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Reparo, manutenção e recondicionamento de fontes (X)TX (ATX, SFX, ITX, etc.)

De forma avassaladora, fontes chaveadas são cada vez mais utilizadas para todo e qualquer tipo de aplicação, tanto pelo seu custo baixo de produção e montagem quanto pelo poder de corrente e tensão possíveis num espaço físico muito reduzido. Mas qual a real vantagem nisso?

Faz pouco mais de doze carnavais que trabalho com TI e de lá para cá tanta coisa mudou que nem sei por onde começar a contar sobre minha experiência com a área. Paralelamente ao meu caso singular com a informática, muito antes de ser iniciado, já 'mexia' com eletrônica. Perfeito casamento entre teoria, prática, produção e comportamento dos dois ambientes intimamente conectados

Desde cedo ficava pasmo com o descarte desenfreado das tecnologias ditas obsoletas - e olha que obsoleto em informática pode ser um processador com dois anos de vida que possui poder mais que suficiente para 90% dos usuários, mas que são sumariamente descartados porque um site especializado disse que o lançamento da poderosa possui menos consumo e poder de processamento até 10x maior. Oras, convenhamos, pessoal: o usuário comum que ouve música ruim enquanto preenche planilhas em seu Excel pirata do seu pacote Office pirata que foi instalado pelo carinha da esquina com o Windows pirata vai mesmo sentir diferença nessas 10x mais velocidade? O usuário não consome 50% do poder de um Core 2 Duo e ainda se acha no direito de exigir um Core i5?! Ironias e presepadas à parte, vamos ao que interessa. 

O que move toda essa presepada coisa de tecnologia e que ninguém dá a mínima? Energia. E energia elétrica. Já vi tanto idiota usuário gastando mais de R$ 2.000 em kit gamer do tipo processador/memória/placa mãe/placa de vídeo + gabinete bonitinho e se esquecer de comprar uma fonte de alimentação decente. Sim, meus caros. O fulaninho se esqueceu de que nada vai adiantar uma mega configuração se o fornecimento de energia não estiver à altura. Porque o que interesse pro mané é o LED dentro do case, o water cooler - que ele nem sabe pronunciar, a placa NVIDIA picas que o amigo playboy pagou três casas decimais... Daí o mesmo mané começa a jogar e não entende o porquê de o jogo dar lag, de o Windows travar com mensagem de erro de driver de vídeo que parou de forma inesperada... E culpa - de forma justa, até - o técnico de confiança que vendeu tudo certo e se esqueceu da fonte correta para sustentar o gamer mané. Mas, tirando as presepadas de lado, vou registrar hoje - pela primeira vez em anos - uma simples reparação e recondicionamento de duas fontes padrão ATX formato SFX, muito comum em gabinetes ITX domésticos e de automação comercial. 

Essas fontes costumam ser superiores àquelas ATX péssimas que custam R$ 60 pro consumidor e R$ 20 de custo pra revenda. E também costumam possuir um projeto bastante inteligente dentro daquelas caixinhas pequenas e simpáticas. Eu, chato que sou, bato palmas para os projetistas dessas pequenas notáveis, já que pensaram em quase tudo o que deveriam ter pensado no projeto, o que torna as produções quase perfeitas. Das fontes mais comuns que já vi com um bom projeto estão ELGIN, K-MEX, Dr. Hank, LiteOn e algumas M-TEK. Com isso quero dizer que fonte boa para mim não precisa ser pretinha, bonitinha, com LED no cooler e logo de marquinha cara. O que vale para mim é projeto.

Quando vale a pena reparar ou recondicionar?

Fonte 1
Vale a pena quando, de cara, já se tem ideia do problema. Um fusível que abriu, uma ponte de diodos ou diodos individuais da retificadora em curto, capacitores estufados, cooler problemático, ressoldagem, troca do NTC; basicamente. Tiro pela minha própria prática e experiência: só vale a pena quando for roubar menos de duas horas de bancada. Aí vale a pena. Porque uma boa fonte desse padrão custa entre R$ 140 e R$ 250 e para dar sobrevida a uma dessas com alguma pouca atenção na bancada, claro que vale muito a pena. 

Fonte 2
 As fontes que reparei e recondicionei há poucas horas e que ilustram a temática da postagem traziam sintomas muito particulares desse formato. Uma delas - a mais novinha - estava com as tensões +12V e +5V se alterando, sem estabilização. Quando ligada, em poucos minutos as tensões subiam até 13.2V e 5.8V, o que fazia com que fonte se desarmasse todo o tempo. A outra - a mais detonada - estava com pontos de solda danificados por algum curioso que tentou desmontar para limpar e fez besteira. Não ligava e estava na chuva há semanas. Não possuo detalhes sobre a fonte mais nova, mas aparenta ser dos modelos que equipam os ITX mais caros. A detonada é uma K-MEX PN200 de 125W que, por ironia, mostra as tensões fechadas (12.0V e 5.0V) ao contrário da outra, que está bem nova e possui 0.2V a mais em cada saída. Não que seja problema, pelo contrário. É só meu TOC tecnológico falando alto.

Para resumir

Quando as tensões se encontram instáveis ou a fonte liga e logo se desarma, procure logo por um eletrolítico na faixa dos 22MF aos 100MF próximo ao CI de referência, e em alguns casos, próximo aos trafos. Ele é o campeão de dar problema em todas as fontes ATX. Esse cara se sacrifica muitas vezes e salva a fonte, em muitos casos. Troque ele e testes as tensões, mas só de a fonte acionar, já é muito bom sinal. Geralmente basta trocar esse cara e inspecionar todos os demais componentes e contatos para correr pro abraço. Se encontrar mais algum capacitor estufado ou com vazamento, troque sem pensar.

Quando se tratar de fusível aberto, você pode avaliar o que pode ter acontecido pelo estado do fusível. Se ele apenas abriu e se encontra intacto, provavelmente foi alguma sobretensão ou sobrecorrente. Em todo caso, macaco velho troca o fusível e tenta ligar a fonte utilizando a famosa lâmpada em série - pesquise no Google sobre a lâmpada em série e seja feliz na bancada. Mas se o fusível estiver carbonizado, quebrado ou dessoldado, a coisa muda. Teste diodos, capacitores e os transistores. Em muitos casos, um ou mais diodos da ponte - ou a própria ponte - está em curto. E em outros casos, os transistores - ou CI - da osciladora estão em curto. Teste tudo antes de ligar a fonte e quando for ligar, lâmpada em série. Esse roteiro serve como referência ao analisar qualquer tipo de fonte chaveada.

Capacitores estufados ou com vazamento são sinal de aquecimento por cooler travado/lento, interior - do capacitor - seco ou ineficiente dissipação do calor interno - da fonte. Isso significa que o calor tomou conta e ninguém se deu conta de mandar a máquina para manutenção preventiva. Troque todo e qualquer capacitor estufado ou com vazamento, sem exceção. As fontes costumam não 'arrancar' ou se desarmar com frequência enquanto a máquina é utilizada - o que leva 99% dos usuários a pedir ajuda aos técnicos formatadeiros da região. Porque criaram a lei universal para resolver qualquer tipo de problema: a formatação. Pior que isso, ainda deram o nome errado para a coisa: porque formatar é dar formato; reinstalar Sistema Operacional é outra coisa. Mas isso é tema para outro dia. 

Trocados todos os capacitores danificados, teste a fonte. Deve funcionar redondinha de novo. Verifique as tensões, ok? E quanto ao cooler, se estiver girando meio forçado mesmo depois de limpo e lubrificado, troque. Obviamente que as fontes mais bem produzidas possuem coolers um pouco melhores do que os que vemos por aí, mas nada é eterno e você deve ficar atento a isso. Aquecimento é inimigo. A troca do NTC é rara mas pode ocorrer. Verifique basicamente o aspecto físico dele. Certamente você saberá quando ele deve ser substituído. E quanto às ressoldas, muitos casos se resolvem apenas com essa simples ação. Um transistor com solda deficiente pode passar desapercebido pelo técnico e condenar uma fonte cara.

Obviamente que a postagem não se aplica àquelas fontes poderosas, com seus 400W, 500W e até com mais de 1000W. Porque essas sempre vão valer a pena o reparo mesmo que demore pouco mais de duas horas de bancada e meia dúzia de componentes. E também não se aplica à área de TI, porque não existe esse tipo de trabalho em ambiente corporativo e uma fonte danificada é simplesmente substituída por uma nova fonte para que os trabalhos sejam restabelecidos.

Portanto, para finalizar o assunto mesmo sem agradar a gregos e troianos, fonte barata é dor de cabeça que nunca vai valer a pena utilizar, e menos ainda o seu futuro e certo reparo; fonte que se preste custa mais de R$ 150 e não adianta investir no motor se vai usar gasolina adulterada; reparo e recondicionamento permitem restabelecer o funcionamento da fonte por completo, como nova, e não alteram quaisquer das características funcionais desde que a execução seja limpa; por último e não por isso menos importante: se você não tem experiência com fontes chaveadas ou não possui conhecimentos avançados em eletrônica, não se aventure: o erro pode custar muito mais do que transistores e capacitores explodindo na sua cara.

Boas reparações e menos lixo.


Fonte 1 - a mais detonada, com troca do seletor AC, chave
e tomada AC porque estavam oxidados pela chuva

Fonte 1 - cooler limpo e lubrificado funcionando 100%

Fonte 1 - no estado em que foi para bancada

Fonte 1 - após limpeza e retrabalho

Fonte 2 - cooler limpo e lubrificado

Fonte 2 - após limpeza e reparo

Fonte 2 - detalhe do eletrolítico 47MF próximo aos trafos

Fonte 2 - após limpeza e reparo

E sim, utilizo toalhas de mesa doadas para forrar minha mesa/bancada e proteger contra arranhões, soldas, etc. Tenho duas, uma para cada situação.


HS-1875Mi - Amplificador de potência de alta fidelidade para monitor de referência (HS-1875Mi Home Studio Reference Monitor)

Com uma configuração clássica, um gabinete robusto, componentes selecionados e uma montagem minuciosa, o HS-1875Mi é o melhor projeto de amplificador de potência de alta fidelidade já desenvolvido pelo diyPowered para aplicação de Home Studio

Surpreendente. Esta é uma das palavras que definem este projeto. Desde o início, procurei passar por todas as etapas com calma e atenção, prevendo cada possível retrabalho para que o resultado final fosse impecável. Tanto que esse projeto se arrasta desde julho de 2015... Muitas situações colaboraram para a demora na conclusão do projeto, o que, de certa forma, também colaborou para que cada detalhe tivesse a atenção necessária. É um projeto que me desperta bastante orgulho, tanto pela forma como foi conduzido quanto pelo trato e pelo resultado final. 

O coração do projeto

Sempre fui fã dos integrados LM para áudio. E em particular, do LM1875, um potente e robusto amplificador de áudio com baixíssima distorção - 0,015% em 8 ohms com fonte de +/-25V. Já apliquei o mesmo integrado em outros projetos, mas num monitor de referência com tantos cuidados no desenvolvimento, é a primeira vez.  Abaixo, algumas características do super CI.



Os números do LM1875 são excelentes, sua larga faixa de tensões de operação permite que seja perfeitamente implantado em inúmeras aplicações e seus poucos componentes externos promovem uma montagem simplificada, compacta e confiável. Também existem características de segurança como a corrente fixa na saída e os sensores de temperatura que protegem o componente de forma segura e eficiente.

Alterei alguns valores do esquema original do datasheet e modifiquei alguns componentes também, para que se adequasse ao meu projeto bastante específico. Claro que para obter os resultados prometidos pelo datasheet do CI, a montagem de todo o conjunto do projeto é quem manda. Ou seja, não adianta possuir um excelente circuito integrado se a fonte, os componentes e a própria montagem do conjunto não estiverem em perfeitas condições.

A fonte de alimentação

Minha busca desenfreada por qualidade e eficiência sempre me leva a desenvolver fontes superdimensionadas. E nesse projeto tão especial, obviamente que isso não mudaria. A fonte possui 17600MF de reserva em dois bancos de 8800MF cada - descontados os desacoplamentos e cerâmicos - em uma fonte simétrica de 25V + 25V 20V +20V x 5A. Exagerado, eu? Não. Tendo em vista que esse CI possui alta corrente na saída e ampla faixa de resposta com graves acentuados, uma boa reserva de potência e uma fonte com corrente sobrando não pode ser considerado um exagero. Mas cada um com a sua opinião, pessoal.

Na entrada de força, instalei uma chave de seleção de tensão, porque pretendo utilizar todos os equipamentos do Home Studio numa rede elétrica isolada e protegida - módulo isolador, trafo, nobreak, etc. - e pode ser que não seja 220V. Na linha, foram instalados filtros AC para matar as principais frequências e os transientes mais comuns, um fusível de proteção e conector de força para permitir a total desmontagem dos cabos, ou seja, até o cabo de força pode ser removido para transporte. Esse novo 'padrão' de montagem utilizando conector de força é muito vantajoso porque permite a manutenção sem maiores problemas, já que o cabo utilizado é o mesmo da maior parte dos equipamentos de informática, facilmente encontrado e com valor razoável.

Gabinete e montagem

Pela primeira vez utilizei um gabinete completamente metálico e integrado, com peças extremamente rígidas e pesadas. Os dissipadores laterais foram retirados de duas placas de vídeo, o painel frontal é parte de um case para HD de desktop e o 'miolo' do gabinete era a caixa de uma fonte ATX C3Tech de 350W. Por 'sorte', todas as peças possuem dimensões que permitem a montagem naquela configuração sem maiores problemas. Os CI's se encontram afixados e devidamente isolados, um em cada lateral. A dissipação do LM1875 é bastante alta e, por esta razão, os dissipadores escolhidos possuem área suficiente para não somente manter a faixa de temperatura de trabalho dentro de padrões seguros, mas também fixar um ponto final de aquecimento muito desejável. Sou meio chato com dissipação e não permito que projeto algum apresente componente com aquecimento demasiado. Geralmente monto peças em dissipadores generosos, que vão manter a temperatura pelo menos 20% abaixo do limite do componente. Não gosto de aquecimento. A premissa também vale para resistores A montagem do gabinete é integrada com todo o restante do projeto, conforme se vê no painel traseiro, onde todas as  demais peças são fixadas e concentradas numa só peça - a carcaça da fonte ATX. E ainda sobre os dissipadores, faz tempo que os guardo e, há algumas semanas, havia anunciado esse par na Lojinha diyPowered no Mercado Livre. Infelizmente dei uma judiada neles por não ter acondicionado corretamente, e alguns riscos podem ser vistos na pintura. Mas como o projeto do gabinete é para que se pareça mesmo com algo tosco e ao mesmo tempo elegante, algumas marcas de uso caíram bem.

O LED frontal é branco - e deu trabalho a escolha da cor - e também é fixado na mesma peça dos demais componentes. Seu brilho é conduzido para o painel frontal por meio de uma peça de acrílico retirada do painel de um roteador wireless há algum tempo. Foram criadas diversas capelas para evitar o vazamento de luz do LED, mantendo o brilho somente na direção que interessa. O aspecto final é muito interessante e bonito.

O acionamento do HS-1875Mi faz com que o LED frontal se ilumine lentamente, num efeito fade in muito elegante. Ao desligar o aparelho, o LED se apaga também lentamente, num efeito de fade out. Muitas cores e combinações de cores foram testadas até que o LED branco fosse definido. Um LED laranja quase foi o escolhido, por ter promovido um contraste muito interessante com o conjunto, mas o LED branco ganhou disparado desde o começo.

Muitos cuidados foram tomados na montagem desse gabinete, e um dos maiores cuidados foi a conexão comum dos circuitos, também conhecido como 'terra', 'GND' ou 'massa'. Todo e qualquer componente metálico não polarizado foi devidamente conectado ao ponto comum, tornando ágil e descomplicado o processo de aterramento do conjunto.

Soft start

Os LM1875 possuem um acionamento razoavelmente suave, mas o clique seguido de um estalo nos falantes até que o circuito se estabilize é inevitável. Por isso, optei por instalar um soft start. Dessa forma, ao acionar o aparelho, a saída somente é liberada alguns segundos depois da alimentação chegar aos CI's, tornando o acionamento completamente silencioso. O mesmo efeito indesejado pode ocorrer ao desligar a alimentação, e por esta razão, o soft start corta as saídas segundos antes de a alimentação baixar ao ponto de um possível clique ou estalo, comumente observado na maioria dos amplificadores de potência.

Painel frontal

A ideia básica era um módulo com controles passivos. Ou seja, nenhum ajuste seria adicionado ao aparelho, tornando um mixer ou um pré-amplificador o controle principal de volume, balanço, ganho e equalização. O HS-1875Mi não altera o sinal que recebe e possui equalização flat, o que torna a sua atuação mais perfeita ainda quando se trata de produção musical. A adição de qualquer componente entre a fonte de sinal e o amplificador pode alterar as características mais marcantes de qualquer produção, o que pode influenciar diretamente nos resultados audíveis na produção e no export do áudio tratado, quando reproduzido por outros equipamentos. Por esta e por outras razões é que foi definido desde o início do projeto que o sinal seria entregue diretamente aos circuitos sem quaisquer alterações.

Conexões

No painel traseiro existem todas as conexões do aparelho. Foi utilizado o padrão RCA para entrada de sinal e bornes de pressão para conectar as caixas acústicas. Também foi adicionado um conector P10 estéreo para conexão aos fones de ouvido que funciona de forma simultânea com caixas acústicas. É uma configuração pouco usual, mas muito útil quando se precisa ouvir algum detalhe para ajustar o melhor parâmetro final. Um fusível de proteção AC foi adicionado na linha de força para maior segurança de operação. Sem mais delongas, as fotos do projeto.


Painel frontal liso com somente o LED Power


Lateral 1 (dissipador meio judiado)

Lateral 2 (dissipador meio judiado) com LED apagado

Visão geral (LED apagado)

Detalhe do fundo: a furação do cooler da fonte ficou para baixo (o projeto
é fanless e essa furação é original da carcaça da fonte ATX)

Painel traseiro completo (dois furos em cada dissipador é coisa de
uma tentativa de uso anterior que deixou essa 'avaria')

Também editei um pequeno vídeo para demonstração da atuação do LED Power, que possui efeitos fade in/out que conferem um visual bastante sofisticado e elegante ao conjunto. Posto a seguir.




** 27/06/2016

Caixas acústicas recebidas e testadas. A audição é surreal, sonoridade pura e enfática, grande presença em uma gama de frequências e um áudio final extremamente agradável. Seguem as fotos das caixas montadas durante a audição.







Log do projeto

Monitor de referência
SCH/PCB
  __________ 100%   |   HARDWARE  __________ 100%
   |   TESTE  __________ 100%

01/07/2015 - Esquema elétrico definido
04/07/2015 - Design das placas e do gabinete iniciado
13/07/2015 - Gabinete definido e iniciado processo de furação
14/07/2015 - Cotação de componentes e ajuste fino do esquema elétrico
18/07/2015 - Planos alterados para o gabinete...
22/07/2015 - Definições para o novo gabinete envolvendo parte do projeto
06/08/2015 - Aquisição de duas caixas acústicas
22/10/2015 - Projeto ficará estacionado durante algum tempo por falta de tempo para conclusão mas será retomado em breve

04/03/2016 - Projeto retomado!
04/03/2016 - Gabinete totalmente novo em montagem final, totalmente metálico com grandes dissipadores laterais e um visual muito autêntico; o esquema elétrico segue o mesmo com algumas diferenças quanto ao setor da fonte; iniciando definições do painel frontal
05/06/2016 - Furação do gabinete para fixação dos dissipadores; furação do painel frontal; gabinete concluído para iniciar montagem dos componentes; soft start montado e testado
06/06/2016 - Conexões elétricas finalizadas e fixação do trafo; iniciada a montagem da fonte; componentes da potência adquiridos (em trânsito) e projeto praticamente em fase final
07/06/2016 - Fonte montada, afixada e testada; soft start e bornes das caixas acústicas afixados no gabinete; 17600MF totais de reserva de potência - 8800MF x 2, fonte simétrica - foram disponibilizados para grandiosos graves e linha contínua com grande poder e limpeza; aguardando a chegada dos demais componentes para finalização do projeto e início dos testes
08/06/2016 - Peças recebidas; montagem das potências e fixação dos conjuntos nos dissipadores; cabeamento interno para alimentação e saída da potência; conexões internas
09/06/2016 - Primeiro teste com carga para ajustes e testes de estabilidade; utilização de conectores para conexões internas em vez de soldagens para facilitar o acesso em futuras manutenções; pequenos ajustes de sinal
10/06/2016 - Fixação de outros componentes internos; ajustes finos no esquema original para mais pureza do som; definida conexão P10 para entrada de sinal
11/06/2016 - Tratamento e finalização do painel frontal com montagem teste de todo o gabinete; fixação e organização do cabeamento interno; alteração do projeto: conexão P10 estéreo não será entrada de sinal e sim saída para fones de ouvido; entradas de sinal utilizando par de RCA padrão; testes de audição com falantes provisórios muito surpreendentes após afinação do circuito e adição de novos 'no-pop/click' e desacoplamentos inteligentes; soft start atuando com perfeição; projeto segue para finalização, onde maiores testes serão efetuados
12/06/2016 - Teste de aquecimento e verificação de pontos de conexão; verificação das tensões; capela montada para evitar vazamento de luz por trás do LED, pelas laterais e pelo campo do acrílico, tornando a condução de luz eficiente e perfeitamente centralizada no centro do acrílico do painel frontal; fixação dos pés de apoio; montagem final com perfeito encaixe de todas as peças, aguardando chegada das caixas acústicas para testes finais
20/06/2016 - Antecipando a postagem de registro do projeto: http://diypowered.llucastoledo.com.br/2016/06/hs-1875mi-amplificador-de-potencia-de.html e ainda aguardando a chegada das caixas acústicas
27/06/2016 - Caixas recebidas, conectadas e ouvidas. O resultado é fantástico!

** 08/11/2016

O trafo morreu. O projeto original usa um trafo de 16V + 16V x 5A. Na montagem, usei um trafo de 15V + 15V x 3A e depois de alguns meses, após um pico de sinal, morreu junto com um dos canais. Tive que trocar o CI do canal esquerdo, o trafo e o driver do soft start. Aproveitei para alterar a ponte da fonte, fixando a original de 6A. Ficou muito bom, tudo funcionando redondamente e com mais carga disponível. Tive que praticamente refazer o soft start, mas deu tudo muito certo. O trafo, assim que eu me lembrar do fabricante, posto sobre minha experiência com um grande produto nacional. Sim, acho que você deveria pesquisar e estudar mais sobre as produções nacionais antes de colocar na estante os produtos importados e se fechar para qualquer outra proposta.

Fonte ATX Aerocool VX-350 - uma furada ou uma boa opção low cost?!

Session.

Sabe que eu adoro abrir tudo o que é eletrônico pra dar uma espiada, né. Por curiosidade, por conhecimento, para sacanear os 'engenheiros modernos'... Ou seja, gosto e faço e ponto. E em defesa dos bons engenheiros, lhes digo: muitas vezes vocês reclamam da faixa de custo para os projetos serem curtas, e por essa razão se obrigam a focar em tudo o que for low cost. E eu torno a dizer a vocês que isso não é justificativa para projetar lixo: há muitas formas de produzir em larga escala com qualidade mesmo com uma faixa de custo baixa. Basta saber o que fazer, pensar fora da caixinha e deixar de lado um pouco a soberba do diplominha.

Mas vamos voltar ao foco.

Essa fonte da Aerocool tem sido vendida na faixa dos R$ 90 aos R$ 150 podendo chegar a mais nessas lojinhas de cidade. Desde que conheço a marca, tenho tido acesso aos produtos para conhecer melhor e poder avaliar se o low cost deles vale a pena. E se você veio aqui atrás de informações para nerds como testes de força, números, nutellinhas com laboratórios pagos pelos pais ricos ou patrocinadores non sense, pode parar por aqui porque não vai rolar. Minha opinião não é baseada em nutellês.

Já tive em mãos diversos produtos Aerocool, de gabinetes desktop até coolers, passando por fontes e outras tranqueiras. O que vi até hoje foram low cost muito surpreendentes. E não estou ganhando coisa alguma para dizer isso, até porque quem conhece o diyPowered sabe que aqui não entra jabá e se tiver que entrar, vai ter que passar no teste de qualidade! Essa fonte veio numa barbada pela OLX, onde um cara comprou um gabinete que veio com ela. Ele tirou essa fonte NOVINHA e colocou uma que ele já tinha, uma Corsair 600W. Ficou guardada por algumas semanas quando ele decidiu desapegar e anunciou a R$ 50. Sim, por R$ 50. Menos do que uma fonte das mais comuns que fornecem (ou dizem fornecer) 200W cheio de zumbidos e traquinagens da rede elétrica. Como meu PC véio de guerra usa uma dessas fontes meia boca - tem ela aqui pra você ver, ó - fico receoso de pendurar mais discos nela e e ela não dar conta do recado (acontece muito quando você tem discos de grande capacidade, onde essa fonte pelada não suporta a corrente de pico de partida dos motores e o disco nem chega a ser reconhecido, dando um puta pânico em ter perdido os dados). Daí, achei por bem entrar com uma verbinha pra trocar antes que eu me irrite ou que precise mesmo de mais carga na máquina e fique na mão.

Vou resumir: é uma fonte com a mesma arquitetura das irmãs menores, sem frescuras, com partida simples, sem PFC, sem coisa alguma mesmo. É uma opção para quem quer mais capacidade mas não precisa de selos comerciais de eficiência, de cabos modulares ou ainda para quem não vai gastar milhares de dinheiros pra ter em casa uma caixa de metal cheia de luzes para brincar de gamer. Obviamente que eu não pagaria por uma fonte superior só para poder ter mais eficiência ou para ter mais dois ou três discos na máquina. É uma máquina de trabalho, não é para postar as specs na Internet pra competir com o coleguinha. É o velho ditado: se me atende, é o que importa. Salvo exceções que nem vou me dar ao trabalho de explicar nessa!

Comparando com a minha fonte anterior desse mesmo PC véio de guerra, ganhei em capacidade, fluxo de ar (cooler 120mm x 120mm em posição inferior é extremamente eficiente) e silêncio. Porque poucas coisas conseguem incomodar mais do que barulho de cooler. Pelo menos a Aerocool não poupou nos malditos capacitores da saída e, apesar de serem poucos, mandou soldar com as especificações corretas para chaveadas. Sim, se você não sabia que capacitores também possuem datasheet, aqui entra a parte onde você fica com uma novidade! Uma coisa ruim é que só vem com aquele conector PCI Express bipartido, onde é possível usar como +12Vcc AUX. Mas se você precisar tanto de um como de outro, vai precisar de um adaptador! Que chinelagem!

Para finalizar, as tensões mais comuns estão corretíssimas com a exceção da -12Vcc, que só vi fechar bonito até hoje em fonte de renome. Também tem a ponte de diodos parrudinha na entrada pra não dar gargalo, capacitores de respeito e cabeamento longo e de bitola expressiva para uma low cost. É uma fonte simples e robusta, fácil de dar manutenção e sem frescura. Vale o preço de mercado, tem bom acabamento e possui mais trato que as comuns.

Ah, agora as fotos estão melhores e serão postadas nuas e cruas.





















Reparo na fonte SFX KEMEX PB-200CNF (ou mini fonte ATX)

Session.

Aqui vai uma dica rápida para quem já pegou essas fontes SFX/ITX e não achou nenhum componente estourado ou em curto e mesmo assim, a fonte não partia. Essa aí é uma KEMEX SFX PB-200CNF. Primeira coisa é ver se tem tensão na fonte de stand by, e quase sempre tem. Mas a fonte insiste em não partir. A causa provavelmente é um ou os dois transistores chaveadores. No meu caso, um deles se comportava como dois resistores de baixo valor, perdendo totalmente a sua característica. Feita a troca dele, a fonte partiu na hora e com todas as tensões corretas. Por isso não confio muito nesses testes de continuidade quando se trata de transistores, FETs, MOSFETs etc. Quando surge aquela dúvida, retiro o componente da placa e testo.

O mesmo problema pode ocorrer em outros modelos de fontes ATX, recomendo sempre checar esse estágio da fonte mesmo que o multímetro não acuse curto. Melhor testar do que apanhar da fonte ou condenar a coitada.
 





Esse é o vilão




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