo pela moto. Isso sem falar nos cortes de chicotes... Um colega do trabalho havia me contado 'sobre uma caixinha' que ele comprou quando tinha moto, que acionava o alerta quando se piscava rapidamente da seta direita para a esquerda. E que dispensava a utilização de chave extra no painel. Achei interessante, e dia desses fui procurar a tal 'caixinha'.

Antes de qualquer coisa, tenha muito cuidado ao realizar qualquer tipo de reparo, instalação, alteração ou quaisquer tipos de intervenções em equipamentos elétricos, mecânicos ou eletrônicos. Primeiramente, pela sua segurança. Não me responsabilizo por quaisquer prejuízos sofridos por você e/ou por terceiros. Faça por sua própria conta e risco.

Encontrei no Mercado Livre o pisca da GMTEC. Sei pouco sobre o fabricante, só sei que a ideia deles foi mesmo muito boa. Matutando daqui e de lá enquanto esperava o sono chegar, desenhei um esquema bem simples, utilizando componentes de fácil aquisição. Também me esmerei para que o circuito fosse o mais seguro possível, durável e livre de qualquer vício ou bug que pudesse interferir na parte elétrica da moto. O resultado foi um esquema enxuto, simples e confiável. Fora o baixíssimo custo de produção, mesmo utilizando montagem em placa para o protótipo.

Funcionamento

Do módulo, saem 4 fios: dois para alimentação, que podem ser conectados diretamente à bateria ou ao pós-chave, e dois que devem ser ligados às setas, independentemente da ordem (direita/esquerda). Ao sinalizar manobras, o pisca funciona normalmente, sem qualquer alteração. Para acionar o pisca alerta, sinaliza-se para qualquer um dos lados e, logo em seguida, sinaliza-se para o lado contrário. O módulo se utiliza do próprio relé da moto para piscar o alerta, não alterando a característica ou incluindo 'cliques' de relés adicionais. Obviamente que, se o relé original da moto não possui a capacidade de carga para os 4 piscas simultaneamente, você deverá substituí-lo por outro de maior capacidade para evitar problemas futuros. Não vá dizer que eu não avisei.

Em espera, o consumo é extremamente baixo, muito menor que qualquer central de alarme ou rastreador. O consumo máximo do módulo quando ativo, ou seja, dois relés internos acionados, é de cerca de 40mA, não mais que isso. Por se tratar de um protótipo, não utilizei ainda a caixa definitiva de instalação, que é menor e totalmente selada. Também não utilizei as cores originais para o cabeamento: preto e vermelho para alimentação (-/+) e amarelo e laranja para as setas (L/R).

Como mencionei no Twitter, o pisca alerta vai ficar instalado na minha moto a fim de testar ao extremo o módulo, verificar melhorias e torná-lo cada vez mais inteligente. 

Características básicas (pode ser alterado a qualquer tempo)

Tensão de operação: 9V a 15V
Consumo: 40mA (quando ativo)
Stand by: menor que 0,2mA
Capacidade: relés de 10A (limitado pela fiação a 3A)
Dimensões: 5cm x 5cm x 3cm
Proteção: fusível interno de rápida ação
Proteção contra inversão de polaridade: sim

Placa montada com melhor aproveitamento de espaço torna o módulo pequeno e fácil de ser instalado. Componentes soldados com reforço, trilhas largas e face com proteção física para evitar que a trepidação natural do veículo cause danos ao conjunto (componentes unidos fisicamente à placa com material específico) e camadas antiumidade internas. Pode ser instalado em qualquer motocicleta, desde que haja conhecimento técnico mínimo para evitar danos ao módulo e ao veículo. Possui fusível interno de rápida ação para proteção e circuito contra inversão de polaridade na alimentação do módulo, evitando danos na instalação.

Futuro do projeto

Minha ideia, a princípio, é testar o Moto Safe. E nem sei se vai ficar com esse nome clichê, ainda. Tudo depende do uso e do resultado. E como eu sou chatíssimo, tanto pode ser que o projeto se torne um dos xodós do diyPowered como pode ser que seja abandonado. Vai saber. Mas tenho pretensões de transformar o projeto numa linha de montagem para venda na lojinha diyPowered, a um valor muito camarada, com todo suporte e garantias que eu puder oferecer.

E voltando ao Twitter, como eu havia também mencionado que liberaria o esquema elétrico do pisca alerta aqui no site: ainda não vou liberar porque quero testar na minha moto, dentro da minha realidade, o comportamento do circuito. Porque se eu liberar agora, como está, e durante o teste que estou fazendo houver alguma alteração, o projeto vai ficar defasado aqui no site, e você vai me culpar por ter gasto dinheiro montando o projeto 'antigo'. Por isso, aguarde. Vai ser bem melhor quando eu liberar a versão definitiva do circuito para que você também monte aí.

Vou deixar uma foto do módulo e, mais tarde, um vídeo curtinho para demonstração do Moto Safe instalado, para começar.


Protótipo inicial em teste (placa original é
bem menor do que a caixa utilizada)

E como prometido, aqui vai o vídeo curtinho para mostrar o Moto Safe instalado na minha moto. Isso foi hoje à tarde, dia 06/06/2018 logo após a montagem da placa e do módulo na caixa de teste. Agora, é testar o projeto, procurar melhorias e verificar possíveis falhas. Acompanhe aqui mesmo a evolução desse projeto e também pelo Twitter diyPowered.




** 11/06/2018

Nada está tão finalizado quanto você pensa! Fiz algumas alterações no circuito para melhorar a precisão da resposta do acionamento, evitando possíveis erros na ativação e aumentando muito a eficiência. Também melhorou muito a dinâmica do acionamento, tornando mais prático e mais rápido sem perda na precisão da sinalização de manobras eventuais. Segue em testes para verificar na prática as melhorias. Estamos na versão 1.1 agora.

** 12/06/2018

Ajuste fino no acionamento do alerta promoveu alta eficiência e rápido desengate do sistema quando necessário liberar os piscas para manobras. O tempo de arme/desarme ficou perfeito! Projeto segue para maiores testes e finalização.

** 14/06/2018

E como promessa é dívida, ontem gravei um vídeo sobre o Moto Safe, a publicação do esquema elétrico e a iniciativa do site em promover mais segurança para os motociclistas. Estão disponíveis para download no Drive o esquema elétrico do pisca alerta para moto, o layout para placa e o silkscreen, para quem pretende montar o seu módulo. No mesmo vídeo, também falo sobre dois outros projetos em andamento, o head para guitarra e a jukebox portátil.


Esquema elétrico do pisca alerta para moto

Além desse esquema elétrico aí de cima, baixe os arquivos extras no Drive para montagem do pisca alerta, que inclui o layout para confecção da placa, assista ao vídeo e divulgue para que mais pessoas possam aproveitar o projeto.




Estabilizador de tensão X fontes modernas X prejuízos e consumo excessivo

Assim como aquele carinha expert da informática que monta um desktop com placa mãe, memória, processador, SSD e placa de vídeo top do mercado mas compra uma fonte xing ling, você está cometendo um grave erro ao utilizar um estabilizador de tensão. E para piorar, além de utilizar no computador, ainda liga uma impressora laser. Às vezes, tudo num mesmo estabilizador de 300VA. Acredite: isso é muito perigoso e custoso para sua vida. Sem contar o desconforto dos tec tec o dia todo...

Vamos ao princípio de funcionamento de um estabilizador desses. Numa mísera plaquinha, os caras colocam um comparador de tensão arroz com feijão e alguns relés - aquele tec tec que você ouve o dia todo são os relés - que selecionam tensões geradas por um transformador de força. Por padrão, você terá 115VAC na saída para uma entrada de 127VAC ou 220VAC. Se essa tensão cai ou sobe, um dos relés seleciona outra saída do trafo, que geralmente tem pouco mais ou pouco menos do que a tensão de entrada, que compensa essa queda mantendo a saída em 115V. Simples e eficaz? Simples, mas nada eficaz.


Exemplo de fonte chaveada moderna


Tomando por exemplo as modernas fontes chaveadas que trabalham naturalmente e sem qualquer esforço com tensões entre 90VAC e 240VAC, corrigindo quaisquer alterações na rede elétrica tão rapidamente quanto necessário, por que um estabilizador que utiliza relés (mecânicos, lentos, barulhentos, etc.) seria necessário para estabilizar a tensão para uma fonte tão bem projetada? Os fabricantes desenvolvem fontes para que trabalhem diretamente conectadas à rede elétrica e ao ligar essas fontes - falo em fontes aqui como termo genérico, mas pode ser seu computador, seu home theater, sua impressora, etc.) nas saídas desses estabilizadores, você faz com que elas trabalhem de forma dobrada. Ou seja, quando a tensão cai 10VAC ou mais, a fonte corrige essa falta quase que de forma imediata, enquanto que o estabilizador ainda não o fez. Com a fonte corrigida, fornecendo esses 10Vx a mais ou a menos, entra o estabilizador com seus relés e corrige a mesma tensão, só que de uma forma tosca, retardada e barulhenta. O que acontece? A saída do estabilizador (saída do trafo, seleção pelos relés) aumenta para corrigir essa falta, o que leva as fontes a corrigirem novamente a tensão, trabalhando duas vezes mais que o normal. Isso sem falar que esses tec tec dos relés podem gerar transientes capazes de afetar seriamente os equipamentos alimentados. Fora o aquecimento dos estabilizadores, causado, geralmente, por sobrecarga na saída, por culpa de quem vendeu o equipamento de 300VA como fossem 300W. Não confunda VA ou W quando o fator de potência não for 1. O fator de potência das fontes de desktop estão na faixa dos 0,65 a 0,70. Agora faça as contas e veja qual a potência real em W teria um estabilizador de 300VA. Isso vale para os nobreaks também. E não compre nobreaks baratos demais. São outros lixos.

Daí você me diz que a sua impressora ou seu home theater ou qualquer outro equipamento seu não é bivolt. Simples demais, oras. Compre um transformador de força com potência compatível com seu equipamento. Barato, muito eficiente e seguro de ser usado. Mas se você tem um estabilizador de 1000VA ou mais e algum conhecimento, modifique ele para que passe a funcionar como um transformador de força tão seguro e eficaz quanto os comerciais.

Se você ainda utiliza estabilizador, saiba que você está reduzindo a vida útil dos equipamentos ligados a ele e que também está consumindo mais energia elétrica do que deveria. Ligue tudo diretamente na tomada - observando a tensão correta dos equipamentos, se são bivolt automático ou não, etc. - para ganhar rendimento, desempenho e economia. E quanto aos filtros de linha - que são vendidos em lojas especializadas por valores entre R$ 30 e R$ 80 que, quando fazem alguma coisa além de serem uma simples extensão, possuem um único e deficiente capacitor - as fontes modernas já possuem em seu projeto, logo, nenhuma ação sua é necessária além de possuir uma boa instalação elétrica, aterramento adequado e boa utilização das extensões sem sobrecarregar as tomadas.

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