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Fonte ATX Aerocool VX-350 - uma furada ou uma boa opção low cost?!

Session.

Sabe que eu adoro abrir tudo o que é eletrônico pra dar uma espiada, né. Por curiosidade, por conhecimento, para sacanear os 'engenheiros modernos'... Ou seja, gosto e faço e ponto. E em defesa dos bons engenheiros, lhes digo: muitas vezes vocês reclamam da faixa de custo para os projetos serem curtas, e por essa razão se obrigam a focar em tudo o que for low cost. E eu torno a dizer a vocês que isso não é justificativa para projetar lixo: há muitas formas de produzir em larga escala com qualidade mesmo com uma faixa de custo baixa. Basta saber o que fazer, pensar fora da caixinha e deixar de lado um pouco a soberba do diplominha.

Mas vamos voltar ao foco.

Essa fonte da Aerocool tem sido vendida na faixa dos R$ 90 aos R$ 150 podendo chegar a mais nessas lojinhas de cidade. Desde que conheço a marca, tenho tido acesso aos produtos para conhecer melhor e poder avaliar se o low cost deles vale a pena. E se você veio aqui atrás de informações para nerds como testes de força, números, nutellinhas com laboratórios pagos pelos pais ricos ou patrocinadores non sense, pode parar por aqui porque não vai rolar. Minha opinião não é baseada em nutellês.

Já tive em mãos diversos produtos Aerocool, de gabinetes desktop até coolers, passando por fontes e outras tranqueiras. O que vi até hoje foram low cost muito surpreendentes. E não estou ganhando coisa alguma para dizer isso, até porque quem conhece o diyPowered sabe que aqui não entra jabá e se tiver que entrar, vai ter que passar no teste de qualidade! Essa fonte veio numa barbada pela OLX, onde um cara comprou um gabinete que veio com ela. Ele tirou essa fonte NOVINHA e colocou uma que ele já tinha, uma Corsair 600W. Ficou guardada por algumas semanas quando ele decidiu desapegar e anunciou a R$ 50. Sim, por R$ 50. Menos do que uma fonte das mais comuns que fornecem (ou dizem fornecer) 200W cheio de zumbidos e traquinagens da rede elétrica. Como meu PC véio de guerra usa uma dessas fontes meia boca - tem ela aqui pra você ver, ó - fico receoso de pendurar mais discos nela e e ela não dar conta do recado (acontece muito quando você tem discos de grande capacidade, onde essa fonte pelada não suporta a corrente de pico de partida dos motores e o disco nem chega a ser reconhecido, dando um puta pânico em ter perdido os dados). Daí, achei por bem entrar com uma verbinha pra trocar antes que eu me irrite ou que precise mesmo de mais carga na máquina e fique na mão.

Vou resumir: é uma fonte com a mesma arquitetura das irmãs menores, sem frescuras, com partida simples, sem PFC, sem coisa alguma mesmo. É uma opção para quem quer mais capacidade mas não precisa de selos comerciais de eficiência, de cabos modulares ou ainda para quem não vai gastar milhares de dinheiros pra ter em casa uma caixa de metal cheia de luzes para brincar de gamer. Obviamente que eu não pagaria por uma fonte superior só para poder ter mais eficiência ou para ter mais dois ou três discos na máquina. É uma máquina de trabalho, não é para postar as specs na Internet pra competir com o coleguinha. É o velho ditado: se me atende, é o que importa. Salvo exceções que nem vou me dar ao trabalho de explicar nessa!

Comparando com a minha fonte anterior desse mesmo PC véio de guerra, ganhei em capacidade, fluxo de ar (cooler 120mm x 120mm em posição inferior é extremamente eficiente) e silêncio. Porque poucas coisas conseguem incomodar mais do que barulho de cooler. Pelo menos a Aerocool não poupou nos malditos capacitores da saída e, apesar de serem poucos, mandou soldar com as especificações corretas para chaveadas. Sim, se você não sabia que capacitores também possuem datasheet, aqui entra a parte onde você fica com uma novidade! Uma coisa ruim é que só vem com aquele conector PCI Express bipartido, onde é possível usar como +12Vcc AUX. Mas se você precisar tanto de um como de outro, vai precisar de um adaptador! Que chinelagem!

Para finalizar, as tensões mais comuns estão corretíssimas com a exceção da -12Vcc, que só vi fechar bonito até hoje em fonte de renome. Também tem a ponte de diodos parrudinha na entrada pra não dar gargalo, capacitores de respeito e cabeamento longo e de bitola expressiva para uma low cost. É uma fonte simples e robusta, fácil de dar manutenção e sem frescura. Vale o preço de mercado, tem bom acabamento e possui mais trato que as comuns.

Ah, agora as fotos estão melhores e serão postadas nuas e cruas.





















Ruminações do criador sobre suas criaturas

O então batizado de 'Projeto Labrador' se tornou um padrão imbatível na montagem de projetos para áudio, e dificilmente será deixado para trás, já que o padrão é altamente resistente, confiável e facilmente adaptável a diversas configurações. Sem falar na blindagem natural da caixa, que é altamente desejável em projetos sensíveis.

Alguns anos após a produção dos modulares, algumas questões que eu havia pensado na época voltaram a fazer sentido. Mas agora, com 6 módulos, algumas dessas ideias já se tornaram inviáveis ou dispendiosas, tanto pelo tempo quanto pelo (possível) custo embutido. Hoje fiz uma limpeza e organização do set e decidi registrar essas ideias.


Set atual (outubro 2017)

Pois bem, vamos dar nomes aos modulares, começando da esquerda para a direita e logo atrás, as duas caixas acústicas com o amplificador de potência.

1. PH'AMP v2 - Amplificador HI-FI para fones de ouvido (retorno) 
3. PKL2v1 - Monitor visual de ajuste de linha 
4. H2PV1 Home2Pro Limiter & Clear
7. HS-1875Mi - Amplificador de potência de alta fidelidade para monitor de referência

As caixas acústicas não entram para a lista porque não são feitas por mim, são caixas Toshiba de alta qualidade com madeira de verdade e peso. Comprei há alguns anos pelo Mercado Livre, paguei uma merreca e fiquei muito feliz com a aquisição. Elas tem uma tela frontal - tem fotos com as telas aqui - que eu retirei e guardei, porque acho mais bonito assim. 

Se você é uma pessoa atenta e já leu todas as publicações de projetos, pode estar se perguntando onde diabos se meteu o SLF2PRO. Pois bem. Além do fato de que eu não atualizei a publicação dele na época, o carinha foi retirado do set para melhorias e acabou não voltando mais porque eu não consegui aplicar essas melhorias. O gabinete era pequeno demais para o que eu pretendia fazer e o projeto original ficou estacionado até segunda ordem. O grande problema de eu ter tirado ele do set é que passei a ouvir clicks e coisas do tipo em horários de pico da rede elétrica local. Mas certamente que ele volta, numa versão muito mais inteligente e bonita.

Então, o que eu pensei em fazer na época e não fiz?

Fonte modular para alimentar todos os módulos: dessa forma, somente uma tomada AC seria necessária para ligar todos os módulos. Eu deveria ter feito isso, mas não fiz e hoje pago o preço por ter tanto cabo AC para ligar, fora a quantidade de trafo ligado desnecessariamente e a bagunça que fica até que a gente decide arrumar e 'fitar' tudo com velcro. E a manutenção seria descomplicada, já que teríamos apenas uma fonte para verificar. E outra: ainda fiz a grande burrada de optar por cabo de força PP tripolar do mesmo padrão da linha de informática, mais precisamente.

Pintura do gabinete: na época da produção do segundo módulo, eu pensei seriamente em tratar e pintar o gabinete metálico. Ficaria bacana, limpo e protegeria contra possíveis corrosões do material. O que eu fiz? Mais módulos sem pintura. Mas isso ainda posso fazer sem problemas, basta ficar dois ou três dias sem o set para que a pintura fique boa. Claro, incluindo o HS-1875Mi, que até poderia ter sido montado com a carcaça de uma fonte ATX pretinha, já...

Padronização de conectores: desde o primeiro módulo, fiz o possível para me manter num padrão de conexão RCA. Falhei. Isso se deve ao fato de reaproveitar muitas peças, de ficar com preguiça de sair para comprar e também de valorizar bastante meu dinheiro: se eu tenho P10, para quê gastar com RCA na loja? Enfim, esse pensamento me fez desviar do propósito de padronizar o RCA nos modulares. Mas também me fez poupar um monte de dinheiro e no final das contas, ter o projeto finalizado e funcionando perfeitamente. Sou radicalmente contra poupar dinheiro e esforços se isso vai conduzir a uma baixa qualidade de produção, mas se você for capaz de alcançar o mesmo objetivo sem gastar dinheiro com coisas que podem ser substituídas sem ônus, vá em frente.

Silk dos painéis frontais e traseiros: uma das coisas que mais sinto falta nos projetos. Não sei fazer e para fazer feio, deixo sem nada. Principalmente nos projetos onde se tem mais conectores e ajustes do que o de costume, fica complicado de entender sem saber como foi produzido. Assim como falei na segunda postagem sobre planejamento e execução de projetos DIY, 'seja saudável, também, na criação de silk e na adesivação dos painéis. Muitas vezes, o resultado desse trabalho falho não vale sequer o tempo que você perdeu. Então, na dúvida, crie painéis com indicadores e controles dispostos com alguma lógica visual. Mesmo que somente você entenda o que cada LED queira indicar, é mais elegante nada ter descrito num painel a querer arrancar os olhos com adesivações medíocres.'. Por isso não me meto a fazer o silk. Mas é uma das coisas que ainda posso fazer, basta tirar as medidas dos painéis e enviar para alguma gráfica com plotter. Quem sabe um dia?!


Modulares montados e funcionando

Bom, acredito que era isso. Se eu me recordar de mais algum ponto, atualizo aqui. No mais, o set ficou arrumadinho e limpo, com seu novo amigo L2 prontamente instalado. E sim, ali tem uma Xenyx Q502USB que eu recomendo muito a compra, se pretende iniciar um home studio.

Planejamento e execução de projetos DIY 2

Se você não leu a primeira parte do artigo, leia antes aqui

fonte: Internet
Como já falei um pouco sobre meus critérios técnicos de desenvolvimento dia desses, achei válido deixar registrado também meus critérios estéticos de desenvolvimento, na prática. Será mais uma postagem voltada para quem está começando no DIY - também para quem foi iniciado ou já é veterano, mas deixa a desejar em alguns pontos práticos - e costuma exagerar no visual dos projetos. Uma das grandes queixas minhas é a utilização desenfreada de LEDs de alto brilho, coolers desnecessários e microcontroladores para funções primárias que seriam facilmente resolvidas com CIs discretos. E outra, são tentativas falhas de criar silk para painéis dos projetos onde o resultado não vale sequer o tempo perdido. Na dúvida, deixe cru.

Painéis, controles e indicadores visuais

fonte: Internet
Tenho um senso estético bastante chato apurado e me incomodo facilmente com LEDs grandes e brilhantes em painéis que deveriam ser discretos e foscos. Me incomodo mais ainda quando as cores escolhidas são berrantes ou não fazem sentido. Tenho um cérebro bastante confuso. Penso que as cores devem fazer algum sentido com aquilo o que elas querem indicar. Principalmente se tratando de equipamentos de áudio, que geralmente são utilizados em locais com pouca iluminação - como salas de vídeo e entretenimento. Quando olho para algum equipamento de áudio, simpatizo quando os LEDs indicadores fazem alguma menção à função e mais ainda quando consigo linkar a cor com sua função. Sou daqueles que buscam projetos bacanas de serem vistos na Internet e que dedicam alguns minutos em leituras estrangeiras de grandes projetos.

Também me irrito facilmente quando vejo um painel muito bacana com knobs toscos, mal pensados e com cores burras. Pior ainda é quando tentam reaproveitar potenciômetros antigos com knobs mais modernos... Não satisfeitos com o carnaval, aplicam LEDs bizarros com cores diversas e com alto brilho. Fico imaginando a sala desses caras quando eles ligam os projetos: deve ser uma festa rave só.

fonte: Internet
Portanto, cuide bastante na escolha dos LEDs e de suas cores. Case as características de consumo e brilho, os formatos e leve em consideração todo o conjunto. Lembre que LEDs de alto brilho possuem um consumo bastante alto, principalmente se você vai montar algo que seja alimentado por baterias ou pilhas. E seja crítico consigo mesmo, busque inspiração em projetos pela Internet e vá aperfeiçoando suas técnicas e senso crítico. Seja saudável, também, na criação de silk e na adesivação dos painéis. Muitas vezes, o resultado desse trabalho falho não vale sequer o tempo que você perdeu. Então, na dúvida, crie painéis com indicadores e controles dispostos com alguma lógica visual. Mesmo que somente você entenda o que cada LED queira indicar, é mais elegante nada ter descrito num painel a querer arrancar os olhos com adesivações medíocres.

Microcontroladores

Já falei o que penso sobre essa molecada nova que transformou eletrônica em informática e não vou me repetir. Só vou acrescentar que, se você pretende aplicar microcontroladores nos seus projetos, que você os utilize sabiamente para funções avançadas. Nada de ATMEGA para piscar LED ou para temporizar relé. Tenha piedade daqueles que pesquisaram décadas até chegarem a acessíveis dispositivos programáveis destinados a funções avançadas. Deixe de preguiça e vá estudar eletrônica analógica também.

Se você pretende desenvolver projetos envolvendo lógica digital e controle de portas I/O com display e tudo mais, certamente vou lhe recomendar a aplicação de algum microcontrolador, escolhido de acordo com a sua aplicação. No mais, pense em soluções extremamente simples e eficientes utilizando apenas e boa e velha eletrônica analógica.

Coolers (ou FAN)

fonte: Internet
Nos primeiros projetos de fontes e amplificadores de potência, o cara fica meio confuso na escolha dos dissipadores de calor corretos para cada caso. Principalmente quem escolhe projetos mais complexos mesmo sendo um iniciante - meu caso, aos 14 anos de idade, ao escolher um amplificador transistorizado de 180W e fonte simétrica. Me lembro até hoje da peleja que era encontrar bons dissipadores de calor... Hoje é tudo mais fácil, temos muitas lojas físicas e sites dedicados que dispõem de quase todo material necessário para um bom projeto, fora as sucatas e as toneladas de lixo eletrônico disponíveis quase sempre gratuitamente. O caso é que, diferentemente dessa molecada de hoje, eu já sabia mensurar os dissipadores que eu precisaria utilizar caso a caso e somente utilizei coolers em projetos compactos de alta potência, como o PWA 5000 e o PWA700T, 500W e 700W classe AB de pura potência, respectivamente. E somente utilizei coolers por conta do espaço reduzido e por falta de um dissipador maior. É que, como fiz testes de carga máxima e os dois se mostraram grandes e calorosos amplificadores, não quis arriscar a dissipação passiva em dois equipamentos projetados para trabalho contínuo por horas em grande potência. Eis o meu respeito para com os componentes. Mas o que eu vejo por aí são projetos que dispensam por completo a dissipação ativa mas que, por alguma razão, os projetistas insistem em instalar coolers. E não ficam por aí: muitas vezes instalam coolers iluminados por LEDs, o que torna a estética ainda mais sofrível. Isso sem falar do consumo desses coolers, que pode chegar a 400mA! E antes que você fale do PWA 700T possuir um cooler medonho desses, se você puder ler toda a postagem vai entender a razão desse crime. O mesmo não ocorre no PWA 5000, que se utiliza de coolers discretos e devidamente instalados de forma harmônica e planejada, onde até a atuação (velocidade e acionamento de acordo com a necessidade) e direção do fluxo de vento foram pensadas. Isso garante a aplicação dos recursos e promove qualidade, um bom andamento do cronograma e a redução dos custos com dispositivos desnecessários.

Portanto, mais uma vez, seja crítico. Calcule as dissipações, trabalhe com gabinetes que promovam a troca de ar com grandes e inteligentes frestas de ventilação. Se realmente for necessário aplicar um ou mais coolers ao projeto, o faça de forma discreta e elegante. Se possível, controle esse cooler para que somente gire a 100% se realmente for necessário, otimizando o consumo de corrente, aumentando a vida útil do cooler e silenciando o funcionamento do equipamento. De preferência, crie um controle de velocidade baseado em eletrônica analógica. Você vai ficar impressionado com a facilidade de montagem de um circuito de controle de velocidade para cooler utilizando apenas componentes discretos.

Uma boa ideia é avaliar se seu projeto necessita de constante fluxo de ar. Vamos utilizar como parâmetro um amplificador classe AB de 250W. Potências de classe AB dissipam calor proporcionalmente ao volume de sinal em que estão operando. Se você pretende manter uma boa temperatura de trabalho interna, calcule a rotação desse cooler em torno de 20% da sua capacidade total. Quando o amplificador começar a aquecer, por volta dos 50ºC internos, calibre o circuito de controle do cooler para que libere a rotação a 100% para iniciar a manutenção da temperatura. Obviamente, quando esse limite for gradualmente reduzido, o cooler passará a girar em velocidade proporcional à temperatura medida, até chegar novamente aos 20% iniciais. Dessa forma, você mantém uma faixa de temperatura segura internamente tanto em baixas potências quanto em altas, pelo período de tempo em que o equipamento estiver operando. Lembre-se sempre de que a temperatura interna de trabalho deve ser observada, nunca permita que um amplificador trabalhe em altas temperaturas, mesmo que o limite do componente esteja dentro dos valores admissíveis. Quanto mais cuidados com seu projeto, mais qualidade você conseguirá. Logo, a durabilidade e a robustez serão pontos altos.

Dica quente: existem modelos de fontes ATX que possuem uma plaquinha dedicada ao controle do cooler que pode ser facilmente reaproveitada. Elas já vem com sensor e se utilizam da tensão de 12V fornecida pela própria saída da fonte. Basta conectar o cooler desejado, alimentar a plaquinha e posicionar o sensor no ponto crítico de aquecimento do seu projeto. Se quiser utilizar mais de um cooler ou um cooler mais parrudo, substitua o transistor/MOSFET original por outro que atenda a nova faixa de corrente. A faixa de atuação desses plaquinhas é muito desejável e você pode facilmente alterá-la se for necessário.

Em suma, vai reduzir espaço? Utilize cooler de forma inteligente. Tem espaço? Dissipe passivamente.

Conclusão

Seja o seu maior crítico.


Controlador PWM para cooler com sensor dedicado para GPU

Fácil montagem, excelente resultado e uma configuração prática e robusta para garantir silêncio durante o uso comum e alto rendimento quando necessário, a manutenção da temperatura do sistema se mantém estável e segura com o controlador PWM estendido

Pois bem. Há alguns meses, me despedi do meu Samsung RV415-CD3BR e iniciei a montagem do meu desktop. E na semana passada, durante uma session de CODMW 3, a máquina simplesmente se desligou, ficando com o LED POWER piscando. Na hora pensei na fonte, no nobreak, placa mãe... ao abrir o gabinete para verificar, notei uma temperatura muito alta, mas, aparentemente, dentro do normal para uma máquina de alto rendimento. Fechei tudo e voltei a session. Vinte minutos depois, blackout de novo... Só poderia ser calor, oras. Esse gabinete veio com um cooler frontal de 120mm x 120mm que mantive desligado até então por questões de ruído. Odeio ruído de cooler. Liguei esse cooler e também um outro que fica na parte de trás - veio num box Cooler Master Blizzard T2 originalmente, mas que eu substituí por um cooler fantástico retirado de um HP com controle PWM, para que haja menos ruído ainda. Essa troca será melhor explicada em uma nova postagem! Com os dois coolers ligados - e um ruído bastante alto - a máquina se manteve estável. Pronto, resolvido. Mas não! O ruído incomoda muito depois que se encerra a brincadeira. Porque o computador é como um amplificador classe AB: se você não exige dele, ele não vai aquecer muita coisa. E é por isso que eu odeio cooler. E sim, o que causou o desligamento da máquina foi a placa de vídeo sobreaquecida.

Pensei em várias alternativas comerciais para controle dos coolers, mas todas elas incluem aqueles painéis toscos e chamativos que tornariam meu gabinete sóbrio num carro alegórico. E se fosse para manter os coolers ligados a 100% permanentemente, seria fácil. E convenhamos, isso aqui é o diyPowered! Vamos montar um controlador PWM? Vamos.

A ideia básica já estava pronta: uma plaquinha PWM que retirei de uma fonte ATX que ficou guardada por anos. Só precisei trocar o transistor de potência original para que não houvesse problemas com a carga maior que eu colocaria na saída dele e pronto. Montei tudo numa caixa plástica de fonte chaveada, usei 3 terminais para conectar os coolers - dois terminais de 4 pinos e um de 3 pinos - e um LED vermelho discreto externo para indicar que há tensão no circuito. Também precisei alongar o cabo do sensor de temperatura para que pudesse chegar até a placa de vídeo. Montado o sensor delicadamente sobre o dissipador da placa de vídeo, fiz os testes num dia bastante quente e a temperatura máxima foi de 50ºC, o que pode ser considerado bom para um dia quente. A máquina se estabilizou dessa forma e após fechar a session, os coolers desaceleraram gradativamente até a temperatura cair. Perfeito!

Com o desempenho alto, todos os coolers aumentam o giro a 100%, mantendo o sistema muito bem ventilado. Do contrário, quando da utilização 'normal' da máquina, mal ouço os coolers. Tem foto? Tem sim!


Isso será organizado, foi montado assim mesmo na hora do teste

Cooler frontal original do gabinete (Cooler Master)

Teste de carga máxima (bem abaixo do limite)

Sensor afixado no dissipador da GPU

Vista do conector de força

A caixa plástica utilizada e o LED indicador de energia

Dissipador CPU e logo atrás, o cooler auxiliar (Cooler Master)

Retirada do transistor de potência original

Instalação do novo transistor de potência (TIP32)

Conectores para os coolers

Instalação do dissipador de calor (vista 1)

Instalação do dissipador de calor (vista 2)




** 02/11/2016

Verifiquei que o ponto de maior aquecimento da placa de vídeo é onde se encontra os reguladores e resistores. Reposicionei o sensor entre dois resistores de precisão e o funcionamento dos coolers ficou mais preciso. O dissipador não aquece tanto quanto eu pensava, em comparação com os reguladores/resistores. Depois dessa intervenção, após 3~5 minutos de Far Cry 3, os coolers estão girando a 100% e isso me faz muito feliz! É perceptível o calor que o cooler traseiro consegue colocar para fora do gabinete durante essa aceleração, o que torna o sistema eficiente e autônomo.

HS-1875Mi - Amplificador de potência de alta fidelidade para monitor de referência (HS-1875Mi Home Studio Reference Monitor)

Com uma configuração clássica, um gabinete robusto, componentes selecionados e uma montagem minuciosa, o HS-1875Mi é o melhor projeto de amplificador de potência de alta fidelidade já desenvolvido pelo diyPowered para aplicação de Home Studio

Surpreendente. Esta é uma das palavras que definem este projeto. Desde o início, procurei passar por todas as etapas com calma e atenção, prevendo cada possível retrabalho para que o resultado final fosse impecável. Tanto que esse projeto se arrasta desde julho de 2015... Muitas situações colaboraram para a demora na conclusão do projeto, o que, de certa forma, também colaborou para que cada detalhe tivesse a atenção necessária. É um projeto que me desperta bastante orgulho, tanto pela forma como foi conduzido quanto pelo trato e pelo resultado final. 

O coração do projeto

Sempre fui fã dos integrados LM para áudio. E em particular, do LM1875, um potente e robusto amplificador de áudio com baixíssima distorção - 0,015% em 8 ohms com fonte de +/-25V. Já apliquei o mesmo integrado em outros projetos, mas num monitor de referência com tantos cuidados no desenvolvimento, é a primeira vez.  Abaixo, algumas características do super CI.



Os números do LM1875 são excelentes, sua larga faixa de tensões de operação permite que seja perfeitamente implantado em inúmeras aplicações e seus poucos componentes externos promovem uma montagem simplificada, compacta e confiável. Também existem características de segurança como a corrente fixa na saída e os sensores de temperatura que protegem o componente de forma segura e eficiente.

Alterei alguns valores do esquema original do datasheet e modifiquei alguns componentes também, para que se adequasse ao meu projeto bastante específico. Claro que para obter os resultados prometidos pelo datasheet do CI, a montagem de todo o conjunto do projeto é quem manda. Ou seja, não adianta possuir um excelente circuito integrado se a fonte, os componentes e a própria montagem do conjunto não estiverem em perfeitas condições.

A fonte de alimentação

Minha busca desenfreada por qualidade e eficiência sempre me leva a desenvolver fontes superdimensionadas. E nesse projeto tão especial, obviamente que isso não mudaria. A fonte possui 17600MF de reserva em dois bancos de 8800MF cada - descontados os desacoplamentos e cerâmicos - em uma fonte simétrica de 25V + 25V 20V +20V x 5A. Exagerado, eu? Não. Tendo em vista que esse CI possui alta corrente na saída e ampla faixa de resposta com graves acentuados, uma boa reserva de potência e uma fonte com corrente sobrando não pode ser considerado um exagero. Mas cada um com a sua opinião, pessoal.

Na entrada de força, instalei uma chave de seleção de tensão, porque pretendo utilizar todos os equipamentos do Home Studio numa rede elétrica isolada e protegida - módulo isolador, trafo, nobreak, etc. - e pode ser que não seja 220V. Na linha, foram instalados filtros AC para matar as principais frequências e os transientes mais comuns, um fusível de proteção e conector de força para permitir a total desmontagem dos cabos, ou seja, até o cabo de força pode ser removido para transporte. Esse novo 'padrão' de montagem utilizando conector de força é muito vantajoso porque permite a manutenção sem maiores problemas, já que o cabo utilizado é o mesmo da maior parte dos equipamentos de informática, facilmente encontrado e com valor razoável.

Gabinete e montagem

Pela primeira vez utilizei um gabinete completamente metálico e integrado, com peças extremamente rígidas e pesadas. Os dissipadores laterais foram retirados de duas placas de vídeo, o painel frontal é parte de um case para HD de desktop e o 'miolo' do gabinete era a caixa de uma fonte ATX C3Tech de 350W. Por 'sorte', todas as peças possuem dimensões que permitem a montagem naquela configuração sem maiores problemas. Os CI's se encontram afixados e devidamente isolados, um em cada lateral. A dissipação do LM1875 é bastante alta e, por esta razão, os dissipadores escolhidos possuem área suficiente para não somente manter a faixa de temperatura de trabalho dentro de padrões seguros, mas também fixar um ponto final de aquecimento muito desejável. Sou meio chato com dissipação e não permito que projeto algum apresente componente com aquecimento demasiado. Geralmente monto peças em dissipadores generosos, que vão manter a temperatura pelo menos 20% abaixo do limite do componente. Não gosto de aquecimento. A premissa também vale para resistores A montagem do gabinete é integrada com todo o restante do projeto, conforme se vê no painel traseiro, onde todas as  demais peças são fixadas e concentradas numa só peça - a carcaça da fonte ATX. E ainda sobre os dissipadores, faz tempo que os guardo e, há algumas semanas, havia anunciado esse par na Lojinha diyPowered no Mercado Livre. Infelizmente dei uma judiada neles por não ter acondicionado corretamente, e alguns riscos podem ser vistos na pintura. Mas como o projeto do gabinete é para que se pareça mesmo com algo tosco e ao mesmo tempo elegante, algumas marcas de uso caíram bem.

O LED frontal é branco - e deu trabalho a escolha da cor - e também é fixado na mesma peça dos demais componentes. Seu brilho é conduzido para o painel frontal por meio de uma peça de acrílico retirada do painel de um roteador wireless há algum tempo. Foram criadas diversas capelas para evitar o vazamento de luz do LED, mantendo o brilho somente na direção que interessa. O aspecto final é muito interessante e bonito.

O acionamento do HS-1875Mi faz com que o LED frontal se ilumine lentamente, num efeito fade in muito elegante. Ao desligar o aparelho, o LED se apaga também lentamente, num efeito de fade out. Muitas cores e combinações de cores foram testadas até que o LED branco fosse definido. Um LED laranja quase foi o escolhido, por ter promovido um contraste muito interessante com o conjunto, mas o LED branco ganhou disparado desde o começo.

Muitos cuidados foram tomados na montagem desse gabinete, e um dos maiores cuidados foi a conexão comum dos circuitos, também conhecido como 'terra', 'GND' ou 'massa'. Todo e qualquer componente metálico não polarizado foi devidamente conectado ao ponto comum, tornando ágil e descomplicado o processo de aterramento do conjunto.

Soft start

Os LM1875 possuem um acionamento razoavelmente suave, mas o clique seguido de um estalo nos falantes até que o circuito se estabilize é inevitável. Por isso, optei por instalar um soft start. Dessa forma, ao acionar o aparelho, a saída somente é liberada alguns segundos depois da alimentação chegar aos CI's, tornando o acionamento completamente silencioso. O mesmo efeito indesejado pode ocorrer ao desligar a alimentação, e por esta razão, o soft start corta as saídas segundos antes de a alimentação baixar ao ponto de um possível clique ou estalo, comumente observado na maioria dos amplificadores de potência.

Painel frontal

A ideia básica era um módulo com controles passivos. Ou seja, nenhum ajuste seria adicionado ao aparelho, tornando um mixer ou um pré-amplificador o controle principal de volume, balanço, ganho e equalização. O HS-1875Mi não altera o sinal que recebe e possui equalização flat, o que torna a sua atuação mais perfeita ainda quando se trata de produção musical. A adição de qualquer componente entre a fonte de sinal e o amplificador pode alterar as características mais marcantes de qualquer produção, o que pode influenciar diretamente nos resultados audíveis na produção e no export do áudio tratado, quando reproduzido por outros equipamentos. Por esta e por outras razões é que foi definido desde o início do projeto que o sinal seria entregue diretamente aos circuitos sem quaisquer alterações.

Conexões

No painel traseiro existem todas as conexões do aparelho. Foi utilizado o padrão RCA para entrada de sinal e bornes de pressão para conectar as caixas acústicas. Também foi adicionado um conector P10 estéreo para conexão aos fones de ouvido que funciona de forma simultânea com caixas acústicas. É uma configuração pouco usual, mas muito útil quando se precisa ouvir algum detalhe para ajustar o melhor parâmetro final. Um fusível de proteção AC foi adicionado na linha de força para maior segurança de operação. Sem mais delongas, as fotos do projeto.


Painel frontal liso com somente o LED Power


Lateral 1 (dissipador meio judiado)

Lateral 2 (dissipador meio judiado) com LED apagado

Visão geral (LED apagado)

Detalhe do fundo: a furação do cooler da fonte ficou para baixo (o projeto
é fanless e essa furação é original da carcaça da fonte ATX)

Painel traseiro completo (dois furos em cada dissipador é coisa de
uma tentativa de uso anterior que deixou essa 'avaria')

Também editei um pequeno vídeo para demonstração da atuação do LED Power, que possui efeitos fade in/out que conferem um visual bastante sofisticado e elegante ao conjunto. Posto a seguir.




** 27/06/2016

Caixas acústicas recebidas e testadas. A audição é surreal, sonoridade pura e enfática, grande presença em uma gama de frequências e um áudio final extremamente agradável. Seguem as fotos das caixas montadas durante a audição.







Log do projeto

Monitor de referência
SCH/PCB
  __________ 100%   |   HARDWARE  __________ 100%
   |   TESTE  __________ 100%

01/07/2015 - Esquema elétrico definido
04/07/2015 - Design das placas e do gabinete iniciado
13/07/2015 - Gabinete definido e iniciado processo de furação
14/07/2015 - Cotação de componentes e ajuste fino do esquema elétrico
18/07/2015 - Planos alterados para o gabinete...
22/07/2015 - Definições para o novo gabinete envolvendo parte do projeto
06/08/2015 - Aquisição de duas caixas acústicas
22/10/2015 - Projeto ficará estacionado durante algum tempo por falta de tempo para conclusão mas será retomado em breve

04/03/2016 - Projeto retomado!
04/03/2016 - Gabinete totalmente novo em montagem final, totalmente metálico com grandes dissipadores laterais e um visual muito autêntico; o esquema elétrico segue o mesmo com algumas diferenças quanto ao setor da fonte; iniciando definições do painel frontal
05/06/2016 - Furação do gabinete para fixação dos dissipadores; furação do painel frontal; gabinete concluído para iniciar montagem dos componentes; soft start montado e testado
06/06/2016 - Conexões elétricas finalizadas e fixação do trafo; iniciada a montagem da fonte; componentes da potência adquiridos (em trânsito) e projeto praticamente em fase final
07/06/2016 - Fonte montada, afixada e testada; soft start e bornes das caixas acústicas afixados no gabinete; 17600MF totais de reserva de potência - 8800MF x 2, fonte simétrica - foram disponibilizados para grandiosos graves e linha contínua com grande poder e limpeza; aguardando a chegada dos demais componentes para finalização do projeto e início dos testes
08/06/2016 - Peças recebidas; montagem das potências e fixação dos conjuntos nos dissipadores; cabeamento interno para alimentação e saída da potência; conexões internas
09/06/2016 - Primeiro teste com carga para ajustes e testes de estabilidade; utilização de conectores para conexões internas em vez de soldagens para facilitar o acesso em futuras manutenções; pequenos ajustes de sinal
10/06/2016 - Fixação de outros componentes internos; ajustes finos no esquema original para mais pureza do som; definida conexão P10 para entrada de sinal
11/06/2016 - Tratamento e finalização do painel frontal com montagem teste de todo o gabinete; fixação e organização do cabeamento interno; alteração do projeto: conexão P10 estéreo não será entrada de sinal e sim saída para fones de ouvido; entradas de sinal utilizando par de RCA padrão; testes de audição com falantes provisórios muito surpreendentes após afinação do circuito e adição de novos 'no-pop/click' e desacoplamentos inteligentes; soft start atuando com perfeição; projeto segue para finalização, onde maiores testes serão efetuados
12/06/2016 - Teste de aquecimento e verificação de pontos de conexão; verificação das tensões; capela montada para evitar vazamento de luz por trás do LED, pelas laterais e pelo campo do acrílico, tornando a condução de luz eficiente e perfeitamente centralizada no centro do acrílico do painel frontal; fixação dos pés de apoio; montagem final com perfeito encaixe de todas as peças, aguardando chegada das caixas acústicas para testes finais
20/06/2016 - Antecipando a postagem de registro do projeto: http://diypowered.llucastoledo.com.br/2016/06/hs-1875mi-amplificador-de-potencia-de.html e ainda aguardando a chegada das caixas acústicas
27/06/2016 - Caixas recebidas, conectadas e ouvidas. O resultado é fantástico!

** 08/11/2016

O trafo morreu. O projeto original usa um trafo de 16V + 16V x 5A. Na montagem, usei um trafo de 15V + 15V x 3A e depois de alguns meses, após um pico de sinal, morreu junto com um dos canais. Tive que trocar o CI do canal esquerdo, o trafo e o driver do soft start. Aproveitei para alterar a ponte da fonte, fixando a original de 6A. Ficou muito bom, tudo funcionando redondamente e com mais carga disponível. Tive que praticamente refazer o soft start, mas deu tudo muito certo. O trafo, assim que eu me lembrar do fabricante, posto sobre minha experiência com um grande produto nacional. Sim, acho que você deveria pesquisar e estudar mais sobre as produções nacionais antes de colocar na estante os produtos importados e se fechar para qualquer outra proposta.

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