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Multi-function Tester TC1 - o testador de componentes chinês é bom?

Session. Bacanas essas session, não é?!

Esse aí é um testador de componentes chinês bem bacana, numa versão mais PRO com bateria interna recarregável, tela colorida e um range bem interessante de medição para vários componentes. Antes desse aí, eu usava uma versão mais antiga que vinha desmontada com uma carcaça de acrílico transparente e utilizava uma bateria de 9V. E ele ainda existe.

Não tem muito o que dizer sobre esse testador: você coloca o componente no borne inferior e aperta um botão. Pronto. Simples assim. Essa versão também tem um testador de IR para controles remotos que não tive a oportunidade de testar ainda. Pra quem trabalha com potência e componentes críticos, é excelente porque dá detalhes importantes além do valor. Também mede e testa muito bem transistores, MOSFETs, diodos (esse mais novo testa até zener) e praticamente qualquer componente que não seja um circuito integrado. 

Você pode comprar direto da China ou se tiver com pressa, direto pelo Mercado Livre por R$ 176,12 + frete para sua região - valor em 18/05/2021. Vale o investimento? Sim, se você realmente precisa do equipamento.
 
 

Acessórios que acompanham o testador

Teste iniciado

Resultado do teste de um LED

Bem compacto

Sendo carregado (LED fica verde ao final)

 

Impressora laser HP P1005 - placa lógica não funciona USB (Windows não detecta conexão USB)

Session.

Esse é um dos maiores (e dos poucos) problemas com essa impressora: você liga ela, conecta à USB do computador e... NADA acontece. Nem um dispositivo desconhecido nem nada. A solução é trocar a placa lógica, né. Mas antes, vamos tentar isso?

1 - Ressolde todos os componentes da linha da USB (aquele CI pequeno ali é campeão de solda fria)
2 - Teste.
 

 
Funcionou? Pronto, monte a impressora e seja feliz.

Não funcionou? Tem mais uma coisa que você pode fazer antes de comprar uma placa nova.

1 - Substitua o CI L1117 (regulador de 3.3V)
2 - Teste.
 

 
Funcionou agora? Pronto, monte a impressora e seja feliz.
 
Eu não tinha em bancada o original L1117 (1A) mas tinha o UZ1086 33 (1,5A) que é pino a pino compatível. Essa placa já foi reparada antes, como você pode ver, e colocaram um regulador diferente, com menos de 1A de corrente, o que causou aquecimento forte na placa. Também teve uma mão suína ali, porque as trilhas estão detonadas.
 
Não funcionou? Melhor comprar uma placa nova porque (1) seu cliente tem pressa e (2) você não tem tempo a perder.

É isso. Antes de sair trocando placa, tente o reparo. É mais barato, é sustentável e é divertido pra quem gosta de um desafio. Boa sorte!

Como instalar um alerta sonoro de farol aceso no carro? Esquema fácil e elegante!

Se ainda não aconteceu com você, provavelmente ainda vai: esquecer o farol/luz de posição acesa e deixar o carro por horas na rua. Essa é a segunda vez que me aconteceu, na verdade, e ainda não consigo entender o porquê de os projetos nas montadoras ainda não seguirem um padrão de corte geral no carro quando a chave é removida. Mas enfim. Vamos ao que interessa, então.

Aplicação prática

Esse esquema elétrico deve ser compatível com pelo menos 90% dos veículos, chutando alto. É simples, pequeno e não onera em nada a carga da bateria. E o mais importante:

Antes de qualquer coisa, tenha muito cuidado ao realizar qualquer tipo de reparo, instalação, alteração ou quaisquer tipos de intervenções em equipamentos elétricos, mecânicos ou eletrônicos. Primeiramente, pela sua segurança. Não me responsabilizo por quaisquer prejuízos sofridos por você e/ou por terceiros. Faça por sua própria conta e risco.

O princípio de funcionamento é bem básico

Possui zero consumo de stand by: o circuito só estará energizado se você ligar o farol ou a luz de posição;
É seguro: está protegido pela mesma linha de fusível da chave de faróis;
Circuito inteligente: possui conexão ao ACC para saber se a chave está ou não na ignição.

Com a chave de ignição fora, se você ligar o farol, o alarme vai soar de forma ininterrupta até (1) você desligar a chave do farol ou (2) até você colocar a chave na ignição e girar no primeiro estágio (na maioria dos carros, senão, no segundo). Se você tirar a chave da ignição e mantiver o farol aceso, o ACC da ignição será cortado e o alarme vai soar novamente. Simples, né? Mais simples ainda é esse circuito, olha só.
 
Clica em cima que amplia
 
Essa é uma versão beta, vamos dizer. Montei hoje, mais ou menos na correria pra testar a teoria e deu tão certo que já até fiz o esquema elétrico pra postar. Vou instalar em breve no carro, mais adiante vou gravar um vídeo demo pra mostrar o funcionamento e o som que ficou bem bacana e de certa forma, exclusivo pra esse sistema. Se você for mais esperto na eletrônica, vai notar que o princípio do circuito é quase o mesmo do LED sinalizador de painel residencial ou automotivo, um circuito muito bacana e simples que pode ser implantado em vários projetos.

Basicamente, é isso. Não tem muito o que dizer sobre o projeto, é o que é. Lembrando que:

- Resistores podem ser dos menos potentes, até em SMD dá pra montar esse circuito
- Capacitores devem ser de pelo menos 16V, sendo que o ideal é 25V (de boa qualidade, obviamente)
- O BC337 que tem na base escrito NC é não conectado, pode até arrancar esse pino de base se quiser
- O capacitor de 47uF em paralelo com o buzzer pode ser alterado ou até omitido, e isso afeta drasticamente a forma como se ouve o alerta (sem ele parece um grilo e nesse valor fica bem bacana) enquanto que alterações de valor no capacitor de 470uF afetam o tempo de ação do tom
- É possível alterar tanto o resistor de 4,7k quanto o capacitor de 470uF, bem como o de 47uF para encontrar tom, tempo e características que agradem mais a você (isso é uma das partes bacanas do projeto: a coisa pode se tornar exclusiva para o seu carro)
- O buzzer deve ser de 12V e possuir oscilador interno (a frequência dele varia de lote para lote, por isso você deve experimentar o valor do capacitor em paralelo com ele para modular o tom a seu gosto)
- O optoacoplador admite equivalentes e o circuito deve funcionar com praticamente qualquer modelo desde que respeitados os pinos
- O circuito foi desenvolvido utilizando uma tensão nominal de 12,6V (que é a tensão apresentada numa bateria saudável com o carro desligado) e o tempo de ação do tom depende da tensão aplicada
- Quanto maior a tensão aplicada na entrada, menor o intervalo entre os tons
- Se você utilizar um buzzer de 5Vcc - é seguro porque o resistor de entrada limita a corrente - o tom será mais alto (optei pelo de 12Vcc para não ficar tão alto)
 
Aplicação em veículos com diferentes tensões de trabalho
 
Embora tenha sido desenvolvido para trabalhar em 12Vcc, é possível aplicar o circuito em diferentes tipos de veículos. Para tensões maiores que 12Vcc, como baterias de 24Vcc ou associações, aumente proporcionalmente os valores dos seguintes componentes:
 
- Resistor de 4,7k (por exemplo, para 24Vcc utilizar 9,2k ou 10k para ficar mais fácil)
- Resistor de 22R (por exemplo, para 24Vcc utilizar 47R)
- Resistores de 10k (por exemplo, para 24Vcc utilizar 22k)
- Resistor de 1R (por exemplo, para 24Vcc utilizar 2,2R até 4,7R)
- Tensão de trabalho dos capacitores deve ser pelo menos 50V
- Buzzer deve ser compatível com a tensão de trabalho (por exemplo, para 24Vcc utilizar buzzer para 24Vcc - ou de 12Vcc se quiser um tom mais alto)
 
Quanto ao gabinete que você for usar, recomendo a selagem do circuito com o componente de sua preferência - epoxi é uma excelente opção - para evitar umidade e danos pela vibração natural do ambiente. Pode ser montado P2P (ponto a ponto, sem placa) numa configuração compacta, com placa padrão ou ainda em placa com um layout totalmente SMD, tornando o projeto o menor possível. Não tem erro. Boa sorte!

** no começo do vídeo falo 'FIO VERMELHO: GND, MASSA, NEGATIVO' mas o correto é 'FIO PRETO: GND, MASSA, NEGATIVO'.




** 12/06/2021

Observações sobre a montagem final:

Utilizar outros transistores NPN diferentes do BC337 altera o funcionamento do circuito. O ganho é algo importante para que tudo funcione corretamente. O NPN responsável pela ação do ACC pode ser qualquer um de mesmas características, mas aconselho manter o BC337 na seção do atuador. Meça os componentes antes de montar, se certifique de que os valores estão corretos, principalmente os capacitores.


** 20/10/2023

Uma observação para tornar a montagem mais elegante ainda é alterar o resistor de 4,7k para 1k, o de 22R para 10R e depois do diodo 1N4007 que traz os 12V da chave do farol, adicionar um regulador 7805 ou 7808 para regular a tensão. Isso ocorre porque a frequência do toque é alterada de acordo com a tensão aplicada na entrada - a tensão da bateria pode variar - e regulando-se essa tensão 'referência', o toque será modulado perfeitamente, permitindo customizações mais agradáveis.

Salvando seu atendimento de hoje: driver, utilitário e tutorial de instalação Gertec G250

Ainda não entendo como pode um fabricante em terras brasileiras lançar um produto e esconder o software. Esse é o caso da Gertec com a sua G250. Você não vai encontrar facilmente esse driver por aí, assim como muitos colegas da área passaram aperto em atendimentos envolvendo esse modelo, que é bem recente.
 
Sem mais delongas, vou disponibilizar aqui no Drive para que você não passe mais aperto quando precisar reinstalar essa impressora, que por sinal, é muito boa.

Baixe aqui o driver, utility e tutorial de instalação da Gertec G250 ; ) Se encontrar alguma dificuldade no download, deixa um comentário aqui que respondo todos!

Fonte ajustável com duplo LM317 (quando não tem transistor em bancada pra montar booster!)

Session.

Dia desses precisei de uma fonte com precisos 20V que fornecesse 2.6A de pico. Simples, não é? Basta pegar um LM317 e colocar um transistor PNP parrudo formando aquele booster de corrente esperto e famoso. Mas faltou esse PNP parrudo e eu realmente tinha pressa em resolver isso. Solução rápida e cara: usar dois LM317 em paralelo para formar um booster mais especial.

Não é a solução mais elegante e nem de longe, a mais barata. Mas quando a situação requer uma solução rápida é que se revelam grandes ideias. Funciona perfeitamente sem qualquer problema, consegui alimentar a placa para verificar um reparo com sucesso e, de quebra, ainda coloquei em prática essa gambiarra ideia que tenho há muito tempo - que alguém por aí já deve ter tido algum dia. A vantagem é que você tem todas as proteções do CI ativas sem nenhuma modificação direta no esquema, é literalmente dois LM317 trabalhando como se fossem um só.

Só um aviso: se não tiver um dissipador parrudo, você precisará de um cooler para forçar a ventilação. O conjunto aquece bastante a partir dos 1,7A e sabemos que circuitos integrados reguladores não gostam de trabalhar muito quentes. Gostei tanto dessa solução inusitada que talvez até aprimore esse circuito aí, vamos ver.
 
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Fonte (PSU) ATX HIPRO HP-D2537F3R

Session.

Essa aqui é para registrar minha adoração por bons projetos. Essa fonte é de um cliente que veio para manutenção (não na fonte) e como sou chato, sempre abro a fonte para verificar possíveis capacitores estufados e também para limpar o cooler. Às vezes troco o cooler, quando realmente não tem mais jeito. E vendo essa fonte por dentro, não resisti e tirei algumas fotos pro site. 

Pesquisei bastante mas não encontrei nenhum site que falasse da fonte, somente e-commerce em geral e Mercado Livre. Não vou me aprofundar nem analisar tecnicamente o projeto dos caras, mas olhando de perto é inquestionável o cuidado, a disposição das peças, o filtro AC na entrada, os triplos acopladores ópticos, os capacitores escolhidos (sim, se você não sabia dessa, até capacitores possuem datasheet e aplicações específicas para cada situação) e a própria carcaça, resistente e bem montada. Não há dúvidas do quesito qualidade da montagem.

Também vale ressaltar o tamanho dos dissipadores, o trato na escolha dos transistores (parrudos) e no geral, achei um excelente projeto. Esse cliente liga a máquina DIRETO NO 220V há muitos meses, e nunca teve problemas com essa fonte. Nas poucas referências que encontrei, a HIPRO é reposição para desktops HP. Ou seja, confirmada a informação, se a HP usa não pode ser um projeto low cost, concorda?!







Controle remoto do Chery QQ 2011/2012 (S11) pisca LED mas não aciona travas e central de alarme

Depois de algumas investidas DIY no sapinho, estive lutando nesse controle quando ele passou a dar umas rateadas na hora de acionar a central. É um circuito bem simples, sem muita frescura - como o próprio carro - e eu não conseguia entender o porquê de ele oscilar mas não enviar sinal corretamente pra central.

Quando comprei esse carro, achei estranho terem colocado duas baterias no controle remoto, CR20XX não me lembro, mas é das mais fininhas. Pensei que fosse preguiça da ex-dona de resolver o problema da folga e do mal contato da bateria, eliminando um espaço entre a placa e os contatos com outra bateria. Sem falar que estava mascarando um defeito ao alimentar com 6V um RF projetado para operar com 3V. Mas não era preguiça. Já tinha esse problema crônico. Hoje, finalmente consegui deixar o carinha afiado e funcionando até de longe.

Não vou me aprofundar nem entrar no beabá do RF, mas quem entende um pouco de eletrônica sabe que em áudio e RF a qualidade da alimentação é fundamental para que o circuito funcione como o esperado. Nesse caso aqui em especial, colocaram um LED vermelho que pisca quando você pressiona uma das teclas. Antes de sair trocando o transistor R25 e medindo todos os capacitores, decidi simplesmente testar esse controle com mais corrente, mantendo a tensão. Fiz o teste utilizando uma célula de lítio com carga de 3,2V (2,2A) e o RF acionou a central normalmente com apenas um toque sutil nas teclas. Ou seja, alguma coisa estava 'roubando' corrente do CI, tornando a oscilação fora de padrão e interferindo na transmissão. Um adendo aqui: não sou especialista em RF, nunca trabalhei com radiofrequência aplicada, nunca fui um entusiasta da área; apenas conheço os conceitos e procuro aplicá-los da forma correta. Quando falta informação, tem a internet. Não pretendo transformar esse assunto num debate de clubinho.

Antes disso, fiz um reforço com fio de cobre pra antena desse controle, que nada mais é do que uma trilha mais grossa que quase faz uma volta completa em uma das faces da PCI. Mas o que efetivamente funcionou foi retirar da placa o resistor de 1k (R6) em série com esse LED vermelho. Toda a corrente e tensão da CR2032 foram dedicados ao CI que instantaneamente passou a funcionar como deveria. Fiz testes de muito longe, dentro do possível que meu pátio permite, e o controle acionou a central de forma eficaz e sem rodeios mesmo com toques curtos e breves. Antes dessa descoberta, pensei serem os botões o problema, mas descartei logo que fiz testes de continuidade neles. Estavam perfeitos. Era um saco quando o controle resolvia não funcionar o destravamento das portas. Muita força a troco de nada, como quando as pilhas do controle remoto da TV ficam fracas e a gente aperta mais forte como se isso fosse resolver alguma coisa. Casa de ferreiro...

Nunca entendi esses LEDs em controles de RF. Acho desnecessário e cruel para quem precisa ficar trocando essas CR2032 de dois em dois meses. Quando tinha moto, instalei o alarme dela e os dois controles (o de presença e o comum) tinham LEDS AZUIS! Uma piada, consumiam muitas pilhas ao ponto de eu só usar o de presença escondido comigo e deixar o comum sem pilha preso ao chaveiro pra entregar a um possível vagabundo que pudesse levar a moto num assalto.

Então, se você tem um QQ ou um outro veículo que possua controle remoto com LED, recomendo fortemente desativar pra economizar pilhas. E em alguns casos, também pra manter o RF redondinho. Cada caso é um caso, mas vale a pena avaliar se é possível desativar o LED sem prejuízo do funcionamento do circuito. E vale mais ainda a dica para quem pretende levar o controle pra conserto nesses chaveiros de esquina, que vão cobrar um monte de dinheiros de você e que talvez nem consigam resolver seu problema. 

Detalhe do resistor R6 retirado

Decidi manter o reforço da antena


Polimento de farol Chery QQ3 1.1 16V 2012 - como polir em casa

O tempo é o dono deste humilde e simplório site. Quando o diyPowered foi criado - lá em 2012! - a ideia era apenas e tão somente registrar meus projetos para mim mesmo. Depois, passei a escrever artigos sobre DIY, como iniciar um projeto, planejamento... ainda iniciei artigos com dicas de reparo, criei o Drive para compartilhar materiais de difícil acesso e até alguns projetos foram disponibilizados para quem quisesse produzir em casa - como o pisca alerta para moto, que até hoje tem downloads astronômicos.

De alguns meses para cá, passei a falar sobre o sapinho da Chery, o QQ. Chamo o meu de sapinho porque além de todas as características, ele ainda é verde. É um carro que me desperta muita curiosidade, e como entusiasta automobilístico não-boçal e não-clubinho, venho eu mesmo realizando várias manutenções em casa. Algumas, apenas estéticas - como as luzes dos controles dos vidros que ficam nas portas e não possuem os LEDs de fábrica. Hoje quero compartilhar um achado muito simples e funcional para quem tem farol 'de plástico' que já está embaçado ou amarelado pelo tempo. Lembrando que farol em perfeito estado de funcionamento (não basta acender, tem que iluminar!) é item de segurança obrigatório previsto em lei. E para os fora da lei, digamos que é importante para a sua condução em segurança, mané.

O produto é o Limpa Farol da PROAUTO, vem numa bisnaga de fácil aplicação e o resultado é excelente. Comprei para testar, sem acreditar muito que fosse dar um resultado bom. Mas como o farol estava muito opaco, qualquer melhoria seria bem-vinda. Apliquei conforme manda o fabricante, esperei os dez minutos e fui polir. Meu polimento foi à mão mesmo, sem ferramentas, com muita paciência e força.

A primeira aplicação deu muita diferença. Mas como sou xarope, lavei os faróis, aguardei secar naturalmente e reapliquei o produto em seguida. O resultado final foi surpreendente, realmente o farol ficou claro. O feixe do bloco ficou exatamente como deveria ser.

Não é jabá. Só quero compartilhar essa solução fácil com quem não quer gastar muito para ter um resultado bacana em casa mesmo. E antes que digam, não: a opacidade do farol não voltou após uns dias. Faz mais de dois meses que apliquei o produto e o farol ainda é o mesmo. Sobrou bastante produto ainda no frasco, caso seja necessário reaplicar. Sai mais barato do que fazer nessas botiques automotivas e mais barato ainda do que trocar os dois blocos ópticos.


Antes da aplicação

Detalhe do farol após a aplicação

Uma observação aqui: o carro já veio com essas lâmpadas brancas horríveis que pretendo trocar tão logo. Detesto farol branco, a menos que seja de fábrica. Quem é motorista raiz sabe que a visão humana interpreta e identifica de forma mais inteligente objetos refletidos por luzes amareladas quando comparado às luzes brancas. Ou você acha que as rodovias são iluminadas com lâmpadas amarelas à toa?!

Problemas com áudio (headset e caixas de som) via bluetooth no Windows 7

Setup de áudio do Windows 7
Não vou me estender na postagem porque a Internet já está saturada desse tema e poucos caminhos levam o bom internauta até o que interessa. Tenho uma licença do saudoso Windows 7 que não pretendo parar de utilizar até que ele se torne tão obsoleto quanto o XP. E também tenho headset e caixas de som bluetooth que se recusam a funcionar nele.

Baixe os drivers CSR de acordo com a arquitetura da sua cópia do Windows, extraia os arquivos e ao invés de mandar o Windows buscar o driver automaticamente dentro da pasta, utilize aquela velha conhecida opção 'com disco'. Senão não vai funcionar. Boa sorte!

Instalando LEDs nas portas do QQ (painel de controle dos vidros)

Outra session.

Recentemente descobri que NENHUMA das portas do QQ possui iluminação nos controles dos vidros - não sei o nome correto, então vamos chamar de painel das portas - e acabei buscando por aí mais informações sobre o carrinho. Achei um fórum onde alguém desmontou esse painel (do lado do motorista) e encontrou uma placa já com todas as furações e pronta para instalar os LEDs. Mas por que a Chery não fez isso na fábrica, gente?! Uma mísera economia de um punhado de LEDs e resistores... Obviamente que se trata de uma vaidade, um plus, uma besteira, mas enfim. Depois da minha grande decepção com o acabamento (ou a falta dele) de um Onix Joy ZERO, essa questão dos LEDs do QQ fica distante de ser relevante.

Resumindo para não ficar chato: é muito fácil mexer nesse carro, é literalmente um fusca chinês. Um único parafuso prende esse painel à porta, o resto é encaixe. Desmonte tudo com muito cuidado para ter a placa na mão. Depois, não tem erro: solde LEDs de alto brilho de 3mm (escolhi verdes, mas dá para usar qualquer cor) e resistores entre 330R a 560R de acordo com esses LEDs - não precisa ser resistor SMD, pode ser daqueles bem pequenos, menores que os de 1/8W que cabe tranquilamente na hora de fechar o conjunto. Monte tudo de novo com o mesmo cuidado e pronto. 

Esses LEDs da porta variam o brilho juntamente com as luzes do painel de comandos central e backlight do display, ajustando ali naquele potenciômetro que fica ao lado da chave do farol.

Para colocar nas outras portas, o processo é o mesmo, mas requer mais habilidade porque é preciso dessoldar o conector da placa. Isso se faz necessário porque o resistor que você precisa adicionar fica embaixo desse conector. 










 


Como instalar sirene (ou buzina) na central de alarme do Chery QQ

O título dessa postagem é exatamente (ou quase) o termo de pesquisa mais digitado pelos donos dos QQ's. Mesmo com toda economia do projeto desse carrinho (e olha que fizeram milagre) ainda tinham que tirar a sirene do alarme??! Mas vamos lá porque não tem mistério nisso, mas não quer dizer que você não terá que meter a mão e fazer você mesmo. 

Há duas maneiras de se fazer isso. Uma, a mais simples, é utilizar uma sirene padrão comercial dessas de alarme residencial, que custa muito barato e tem o range de operação entre 8V e 14V, normalmente. E também possuem consumo bem baixo, visto que se trata de um oscilador bem básico. A outra maneira de se fazer, mais complicadinho embora mais eficiente e profissional, é utilizar a própria buzina do carro para efetuar o disparo. 

Morri procurando na internet sobre isso, entrei em fóruns pra saber se alguém tinha falado sobre, ou se alguém já havia descoberto uma maneira prática e rápida de matar essa coisa do alarme mudo. NADA DE CONCRETO.  Como somos diyman e não desistimos quase nunca, lá fui eu meter a cara por baixo do painel e localizar a central. Com a central localizada, procurei os fios que vão pra seta durante o disparo do alarme - use um multímetro, de preferência, e acione o pisca alerta ou o próprio alarme para identificar os fios.

A central do QQ 2011/2012 fica por baixo do painel, à direita do volante, fixada na barra lateral do console. Não tem erro. Bem na parte de baixo do chicote maior, há dois fios azuis que acionam as setas. Escolha o de mais fácil acesso e corte - se você for um ás e quiser desmontar o frame do painel, a central fica na sua mão e facilita. Coloque um diodo 1N5408 com o terminal marcado para a saída da seta, ou seja, fluindo positivo para o fio que você cortou. Na extremidade que ficou pro chicote, solde um fio que será o positivo da sirene. O negativo da sirene você pode pegar de qualquer parte metálica do carro, que tenha contato com a massa. Nem preciso dizer que tudo deve ser soldado e isolado, né? De preferência, use também um espaguete termorretrátril para deixar tudo lacrado e com cara de coisa bem feita. 

Se tudo correu bem até aqui, escolha onde fixar a sirene, finalize as conexões e teste. Claro que nesse caso a sirene não ficará disparada permanentemente, ela dependerá das piscadas das setas no disparo. Soa intermitente. Fica excelente e é o jeito mais fácil de dar voz ao alarme. 

Antes que você pergunte o porquê desse diodo: se você achar que não precisa, todas as vezes que você acionar seta, a sirene vai soar. É para evitar o retorno de alimentação da seta, fazendo que a sirene soe apenas por acionamento da central. Simples e eficaz.

A outra maneira de se fazer isso utilizando a buzina do carro, requer um relé para trabalhar e não recomendo que seja feito de outra forma. A base é a mesma mas ao invés de ligar a sirene, você vai ligar o relé. O resultado é o mesmo: a cada piscada das setas, um toque na buzina. Claro que você terá que puxar um positivo pro contato do relé e do relé, um fio para a buzina. Não tem erro. Se você optar por fazer assim, sugiro fortemente que proteja a linha da buzina e relé com fusível. Ou até, compre uma buzina mais parruda que a do QQ e dedique somente ao alarme. Fica pro!

Mais adiante eu posto esquemas, mas com essas informações, acredito que já seja uma luz pra você. Acabei não tirando fotos na hora de soldar o diodo na central, mas nessa instalação, a sirene ficou por baixo do capô, fios passando por baixo do volante.

Boa sorte!

** 19/12/2019

Esquema elétrico da adaptação para o alarme no QQ 2011/2012 ter sirene ou buzina. Também segue esquema extra para instalar em veículos onde o acionamento da buzina é negativo.

Clica que amplia!
 
 

Semp Toshiba modelo TV2122(O)FS U-19 - daqueles achados que emocionam!

Mais uma pescada no OLX: um TV Semp Toshiba TV2122(O)FS U-19 das antigas, bruta, feita pra durar por um sábio engenheiro numa empresa séria. Essa joia aí eu encontrei passeando pelos anúncios do site, de curioso. Me divirto bastante no OLX, assim como já me diverti muito no Mercado Livre - que morreu, na minha opinião, depois de tanta treta e acréscimos.

O defeito dela é um clássico: listras na parte superior da tela. Quem é raiz já dá orçamento sem sequer abrir o aparelho porque não tem erro: é sempre a mesma coisa. Ainda não vi nenhum televisor com esse sintoma apresentar outro tipo de defeito além daquele capacitor eletrolítico ali do vertical. É claro que você vai verificar todo o setor para garantir que nada mais está fora do comum, mas o que vai resolver o problema de vez é a troca desse carinha. Geralmente é um eletrolítico de 100uF, mas podem ocorrer variações de modelo para modelo, de marca para marca... O ideal é fazer o serviço direito e já conferir se tem solda quebrada ou em processo de quebrar, se há algum outro eletrolítico com problemas (que dê pra visualizar: estufado, vazado, etc), dar aquele talento na poeira e não ser chinelão. 

Para minha feliz surpresa, não há qualquer sinal de que o aparelho já tenha sido reparado nesses anos todos de vida. Nenhuma solda nova, nenhuma marca de chave ou coisa assim. Os parafusos do gabinete pareciam novos, tive que fazer força pra dar o primeiro giro: torque de fábrica. Fiz a troca do capacitor (100uF x 35V), reforcei a solda num resistor de HV que estava quebradiça devido ao tempo de uso e o aquecimento natural do componente, limpei a placa toda e o gabinete por dentro. Deixei o TV ligado por cerca de três horas e a imagem surpreende em qualidade! Só vi qualidade de imagem igual aos tubos em plasma ou esses novos LCD 4K fodidos de caros e descartáveis. Mais um TV livre do consumismo disparado! Tenho outro TV de tubo em casa, um CCE excelente também 21" tela plana - que uma única vez apresentou oscilações nas cores e que resolvi com simples ressoldas! - e não pretendo mudar para o LCD enquanto houver tubos no mundo!

A barbada: paguei $40 nesse aparelho, troquei um capacitor de $0,50, ressoldei um resistor e limpei tudo em menos de uma hora. Quanto você acha que um técnico de eletrônica me cobraria para fazer o mesmo? Se é que faria, porque os novos técnicos são os famosos troca placa, ou com isso aí não mexo. Falta cortesia, paixão pela área, ética e muitas vezes, conhecimento.

Acabei não tirando fotos dela desmontada, nem suja nem limpa e tenho preguiça de desmontar de novo. Quem sabe daqui uns quinze anos eu abra ela de novamente : )








Corretiva - Teclado PS2 Genius K639 (KB-06XE)

Não é algo que costumo fazer a menos que (1) o teclado seja realmente muito bom ou (2) o teclado em questão seja da Renata (esposa). O defeito é clássico: pressionando uma tecla, digita-se duas na tela. No caso desse teclado, a letra 'V' pressionada também registrava a letra 'C', segundo ela. Verificando, reparei que às vezes, ao invés da letra 'C', a letra 'X' também se digitava juntamente com a letra 'V'. Ou seja, confusão total.

Esse teclado acompanha a Renata há muitos anos, e é muito bom de digitar, macio e com uma disposição de teclas bastante interessante. Não tive escolha a não ser desmontar tudo para ver de perto. Geralmente, é sujeira. Mas poderia ser a lógica ou até a membrana com algum dano mais complicado. Afinal, o teclado ainda é PS2 e faz tempo que existe.

O grande problema era uma meleca que se formou por dentro da membrana - sabe lá como isso foi acontecer - que permitia contato duplo entre essas teclas. Lavei tudo com cuidado, deixei secar naturalmente e remontei. Tudo funcionando de novo. Até a paz no lar =]

Fotos estratégicas antes de retirar as teclas

Fotos estratégicas antes de retirar as teclas

Iniciando o banho do carinha

Membrana com meleca por dentro

E montadinho, pronto para uso

7 dicas para projetos DIY, seja você iniciante ou veterano

Pois bem. Vou tentar me resumir em sete grandes dicas para projetos DIY, seja você um novato ou um veterano, para que seu tempo seja otimizado e para que o produto final tenha mais qualidade. E se você não leu a série de dois capítulos 'Planejamento e execução de projetos DIY', seria muito produtivo que o fizesse antes de continuar o artigo atual.


Dica #1 - Planejamento prévio

Não adianta juntar as peças na bancada e sair corroendo placa se você não planejou suas ações antes. Isso vai gerar desperdício de tempo e de material, caso você cometa algum erro ou se esqueça de algum detalhe que deveria estar ali mas não está. Abra um documento de texto e vá anotando os passos do seu projeto. Ou até, paralela ou exclusivamente, tenha um caderno e uma caneta sempre à mão para eventuais anotações e ideias. Meus projetos sempre saem do papel, geralmente, antes de qualquer teste prático em bancada. E sou resistente a simular circuitos no computador: prefiro fazer tudo fisicamente. Então, resumindo, planejamento é fundamental para evitar projetos furados, dispendiosos e que vão tomar muito tempo em retrabalho.

Dica #2 - Testes

Se você seguiu a dica #1, certamente vai seguir a dica #2: teste tudo de forma incansável, verifique aquecimentos, tensões incorretas, variações de corrente ou fugas em circuitos. Verifique a massa, certifique-se de que tudo está conforme antes de qualquer coisa. Se é um projeto de áudio ou que envolva RF, seja ainda mais cuidadoso. Uma ou duas trilhas mal traçadas na PCI podem se transformar em antenas que não deveriam existir, colocando seu projeto em risco e fazendo você perder um tempo precioso analisando um circuito que está montado corretamente, mas que ficou prejudicado pelo layout da placa. Outro erro clássico nos projetos é montar uma fonte mal dimensionada, pobre ou ruidosa. Antes de alimentar seu precioso circuito, monte a fonte com toda atenção, teste quantas vezes achar necessário e somente dê o circuito por finalizado quando realmente sentir confiança na sua montagem. Uma fonte fora de padrão certamente vai comprometer seu projeto, tomando mais tempo em bancada do que o necessário.

Dica #3 - Componentes

Nunca, mas nunca trate seus componentes sem o devido respeito. Se você é do tipo que lê datasheet, sabe muito bem dos cuidados que se deve ter para evitar a perda do CI ou do FET. Um descuido e você conecta um circuito com a polaridade invertida, ou se engana com a pinagem na hora da montagem, se esquece de cuidados básicos e coloca seu projeto em risco. Depois, perde mais tempo refazendo o projeto do que o testando, de fato. Selecione cuidadosamente os componentes, teste cada um deles antes de colocar no circuito, cuide os valores de tensão de trabalho dos capacitores, a corrente máxima dos diodos e não ultrapasse os limites de cada componente. De preferência, mantenha uma margem de segurança para componentes ativos, como os capacitores e os diodos da fonte de alimentação: se você tem uma fonte que fornece 18V em aberto (sem carga) mas que com carga (ou regulador) cai para 12V - que é a tensão necessária para alimentar seu projeto - tenha o bom senso de não utilizar um eletrolítico de 16V, como se vê por aí. Certamente vai acontecer o inevitável, mais cedo ou mais tarde: esse capacitor vai estufar e passar a não trabalhar corretamente. O resultado num circuito de áudio, por exemplo? Ruídos fortes e mau funcionamento, estalos e, na maior maré de azar, a queima das saídas. Tomando por exemplo meus projetos, no HS-1875Mi tenho uma fonte simétrica de +/- 20V x 5A com 17600MF de reserva em dois bancos de 8800MF cada. Sabe a tensão de trabalho dos capacitores? 35V. Sim, margem de segurança alta para evitar problemas futuros. Caso tenha curiosidade, tenha a oportunidade de desmontar um receiver ou amplificador de potência dos anos 80/90 e você entenderá o porquê de esses aparelhos ainda funcionarem até hoje, muitas vezes com componentes intactos e originais de fábrica. 

Dica #4 - Montagem

Particularmente, prefiro as montagens em caixas metálicas. Além da grande resistência mecânica, também fornece blindagem efetiva aos circuitos, afastando qualquer ruído irradiado ou parasitas do gênero. Claro que é mais complicado trabalhar com metais, principalmente na furação de painéis, mas vale o trabalho que dá. Quando for montar seu projeto, após todas as dicas anteriores, atente-se ao organismo interno que você está criando. Quanto mais organizado, melhor trabalhará seu organismo. Passe cabos de forma que a estética não esteja acima do bom senso de isolar a alimentação dos sinais, use cabos de qualidade, avalie corretamente os componentes ativos para não economizar no dissipador de calor e, sempre que necessário, utilize cabos blindados para sinal. Outra coisa muito importante é aterrar todo e qualquer ponto metálico 'solto' dentro do gabinete, como o corpo de potenciômetros, dissipadores de calor, suportes metálicos e tudo o que puder se revelar uma antena. Se o gabinete for metálico, esse problema se torna quase nulo, mas por questões de qualidade, o faça da mesma forma. No final de tudo, aterre o gabinete também, de uma forma que não haja loop de terra, casando tudo de forma bonita e técnica, sem aranhas e emaranhados de fios medonhos, por favor. Se o case for pequeno, avalie a necessidade de isolar cada circuito fisicamente.

Dica #5 - Isolando circuitos

Por ter montado muitos projetos em gabinetes compactos, acabei aprendendo essa na marra. Se você deixar um circuito sensível muito próximo do trafo ou de algum componente similar, certamente vai ganhar ruído irradiado. E isso vale para circuitos muito próximos, que podem influenciar negativamente no funcionamento coletivo, seja irradiando ou conduzindo de forma parasita alguma frequência. Por isso, sempre que necessário, isole fisicamente os circuitos utilizando a fantástica gaiola de Faraday - há muitas formas de criar uma, basta estudar sobre o assunto. Esses cuidados também se aplicam ao layout da placa de circuito impresso, para que trilhas críticas não se cruzem ou circuitos não estejam distantes o suficiente para evitar interferências. Um descuido, nesse caso, pode invalidar totalmente o funcionamento do projeto, principalmente se tratando de circuitos de RF ou com osciladores precisos.

Dica #6 - Revisão final

Antes de declarar finalizado um projeto, mesmo após seguir rigorosamente cada etapa de testes, faça o mais importante: teste tudo novamente! Siga o equipamento da entrada AC até cada setor. Se tudo está de acordo, cada cabo passado corretamente, tudo bem afixado, nenhum curto ou placa tocando onde não deve tocar, daí sim: ligue o equipamento e comece a testar as tensões da fonte, se tudo bate e está correto. Verifique se algum componente está aquecendo além do previsto no projeto e tome as providências. Um exemplo clássico é na montagem de fontes, de inversores ou de amplificadores de potência, quanto ao dissipador de calor escolhido. Quem tem experiência em montagem e desenvolvimento, seleciona dissipador no olho, sem pensar. Mas quem chegou dia desses, pode se confundir e aplicar menos área do que o necessário. Vejo muitos projetos com LM, TDA, IRF, TIP e pontes de diodos com menos área dissipativa do que o ideal, e com menos área ainda do que o desejável num projeto seguro. O resultado é sempre o mesmo: vida útil reduzida e um projeto fadado ao fracasso. E quando falo em fracasso, falo de equipamentos que deveriam funcionar milhares de horas sem qualquer problema, mas que terminam condenados por imperícia ou por economia de projeto. Ouço muito o termo 'mas estava no datasheet' na tentativa de justificar um projeto falho e o que eu tenho a dizer sobre isso é o seguinte: datasheet não ensina técnico, apenas parametriza suas aplicações. Se o datasheet diz que tal componente dissipa 40W, obviamente que isso é um parâmetro máximo e jamais um limite máximo para seu projeto. Seguindo cegamente o datasheet, sem possuir experiência ou senso crítico, você encurtará drasticamente a vida útil do componente, embora ele vá funcionar 'normalmente' dentro do seu circuito. Por isso, tenha bom senso.

Dica #7 - Projeto finalizado nunca está pronto!

Se todas as dicas anteriores foram úteis, dentre seus próprios métodos de produção e desenvolvimento, você finalizou um projeto. Mas sempre fica aquela vontade de ter feito alguma coisa diferente, uma função que você não pensou na época e que gostaria de aplicar agora. E nem sempre dá certo ou é possível. Isso porque projeto fechado é projeto fechado, mas você tem uma linha, agora. Dentro do mesmo projeto, crie variações, uma nova versão, ou até uma versão experimental. Você estará exercitando suas técnicas e descobrindo mais do universo DIY. Mas deixe o projeto atual intacto, a menos que você apenas queira atualizar um microcontrolador ou alterar algum parâmetro interno sem alterar painéis e funções principais. 

A ideia básica por trás do DIY é criar e por isso, crie! Encontre maneiras de desenvolver novas soluções a partir das grandes ideias que você já teve, como forma de aperfeiçoamento pessoal, profissional e executivo. Um projeto finalizado nunca está pronto, mas um projeto finalizado é um ponto de partida prontinho para novas soluções, novas ideias e grandes projetos. 

Conclusão

Imagine quanto tempo você vai levar para desenvolver uma fonte de alimentação bacana e segura. Agora, leve em conta que essa mesma fonte de alimentação poderia servir de base para inúmeros projetos, e que esse tempo que você dedicou no desenvolvimento dessa fonte será poupado, podendo ser aplicado aos demais setores do projeto. Isso é DIY, é desenvolver e produzir de forma ascendente, sem olhar para os erros passados como falhas, mas sim como degraus evolutivos para seus projetos.

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