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Ok, eu me rendo! - Iniciando no Atmega via Arduino UNO R3

Como um bluseiro completamente análogo, demorei anos para me render àquilo o que me refiro sempre como infotrônica, ou seja, quando a eletrônica se (con)fundiu com a informática. Minha grande birra é com essa molecada que nunca viu de perto grandes projetos - nem do presente e menos ainda do passado - e me vem com codigozinho de merda para piscar led na plataforma, como já defendi aqui. E ainda me pautando no texto anterior, o microcontrolador é uma super ferramenta, voltada para projetos complexos onde a utilização de eletrônica pura seria onerosa e dispendiosa, e nunca para um punheteirozinho que mora com a mãe ficar piscando ledzinho.

Então, voltando ao tópico inicial... ok, eu me rendo! Vou introduzir o ATMEGA nos projetos do diyPowered daqui em diante. Obviamente, não vou fazer led piscar nem girar motorzinho. A utilização do MC será apenas para projetos mais complexos, onde pretendo otimizar espaço e engrandecer funcionalidades.

Ok, eu me rendo!



Não compre jumpers! Fabrique os seus!



E aproveitando o ensejo, sobre os jumpers que servirão para desenvolvimento, fabrique os seus! Fiz mais de 20 deles utilizando fios flexíveis retirados de um cabo PS2 de qualidade, barra de pinos de placa mãe dessoldados e devidamente separados e limpos e, para fazer um bom acabamento e fixação, espaguete termo-retrátil! 

Trocando de roteador wireless - Cisco Linksys WRT54GH

Já faz muito tempo que utilizo meu antigo Encore - que não sei sequer o modelo, esqueci completamente e nenhuma informação pode ser vista na placa e menos ainda no setup - que deve estar na casa dos 10 anos de vida útil ou mais. De uns meses para cá tenho notado que ele tem 'travado' pelo menos uma vez por semana. Na época em que o adotei do lixo, ainda tinha gabinete - parecido com esse - mas não carregava o programa. Troquei alguns eletrolíticos estufados e refiz algumas soldas. Apenas isso. Não me lembro do porquê de eu não ter montado a placa no gabinete de novo, sei que utilizo ele somente na placa desde então. E antes que ele pare de vez, decidi aposentá-lo. Ele funciona ainda, e muito bem. Mas para uso contínuo, já não serve. 

Recentemente encontrei um modelo da Cisco/Linksys num preço muito atraente. É wireless b/g mas isso não diz muito para quem vai utilizar somente como AP, dentro de casa e para poucas instâncias simultâneas. Muita gente tem comprado roteadores super potentes a preços absurdos somente para dizer que tem 300MB de velocidade. De fato, se a pessoa vai trafegar dados pela rede wireless, como num escritório, um investimento deve ser feito. Mas para utilizar em casa, como a maioria utiliza, e para ver besteirol na Internet, 54MB é mais que suficiente a menos que você possua mais de 54MB de velocidade de conexão à Internet - o que é uma presepada para um usuário final. 

E aproveitando o ensejo, já parou para pensar se você precisa mesmo desses 15MB/20MB que você paga? Pois é. Pense nisso. Tá jogando dinheiro pelo ralo e nem deve estar se dando conta. Atualmente tenho 2MB muito bem servidos e muito estáveis com uptime altíssimo que pago para a Osirnet, empresa da cidade. E outra coisa importante: é via rádio. Acredite. Não é jabá para a empresa, pelo contrário. Só acho que empresa que presta serviço de qualidade - independentemente do valor - merece reconhecimento. E como já disseram por aí, é Ubiquiti no céu e Mikrotik na terra. E mais uma vez, sem jabá para ninguém porque não ganho coisa alguma fazendo isso.

Mas voltando ao assunto inicial...

Encontrei essa oferta, então, do WRT54GH muito boa e não deixei passar. Comprei pelo Mercado Livre da Infocenter, de Santa Catarina. Produto chegou na caixa, novinho, perfeito. Inclusive, esse é um dos vendedores que recomendo para quem possa interessar. Roteador muito rápido, carrega programa e salva configurações em segundos. Configurei todas as minhas funções em 5 minutos, isso com dois reboot. Sempre fui fã dos Linksys, e fiquei bastante feliz quando a Belkin comprou a divisão da Cisco.


Encore - marcas de ressolda e troca de componentes

Vista do chipset do Encore (a antena é de outro defunto)

Conexões do Encore (aquela bobina à esquerda aquece muito!)

Conexões do Linksys (cabo azul é para testes)

Pequeno, discreto e muito elegante

GeForce 8400GS 1GB DDR3 - mais uma salva!

Mais uma vez dando sobrevida aos descartados pela pressa ou pelo consumismo, a GeForce 8400GS é uma placa bastante robusta e potente para seu tamanho e surpreende pelos cuidados na montagem da Point Of View

Já tive outros casos de sobrevida em placa de vídeo e também em placa mãe, como já postei aqui sobre a 9400GT, mas, esse caso em especial, se trata de uma placa muito bem montada pela Point Of View. Cuidados básicos como a dissipação do próprio chipset e também dos CIs de memória são observados de forma notável, o que nos diz muito sobre o conceito de engenharia da empresa. A placa possui uma saída DVI-I, uma HDMI e uma VGA.

O problema dessa placa era visivelmente a queima de um transistor PNP, que deixou tudo inoperante tanto na própria placa de vídeo quanto na máquina em que ela estava instalada, que não mais ligava. Poderia ter mais problemas, claro, mas esse transistor estava com um buraco - não tirei fotos - próximo a um dos terminais, com sinais de ter sido excessivamente aquecido até abrir o bico. Obviamente que foi substituída por uma placa nova e foi devolvida para o cliente, que sumariamente descartou a 8400GS sem pensar muito. Muito curioso que sou, decidi pegar para brincar e consultando os códigos SMD - tem um site muito bom chamado S-Manuals - cheguei ao (2S)B1025 - SOT89, que é um transistor PNP. Sem querer ter muito trabalho, procurei um PNP confiável qualquer e encontrei o (KS)B772 - TO126. Queria testar logo a placa e depois de verificar todos os possíveis componentes que também poderiam estar danificados sem encontrar nada de errado, dessoldei o B1015 e soldei no lugar o B772, seguindo a correta posição da pinagem, obviamente. Instalei a placa numa máquina e lá estava o vídeo funcionando perfeitamente, sem qualquer problema. Verifiquei o aquecimento do B772 e nenhum calor foi encontrado, o que foi ótimo. Em números, instalei um transistor com capacidade de corrente bastante superior ao original. Como tudo funcionou perfeitamente, parti para a limpeza minuciosa da placa, para deixar tudo bem novinho. 

Uma coisa que me chamou bastante atenção foi o cabo de alimentação do cooler. É um cabo de três vias que deve ser conectado à placa mãe - conector SYSFAN - para que o cooler funcione. O mais estranho é que a placa de vídeo possui um conector de duas vias para alimentar o cooler mas o cooler que está instalado não possui esse padrão. Considerações à parte, nem sei dizer se esse cooler é mesmo original dessa placa, que possui dois LEDs, um vermelho e um azul, que formam um efeito bastante interessante para quem gosta de LEDs por toda parte. Eu, particularmente, preferiria que fosse um cooler preto sem muita frescura. E um cooler decente, porque esse aqui é daqueles que fazem barulho e que ficam lixando o eixo até não girar mais. Em todo caso, a placa é muito eficiente, possui baixo aquecimento total e um desempenho bastante surpreendente. Sem maiores considerações, vamos aos registros.


Pasta térmica pra lá de vencida

Suja, iniciando a desmontagem

Já limpa e remontada

Saídas de vídeo VGA, HDMI e DVI-I

Detalhe do B772 posicionado na placa

Dissipadores em todos os CIs

** 26/05/2016

Esse update já era para ter sido publicado, mas como só resolvi o problema agora...

Seguinte. Ao instalar a placa, ela funciona normalmente. Mas ao atualizar os drivers e abrir resoluções maiores, havia uma tremulação, com faixas visíveis na tela. Semanas após descobrir esse problema, decidi verificar se não era algum capacitor que foi pro saco junto com o transistor que foi trocado. Não era. Só me restava desconfiar do transistor que eu coloquei lá - B772. Retirei ele, após trocar um capacitor com cara de suspeito, e coloquei um BC556 no lugar. Instalei a placa, liguei a máquina e lá estava meu problema resolvido. A imagem está perfeitamente estável, excelente qualidade. Não houve aquecimento nem qualquer outro drama. Vou deixar essa placa instalada e em uso para substituir uma AMD Radeon HD 5570. 

Reparo, manutenção e recondicionamento de fontes (X)TX (ATX, SFX, ITX, etc.)

De forma avassaladora, fontes chaveadas são cada vez mais utilizadas para todo e qualquer tipo de aplicação, tanto pelo seu custo baixo de produção e montagem quanto pelo poder de corrente e tensão possíveis num espaço físico muito reduzido. Mas qual a real vantagem nisso?

Faz pouco mais de doze carnavais que trabalho com TI e de lá para cá tanta coisa mudou que nem sei por onde começar a contar sobre minha experiência com a área. Paralelamente ao meu caso singular com a informática, muito antes de ser iniciado, já 'mexia' com eletrônica. Perfeito casamento entre teoria, prática, produção e comportamento dos dois ambientes intimamente conectados

Desde cedo ficava pasmo com o descarte desenfreado das tecnologias ditas obsoletas - e olha que obsoleto em informática pode ser um processador com dois anos de vida que possui poder mais que suficiente para 90% dos usuários, mas que são sumariamente descartados porque um site especializado disse que o lançamento da poderosa possui menos consumo e poder de processamento até 10x maior. Oras, convenhamos, pessoal: o usuário comum que ouve música ruim enquanto preenche planilhas em seu Excel pirata do seu pacote Office pirata que foi instalado pelo carinha da esquina com o Windows pirata vai mesmo sentir diferença nessas 10x mais velocidade? O usuário não consome 50% do poder de um Core 2 Duo e ainda se acha no direito de exigir um Core i5?! Ironias e presepadas à parte, vamos ao que interessa. 

O que move toda essa presepada coisa de tecnologia e que ninguém dá a mínima? Energia. E energia elétrica. Já vi tanto idiota usuário gastando mais de R$ 2.000 em kit gamer do tipo processador/memória/placa mãe/placa de vídeo + gabinete bonitinho e se esquecer de comprar uma fonte de alimentação decente. Sim, meus caros. O fulaninho se esqueceu de que nada vai adiantar uma mega configuração se o fornecimento de energia não estiver à altura. Porque o que interesse pro mané é o LED dentro do case, o water cooler - que ele nem sabe pronunciar, a placa NVIDIA picas que o amigo playboy pagou três casas decimais... Daí o mesmo mané começa a jogar e não entende o porquê de o jogo dar lag, de o Windows travar com mensagem de erro de driver de vídeo que parou de forma inesperada... E culpa - de forma justa, até - o técnico de confiança que vendeu tudo certo e se esqueceu da fonte correta para sustentar o gamer mané. Mas, tirando as presepadas de lado, vou registrar hoje - pela primeira vez em anos - uma simples reparação e recondicionamento de duas fontes padrão ATX formato SFX, muito comum em gabinetes ITX domésticos e de automação comercial. 

Essas fontes costumam ser superiores àquelas ATX péssimas que custam R$ 60 pro consumidor e R$ 20 de custo pra revenda. E também costumam possuir um projeto bastante inteligente dentro daquelas caixinhas pequenas e simpáticas. Eu, chato que sou, bato palmas para os projetistas dessas pequenas notáveis, já que pensaram em quase tudo o que deveriam ter pensado no projeto, o que torna as produções quase perfeitas. Das fontes mais comuns que já vi com um bom projeto estão ELGIN, K-MEX, Dr. Hank, LiteOn e algumas M-TEK. Com isso quero dizer que fonte boa para mim não precisa ser pretinha, bonitinha, com LED no cooler e logo de marquinha cara. O que vale para mim é projeto.

Quando vale a pena reparar ou recondicionar?

Fonte 1
Vale a pena quando, de cara, já se tem ideia do problema. Um fusível que abriu, uma ponte de diodos ou diodos individuais da retificadora em curto, capacitores estufados, cooler problemático, ressoldagem, troca do NTC; basicamente. Tiro pela minha própria prática e experiência: só vale a pena quando for roubar menos de duas horas de bancada. Aí vale a pena. Porque uma boa fonte desse padrão custa entre R$ 140 e R$ 250 e para dar sobrevida a uma dessas com alguma pouca atenção na bancada, claro que vale muito a pena. 

Fonte 2
 As fontes que reparei e recondicionei há poucas horas e que ilustram a temática da postagem traziam sintomas muito particulares desse formato. Uma delas - a mais novinha - estava com as tensões +12V e +5V se alterando, sem estabilização. Quando ligada, em poucos minutos as tensões subiam até 13.2V e 5.8V, o que fazia com que fonte se desarmasse todo o tempo. A outra - a mais detonada - estava com pontos de solda danificados por algum curioso que tentou desmontar para limpar e fez besteira. Não ligava e estava na chuva há semanas. Não possuo detalhes sobre a fonte mais nova, mas aparenta ser dos modelos que equipam os ITX mais caros. A detonada é uma K-MEX PN200 de 125W que, por ironia, mostra as tensões fechadas (12.0V e 5.0V) ao contrário da outra, que está bem nova e possui 0.2V a mais em cada saída. Não que seja problema, pelo contrário. É só meu TOC tecnológico falando alto.

Para resumir

Quando as tensões se encontram instáveis ou a fonte liga e logo se desarma, procure logo por um eletrolítico na faixa dos 22MF aos 100MF próximo ao CI de referência, e em alguns casos, próximo aos trafos. Ele é o campeão de dar problema em todas as fontes ATX. Esse cara se sacrifica muitas vezes e salva a fonte, em muitos casos. Troque ele e testes as tensões, mas só de a fonte acionar, já é muito bom sinal. Geralmente basta trocar esse cara e inspecionar todos os demais componentes e contatos para correr pro abraço. Se encontrar mais algum capacitor estufado ou com vazamento, troque sem pensar.

Quando se tratar de fusível aberto, você pode avaliar o que pode ter acontecido pelo estado do fusível. Se ele apenas abriu e se encontra intacto, provavelmente foi alguma sobretensão ou sobrecorrente. Em todo caso, macaco velho troca o fusível e tenta ligar a fonte utilizando a famosa lâmpada em série - pesquise no Google sobre a lâmpada em série e seja feliz na bancada. Mas se o fusível estiver carbonizado, quebrado ou dessoldado, a coisa muda. Teste diodos, capacitores e os transistores. Em muitos casos, um ou mais diodos da ponte - ou a própria ponte - está em curto. E em outros casos, os transistores - ou CI - da osciladora estão em curto. Teste tudo antes de ligar a fonte e quando for ligar, lâmpada em série. Esse roteiro serve como referência ao analisar qualquer tipo de fonte chaveada.

Capacitores estufados ou com vazamento são sinal de aquecimento por cooler travado/lento, interior - do capacitor - seco ou ineficiente dissipação do calor interno - da fonte. Isso significa que o calor tomou conta e ninguém se deu conta de mandar a máquina para manutenção preventiva. Troque todo e qualquer capacitor estufado ou com vazamento, sem exceção. As fontes costumam não 'arrancar' ou se desarmar com frequência enquanto a máquina é utilizada - o que leva 99% dos usuários a pedir ajuda aos técnicos formatadeiros da região. Porque criaram a lei universal para resolver qualquer tipo de problema: a formatação. Pior que isso, ainda deram o nome errado para a coisa: porque formatar é dar formato; reinstalar Sistema Operacional é outra coisa. Mas isso é tema para outro dia. 

Trocados todos os capacitores danificados, teste a fonte. Deve funcionar redondinha de novo. Verifique as tensões, ok? E quanto ao cooler, se estiver girando meio forçado mesmo depois de limpo e lubrificado, troque. Obviamente que as fontes mais bem produzidas possuem coolers um pouco melhores do que os que vemos por aí, mas nada é eterno e você deve ficar atento a isso. Aquecimento é inimigo. A troca do NTC é rara mas pode ocorrer. Verifique basicamente o aspecto físico dele. Certamente você saberá quando ele deve ser substituído. E quanto às ressoldas, muitos casos se resolvem apenas com essa simples ação. Um transistor com solda deficiente pode passar desapercebido pelo técnico e condenar uma fonte cara.

Obviamente que a postagem não se aplica àquelas fontes poderosas, com seus 400W, 500W e até com mais de 1000W. Porque essas sempre vão valer a pena o reparo mesmo que demore pouco mais de duas horas de bancada e meia dúzia de componentes. E também não se aplica à área de TI, porque não existe esse tipo de trabalho em ambiente corporativo e uma fonte danificada é simplesmente substituída por uma nova fonte para que os trabalhos sejam restabelecidos.

Portanto, para finalizar o assunto mesmo sem agradar a gregos e troianos, fonte barata é dor de cabeça que nunca vai valer a pena utilizar, e menos ainda o seu futuro e certo reparo; fonte que se preste custa mais de R$ 150 e não adianta investir no motor se vai usar gasolina adulterada; reparo e recondicionamento permitem restabelecer o funcionamento da fonte por completo, como nova, e não alteram quaisquer das características funcionais desde que a execução seja limpa; por último e não por isso menos importante: se você não tem experiência com fontes chaveadas ou não possui conhecimentos avançados em eletrônica, não se aventure: o erro pode custar muito mais do que transistores e capacitores explodindo na sua cara.

Boas reparações e menos lixo.


Fonte 1 - a mais detonada, com troca do seletor AC, chave
e tomada AC porque estavam oxidados pela chuva

Fonte 1 - cooler limpo e lubrificado funcionando 100%

Fonte 1 - no estado em que foi para bancada

Fonte 1 - após limpeza e retrabalho

Fonte 2 - cooler limpo e lubrificado

Fonte 2 - após limpeza e reparo

Fonte 2 - detalhe do eletrolítico 47MF próximo aos trafos

Fonte 2 - após limpeza e reparo

E sim, utilizo toalhas de mesa doadas para forrar minha mesa/bancada e proteger contra arranhões, soldas, etc. Tenho duas, uma para cada situação.


Planejamento e execução de projetos DIY

Pensei que seria interessante contar meus critérios para desenvolvimento de um projeto DIY para aqueles que não conhecem o processo ou que pretendam iniciar no DIY. Talvez fique somente nessa postagem, talvez eu faça mais de um capítulo sobre o tema. A ideia é que essas informações cheguem àqueles iniciantes que não sabem por onde começar e também aos mais experientes, para que possam aprimorar seus processos. 

O projeto no papel é fundamental

Fonte: Internet
Não adianta levar tudo pra bancada e montar. Isso até pode funcionar quando você está com aquela ideia na cabeça e precisa testá-la rapidamente. Mas um projeto requer roteiros bem definidos a serem seguidos para que as variáveis de erro sejam minimizadas ao máximo. Comece pelo básico do básico e coloque no papel tudo aquilo o que você pretende implantar no seu projeto. Se você vai montar um amplificador de potência, anote todas as funcionalidades e itens que você deseja adicionar - peak level, proteção DC, delay output, conexões, etc. - e não se esqueça de nenhum acessório ou componente. Isso evita retrabalhos dolorosos mais tarde, como quando você não prevê o aquecimento da ponte de diodos e tem que abrir espaço para que ela seja afixada num dissipador, por exemplo. É crítico demais para ser corrigido mais tarde, depois de montar a placa e já estar quase finalizando o projeto. Você vai perder tempo repensando o projeto, você vai gastar dinheiro (e mais tempo) se tiver que refazer a placa. E pior ainda se precisar alterar o layout do gabinete. Por isso você deve colocar no papel todos os passos para seguir na bancada. Melhor 'perder tempo' colocando todo o projeto no papel do que depois amargar um projeto mal sucedido. 

Teste todas as etapas

Fonte: Internet
Cada etapa finalizada requer testes. Se você criou o esquema elétrico, por mais perfeito que pareça, mesmo tendo sido simulado no computador com sucesso, ele precisa ser montado fisicamente. Somente assim você saberá onde está aquecendo, se precisa alterar resistores, onde está ocorrendo corrente demais e se os componentes escolhidos estão de acordo com a sua aplicação. 

Ainda tomando um amplificador de potência como exemplo, cada transistor escolhido poderá lhe dar um timbre diferenciado, ou até mais ou menos potência final. Os capacitores eletrolíticos são vaidosos e se você não souber como aplicá-los, seu projeto já vai começar mal. Por isso teste seu esquema em bancada, afine o circuito e seja caprichoso com seu trabalho. 

Selecione os componentes e calcule sua margem de erro

Fonte: Internet
Este é um ponto crítico. Muita gente compra componentes em qualquer loja, de qualquer jeito, sem qualquer procedência. E fica pior ainda quando se trata de integrados e transistores de alto desempenho. Se você aplica uma tensão de 65Vcc - tensão comumente encontrada em amplificadores de potência e fontes simétricas avançadas - num transistor falsificado por algum tempo - equipamento em uso - ele não terá a mesma durabilidade e qualidade sonora de um original. E você também encontrará sérios problemas com aquecimento. Isso sem falar que os falsificados possuem um péssimo acabamento e uma resistência física pobre. Tenha cuidado ao comprar seus componentes e não acredite em valores baixos demais.

Calcular a sua margem de erro durante testes evita que você precise sair de casa novamente para comprar novos componentes - gastando um tempo precioso que deveria ser aplicado ao projeto. E se lembre de que todos os componentes que você utilizou durante os testes não serão utilizados no seu projeto. Isso mesmo. Protótipo é protótipo e, por mil razões diferentes, você utilizará componentes novos quando for montar seu projeto original. Por isso compre mais componentes para testes do que você compraria para o projeto final.

Seja cuidadoso com o layout da placa

Fonte: Arquivo DIY
Muitos erros acontecem porque a placa foi mal desenhada. Interferências, clock, ruídos e até um circuito que se recusa a funcionar. Por isso evite cruzar trilhas de energia com trilhas de sinal, mantenha o transformador de força afastado dos circuitos sensíveis, utilize seções vazias da placa para formar cercas GND e crie barreiras físicas, se for o caso. Calcule cada espaço antes de desenhar seu layout para evitar retrabalhos e gastos excessivos com o projeto. 

Se você for utilizar a montagem ponto a ponto - técnica de soldar os componentes entre si sem a utilização de uma placa - os cuidados deverão ser redobrados para evitar o contato de componentes que possam danificar o circuito. Montagens ponto a ponto - P2P - são práticas e eficazes mas requerem muita organização e cuidado por parte do montador. E não é a melhor forma de se montar um projeto mais complexo, não tenha dúvidas.

Crie um design limpo

Fonte: Internet
Quando for pensar no painel do seu gabinete, faça algo limpo e simples. LEDs em excesso com cores berrantes e alto brilho não são legais, coolers não são necessários para tudo e menos ainda bonitos. E por falar em coolers, prefira não utilizá-los por conta do seu ruído, da sujeira que ele acumula e pela manutenção futura que você será obrigado a fazer. Cooler não é legal, não é bonito e somente se utiliza em projetos onde realmente existe a necessidade da troca de calor auxiliar. Pequenos amplificadores de potência, fontes de média potência e coisas do tipo não necessitam de cooler. E se mesmo assim você julgar necessário - ou apenas quiser, seja lá por qual razão - utilizar um cooler, seja sensato ao escolher um modelo discreto, com fluxo de ar compatível com a aplicação e sem LEDs. E queira instalá-lo em uma região onde não será visto. E quanto aos LEDs do painel frontal, também tenha bom senso ao selecionar o tamanho, o formato e as cores. Menos é mais.

E por fim, dedique tempo ao seu projeto

Se você não dedicar tempo ao seu projeto, certamente uma de duas coisas acontecerão: a primeira - e mais comum - é que seu projeto não vai sair da bancada; a segunda, o projeto não funcionará como você esperava. Tempo é a ferramenta que você mais precisa. Estude seu projeto, se comprometa a iniciá-lo e a terminá-lo definindo seus prazos, conheça novas maneiras de fazer uma mesma coisa e faça tudo conforme você achar melhor, seguindo o bom senso de pesquisar e ser cuidadoso com as etapas. Somente assim os resultados serão positivos. Erros poderão ocorrer, claro. Por isso devemos trabalhar com margens de erro devidamente calculadas, componentes de qualidade e ferramentas adequadas para cada operação. 


GeForce 9400GT - sobrevida garantida!

Com alta rotatividade e vida útil cada vez menor, as placas de vídeo com até 1GB costumam ser sumariamente descartadas por razões que vão desde o capitalismo selvagem até um probleminha com cooler... E aqui está mais um caso desses, só que com um final bem diferente

Ganhei essa daí do Jair (meu fornecedor de lixo eletrônico mais ativo) e já é a terceira. Mas essa funciona de fato, só que veio com o cooler quebrado na base do eixo e sem a 'capinha' plástica da GeForce. Totalmente desmontada e limpa, só faltou resolver o cooler.




E foi resolvido. Não entendo o porquê de colocar uma placa dessas no lixo quando uma placa de vídeo onboard (das MB mais populares) costuma ter entre 32MB e 128MB não dedicados se você pode simplesmente doar alguns minutos técnicos para ter 512MB dedicados na sua máquina. Em todo caso, não é para ficar bonitinha nem ter LED: é para funcionar. 

Essa vai rodar macio ainda por alguns anos, com certeza. E para os curiosos, sim: ela está rodando como nova.


Cooler reaproveitado

Manutenção preventiva - Notebook Samsung RV415 CD3BR

Arquitetura AMD voltada para o uso doméstico/escritório, o RV415 CD3BR surpreende com uma placa de vídeo bastante avançada, suporte estendido para upgrade de HD e RAM, HDMI e VGA externos e bateria bastante razoável

Boa máquina. Simpatizo bastante com a marca e sempre tive algum equipamento Samsung por perto. Esse aí foi comprado em dezembro de 2012 e já veio com Windows 8 SL x64. Com uma configuração doméstica avançada se comparado aos concorrentes - tem uma placa de vídeo bem boa - tenho utilizado fortemente cada recurso da máquina com bastante satisfação. Como nunca foi aberto, achei que já era hora de limpar. Dito e feito: estava bem sujo.

Aproveitei para tirar fotos da mais nova técnica - não tão nova assim - para cortar custos do mercado: vamos soldar tudo! Sim, meus caros; a moda agora é soldar até os módulos de memória RAM... felizmente, não é meu caso, mas já muitas máquinas com RAM soldada e o cara não consegue fazer upgrade senão do HD. E não duvido que daqui uns anos os HDs venham soldados também. É o progresso que lhe coloca uma arma na cabeça e obriga a comprar tudo de novo.


Processador soldado na MB

Pelo menos memória eu consigo trocar

Depois da manutenção

Depois da manutenção

Remontando o notebook

Aspecto superior (fechado)

** 12/01/2015

Me convenci a atualizar pro Windows 10 de vez. Na época em questão, quando a Microsoft liberou a atualização, o fiz, mas tive problemas com o driver wireless que a Atheros não fornecia suporte. Alguns meses depois, utilizando o Windows 8.1 original de fábrica, optei por instalar o Windows 10 novamente em definitivo. Claro que gostei, mas é necessário desativar vários serviços e aplicativos para que o SO opere de forma clara com o usuário, mas, tirando esse lado negro do SO, o que fica é realmente muito bom. O Windows 10 se mostrou mais leve e mais rápido do que o 8.1 e, por esta razão, meus mais sinceros cumprimentos à equipe de desenvolvimento e pesquisa da Microsoft. 

Adoro Linux, sou defensor do software/hardware livre - com algumas reservas - e apoio toda e qualquer revolução tecnológica. Mas convenhamos, cá entre nós: Windows sempre será a plataforma de trabalho mais realista do mercado. Por esta razão - e em respeito ao Microsoft Team - que sigo utilizando o Windows profissionalmente. E não penso em deixá-lo tão cedo. 

Estabilizador de tensão X fontes modernas X prejuízos e consumo excessivo

Assim como aquele carinha expert da informática que monta um desktop com placa mãe, memória, processador, SSD e placa de vídeo top do mercado mas compra uma fonte xing ling, você está cometendo um grave erro ao utilizar um estabilizador de tensão. E para piorar, além de utilizar no computador, ainda liga uma impressora laser. Às vezes, tudo num mesmo estabilizador de 300VA. Acredite: isso é muito perigoso e custoso para sua vida. Sem contar o desconforto dos tec tec o dia todo...

Vamos ao princípio de funcionamento de um estabilizador desses. Numa mísera plaquinha, os caras colocam um comparador de tensão arroz com feijão e alguns relés - aquele tec tec que você ouve o dia todo são os relés - que selecionam tensões geradas por um transformador de força. Por padrão, você terá 115VAC na saída para uma entrada de 127VAC ou 220VAC. Se essa tensão cai ou sobe, um dos relés seleciona outra saída do trafo, que geralmente tem pouco mais ou pouco menos do que a tensão de entrada, que compensa essa queda mantendo a saída em 115V. Simples e eficaz? Simples, mas nada eficaz.


Exemplo de fonte chaveada moderna


Tomando por exemplo as modernas fontes chaveadas que trabalham naturalmente e sem qualquer esforço com tensões entre 90VAC e 240VAC, corrigindo quaisquer alterações na rede elétrica tão rapidamente quanto necessário, por que um estabilizador que utiliza relés (mecânicos, lentos, barulhentos, etc.) seria necessário para estabilizar a tensão para uma fonte tão bem projetada? Os fabricantes desenvolvem fontes para que trabalhem diretamente conectadas à rede elétrica e ao ligar essas fontes - falo em fontes aqui como termo genérico, mas pode ser seu computador, seu home theater, sua impressora, etc.) nas saídas desses estabilizadores, você faz com que elas trabalhem de forma dobrada. Ou seja, quando a tensão cai 10VAC ou mais, a fonte corrige essa falta quase que de forma imediata, enquanto que o estabilizador ainda não o fez. Com a fonte corrigida, fornecendo esses 10Vx a mais ou a menos, entra o estabilizador com seus relés e corrige a mesma tensão, só que de uma forma tosca, retardada e barulhenta. O que acontece? A saída do estabilizador (saída do trafo, seleção pelos relés) aumenta para corrigir essa falta, o que leva as fontes a corrigirem novamente a tensão, trabalhando duas vezes mais que o normal. Isso sem falar que esses tec tec dos relés podem gerar transientes capazes de afetar seriamente os equipamentos alimentados. Fora o aquecimento dos estabilizadores, causado, geralmente, por sobrecarga na saída, por culpa de quem vendeu o equipamento de 300VA como fossem 300W. Não confunda VA ou W quando o fator de potência não for 1. O fator de potência das fontes de desktop estão na faixa dos 0,65 a 0,70. Agora faça as contas e veja qual a potência real em W teria um estabilizador de 300VA. Isso vale para os nobreaks também. E não compre nobreaks baratos demais. São outros lixos.

Daí você me diz que a sua impressora ou seu home theater ou qualquer outro equipamento seu não é bivolt. Simples demais, oras. Compre um transformador de força com potência compatível com seu equipamento. Barato, muito eficiente e seguro de ser usado. Mas se você tem um estabilizador de 1000VA ou mais e algum conhecimento, modifique ele para que passe a funcionar como um transformador de força tão seguro e eficaz quanto os comerciais.

Se você ainda utiliza estabilizador, saiba que você está reduzindo a vida útil dos equipamentos ligados a ele e que também está consumindo mais energia elétrica do que deveria. Ligue tudo diretamente na tomada - observando a tensão correta dos equipamentos, se são bivolt automático ou não, etc. - para ganhar rendimento, desempenho e economia. E quanto aos filtros de linha - que são vendidos em lojas especializadas por valores entre R$ 30 e R$ 80 que, quando fazem alguma coisa além de serem uma simples extensão, possuem um único e deficiente capacitor - as fontes modernas já possuem em seu projeto, logo, nenhuma ação sua é necessária além de possuir uma boa instalação elétrica, aterramento adequado e boa utilização das extensões sem sobrecarregar as tomadas.

Microcontroladores/Arduino/Raspberry X Componentes discretos

Abrindo as portas para conteúdos informativos e de cunho técnico, já começo com alguma polêmica. Os mais jovens - experientes ou iniciantes - têm se encantado pelas possibilidades apresentadas pelos Microcontroladores, Raspberry e Arduino. Nada contra o uso destes conceitos, mas convenhamos que pela capacidade e custo dos componentes, é óbvio que não deveriam ser empregados em todo e qualquer projeto.

Sequencial com Raspberry/Arduino
Tenho lido pela Internet afora e visto muitas imagens de projetos relativamente simples que empregam Raspberry/Arduino ou PIC. Sinceramente, não acho justificável criar um projeto simples como acender LED's, sequenciais, timer, motor de passo ou coisas do tipo utilizando componentes tão caros e também acho um desperdício, já que para funções tão simples, alguns componentes discretos o fariam com muito louvor. E com baixo custo. Minha opinião é imutável quanto a utilização de um Core i7 para rodar Windows 95, se é que me entende.

Clássico sequencial com 4017
Os microcontroladores são ótimos aliados para soluções mais complexas, que requeiram maior atividade e melhor atribuição de comandos, sem falar na praticidade e simplicidade dos projetos que o adotam. A premissa vale para as placas Raspberry/Arduino e afins, que também possuem funções muito valiosas para quem desenvolve. Não estou aqui fuzilando quem aplica PIC ou Raspberry/Arduino em seus projetos - muito pelo contrário - e eu estaria sendo leviano porque aprecio a utilização de ambas as tecnologias para desenvolvimento. O que pretendo deixar claro é a falta de estudo de caso e, por vezes, até preguiça por parte do projetista em analisar os passos de um projeto para avaliar a necessidade real de utilizar um componente de alto valor operacional. Porque não acho muito inteligente acender luzinha com PIC, me perdoem.

Pessoalmente, valorizo muito mais quem projeta pensando na manutenção futura, principalmente na reposição de peças sem stress. E é claro, estamos falando de circuitos que empregam componentes discretos com CI's em seus respectivos soquetes, conectores facilmente substituíveis, capacitores com tensão de trabalho distante da tensão na placa, resistores com dissipação coerente, dissipadores generosos e por aí vai. Outro fator muito importante é a montagem dos componentes em um gabinete firme, com disposição inteligente de placas e fios e se necessário, com blindagem e filtros AC/DC. Mas isso é assunto para um outro dia.

Se você é um técnico experiente e faz uso de PIC's e Raspberry/Arduino para qualquer coisinha, repense. Se você é um novato na coisa toda, estude bastante antes de adotar estes conceitos para seus projetos mais simples e saiba que há muito potencial em componentes discretos.

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