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Minimalista Turntable - um toca discos único baseado no conjunto Frahm HS4900

Há alguns anos, eu tinha um toca-discos Sony e alguns vinis incríveis. De mudança em mudança, fui perdendo vinis, vendendo cabos, pré-amplificadores... até que vendi minha Sony e nunca mais tive outro toca discos. Antes da Sony, também tive uma CCE e logo depois, uma Gradiente, ambas bastante simples e sem grandes recursos. Mas o vinil soava grandioso, quente, bem diferente dos CDs, k7s e aqueles malditos MP3 que inundaram o mundo em algum momento. Desde então, se passaram 20 anos - hoje é 30/07/2025, senhores. Eu tinha planos de comprar um toca discos até que me convenci a garimpar na OLX em busca de um aparelho antigo que tivesse condições de ser restaurado ou de, pelo menos, ter um toca discos para salvar.

Encontrei de tudo: desde gente sem noção cobrando R$ 700 em aparelhos de plástico sem alma e faltando peças importantes até anúncios bem realistas, na faixa dos R$ 100 aos R$ 300 - no meu caso, se tratava de um anúncio bem realista. Fiz alguns contatos e dentre todas as opções que encontrei, optei pelo Frahm HS4900 que estava num bom estado, ligando e com a pickup faltando somente agulha. Fui buscar pessoalmente em Novo Hamburgo, em 05/07/2025, e assim nasceu o projeto Minimalista Turntable.

Ideia inicial do projeto Minimalista Turntable


Eu queria aproveitar a pickup desse aparelho, porque rádio, auxiliar e tape deck eu tenho no Sony FH-G33AV, além do CD player. Bem no início, pensei em usar a própria madeira do gabinete para montar o móvel do toca discos, cheguei até mesmo a remover o revestimento preto pra reaproveitar, mas como a madeira estava bastante esfarelada, mudei de ideia, me inclinando para algo mais original e minimalista. Nascia a assim o conceito que deu origem a essa - digamos assim - releitura de um aparelho Frahm da década de 1990 que se transformou em uma peça única, com design contemporâneo e simplista. 

A pickup foi completamente desmontada, limpa, lubrificada e remontada com troca da fiação original, mantendo somente o cabo blindado da cápsula por estar em boas condições de uso e por ser preto, promovendo uma instalação mais discreta em vista do design ser aparente. Fiz um suporte metálico de quatro pontos que apoiam a pickup sobre as molas da suspensão e um design flutuante muito bonito foi criado, em contraste com os tons da madeira de base e da própria pickup. Adicionei também um LED verde retangular numa posição inusitada e discreta, próximo ao disco, indicando atividade do motor. Foram reaproveitados do aparelho original os pés de plástico e a pickup completa, o restante foi produzido ou refeito, como a fiação em preto do motor e os conectores de energia e áudio, que foram integrados ao conjunto.

A fonte de alimentação é externa ao toca discos por questões práticas, já que não temos um pré-amplificador interno, esse item não se fez tão relevante e optei por fazer dessa forma. Além do mais, ficaria complicado 'esconder' uma fonte de alimentação superdimensionada e regulada e um pré-amplificador decente numa estrutura naked como essa., isso sem falar em outros aspectos como a blindagem dos circuitos sensíveis. A cereja do bolo ficou por conta do emblema original Frahm ter sido reutilizado e fixado na madeira de base, como uma espécie de homenagem ao fabricante, que possui uma grande relevância nesse cenário - me recordo até hoje de vários aparelhos da marca que já tive a oportunidade de trabalhar e de ouvir! 

Fica aqui registrada uma singela homenagem ao Sr. Norberto Frahm, que, em 9 de junho de 1961, fundou oficialmente a Frahm, fabricante 100% brasileira com uma baita história de pioneirismo!















Doador - Frahm HS4900












Home theater 5.1 Timpano H5902 - compra 'no escuro', reparo e informações

Session.

Quem acompanha este humilde blog sabe que adoro garimpar coisas na OLX. E que quase sempre encontro coisas bem legais. Dessa vez foi esse home theather 5.1 com somente a informação 'não liga'. Gosto dessa informação 'não liga' porque a chance de reparo costuma ser maior do que aquelas do tipo 'só não sai som'. Porque 'não liga' pode ser um fusível, uma ressolda e o 'só não sai som' pode ser um microcontrolador ou processador de áudio quase impossível de ser encontrado no mercado - na remota chance de você conseguir identificar o carinha, já que essas peças costumam vir com a impressão raspada. Vamos ao que interessa.

Comprei por R$ 50 e fui buscar longe. O vendedor garantiu que tudo estava lá dentro, que nada foi retirado, então, na hipótese de não conseguir reparar o home, teria muito mais que esse valor em peças lá dentro. E não tinha todos os satélites, somente dois deles e com os cabos cortados. Paciência. Retirei a tampa traseira e já fiquei contente só de ver um baita dissipador, um trafo parrudo e várias peças boas. Mas fiquei ainda mais feliz quando vi os canais tocados pelo TDA 2030! Ah, esse CI é muito bom - não chega perto do queridinho LM 1875, mas é bom! O fusível de entrada da rede elétrica é de 1A e estava aberto. Troquei e liguei o home na lâmpada série para evitar mais problemas e para minha surpresa, nenhum curto se manifestou. Bom sinal: as tensões que alimentam as potências (enrolamentos de 12V + 12V e 14V + 14V x 2,8A) estavam lá mas o terceiro enrolamento de 10V x 500mA estava totalmente sem tensão. Seguindo as trilhas na placa, vi que ele é dedicado ao regulador de 5V da lógica que controla tudo nesse aparelho. Um resistor SMD estava torrado na linha de entrada retificada desses 10V (AC 10VAC -> diodos retificação onda completa -> capacitor 470MF x 25V -> resistor SMD 2,2R -> resistor SMD valor desconhecido torrado -> regulador 7805) e a julgar pela configuração, era também de valor baixo servindo apenas como um fusistor. Alimentei diretamente o 7805 com uma fonte de 7,5V e medi sua saída totalmente estável em 5V. Decidi ligar tudo e surpreendentemente funcionou de primeira todas as funções. O subwoofer dele é muito potente, pela rápida passada de olho na configuração, os TDA 2030 estão em ponte para tocar os graves - configuração bastante comum nos home theater de entrada. Não testei o leitor de cartão SD, mas a entrada USB está funcionando perfeitamente, assim como o rádio FM. Infelizmente não encontrei informação relevante sobre ele na internet, menos ainda no Mercado Livre.

Como não tinha um trafo pequeno entre 10V e 12V x 500mA em mãos e queria muito utilizar o home, optei por uma solução pouco ortodoxa: a fonte que utilizei de teste de 7,5V x 500mA chaveada foi fixada dentro da caixa. É a solução mais elegante? Não. É a melhor escolha? Não. Mas é o que deu pra fazer agora. Com mais tempo, vou procurar em casa alguma fonte antiga que ainda use trafo pra fazer um serviço mais elegante nesse home. 

Também quero comprar satélites novos pra ficar tudo padrão. Também quero revisar canal por canal pra ver se todas as saídas estão trabalhando corretamente, já que esse CI é bastante sensível e quando não queima, deixa a saída pro falante com potência reduzida. No mais, valeu o garimpo e certamente vou ficar com ele por muito tempo. A caixa é de madeira, bem pesada, e está num estado de conservação excelente. Fotos? Tem sim.
 














 *** 08/11/2022

Upgrade no PC de guerra: PowerColor R7 260X 2GB GDDR5 de barbadinha na OLX!

Session.

Faz tempo que quero dar um up! no PC de guerra, presente aqui no site há algum tempo. Hoje recebi uma proposta de troca num produto que anunciei na OLX e acabei fechando negócio. Se trata da PowerColor R7 260X 2GB GDDR5, um super plus para minha máquina véia de guerra. Não pensei duas vezes e fechei, mesmo com aquele frio na barriga de sempre que dá nesse tipo de negociata. Cheguei já ligando pra ver se estava tudo certo e sim, tudo perfeito. 

Uma das coisas que gosto do hardware AMD é a robustez: ou ele funciona ou ele não funciona. Isso dá uma certa tranquilidade pra mim. Já tive dezenas de placas Nvidia e sempre me dava mal nisso: elas se tornam intermitentes ao invés de darem pau de vez.

Só lamento não ter feito fotos do estado anterior dela, estava muito suja mas muito suja mesmo. Foi totalmente desmontada, lavada (sim, lavada) e feita troca da pasta térmica da joia. Agora vai me sobrar uma Zotac Sinergy GT630 2GB GDDR3 - placa valente que me acompanha faz tempo, já na sua segunda compra após a anterior parar de funcionar - que ainda não decidi se uso pra dar um up! no media center ou se passo nos pila, como se diz aqui no Sul.
 
Antes de qualquer bla bla bla nutellês, não sou nem pretendo ser gamer. Deus me livre. Minha máquina é para desenvolvimento e trabalhos em áudio e vídeo e enquanto me atender, não vejo qualquer razão mínima para trocar minha máquina por algo 'mais novo'. Ah, a máquina utilizada nas fotos não é a minha máquina de guerra.








Semp Toshiba modelo TV2122(O)FS U-19 - daqueles achados que emocionam!

Mais uma pescada no OLX: um TV Semp Toshiba TV2122(O)FS U-19 das antigas, bruta, feita pra durar por um sábio engenheiro numa empresa séria. Essa joia aí eu encontrei passeando pelos anúncios do site, de curioso. Me divirto bastante no OLX, assim como já me diverti muito no Mercado Livre - que morreu, na minha opinião, depois de tanta treta e acréscimos.

O defeito dela é um clássico: listras na parte superior da tela. Quem é raiz já dá orçamento sem sequer abrir o aparelho porque não tem erro: é sempre a mesma coisa. Ainda não vi nenhum televisor com esse sintoma apresentar outro tipo de defeito além daquele capacitor eletrolítico ali do vertical. É claro que você vai verificar todo o setor para garantir que nada mais está fora do comum, mas o que vai resolver o problema de vez é a troca desse carinha. Geralmente é um eletrolítico de 100uF, mas podem ocorrer variações de modelo para modelo, de marca para marca... O ideal é fazer o serviço direito e já conferir se tem solda quebrada ou em processo de quebrar, se há algum outro eletrolítico com problemas (que dê pra visualizar: estufado, vazado, etc), dar aquele talento na poeira e não ser chinelão. 

Para minha feliz surpresa, não há qualquer sinal de que o aparelho já tenha sido reparado nesses anos todos de vida. Nenhuma solda nova, nenhuma marca de chave ou coisa assim. Os parafusos do gabinete pareciam novos, tive que fazer força pra dar o primeiro giro: torque de fábrica. Fiz a troca do capacitor (100uF x 35V), reforcei a solda num resistor de HV que estava quebradiça devido ao tempo de uso e o aquecimento natural do componente, limpei a placa toda e o gabinete por dentro. Deixei o TV ligado por cerca de três horas e a imagem surpreende em qualidade! Só vi qualidade de imagem igual aos tubos em plasma ou esses novos LCD 4K fodidos de caros e descartáveis. Mais um TV livre do consumismo disparado! Tenho outro TV de tubo em casa, um CCE excelente também 21" tela plana - que uma única vez apresentou oscilações nas cores e que resolvi com simples ressoldas! - e não pretendo mudar para o LCD enquanto houver tubos no mundo!

A barbada: paguei $40 nesse aparelho, troquei um capacitor de $0,50, ressoldei um resistor e limpei tudo em menos de uma hora. Quanto você acha que um técnico de eletrônica me cobraria para fazer o mesmo? Se é que faria, porque os novos técnicos são os famosos troca placa, ou com isso aí não mexo. Falta cortesia, paixão pela área, ética e muitas vezes, conhecimento.

Acabei não tirando fotos dela desmontada, nem suja nem limpa e tenho preguiça de desmontar de novo. Quem sabe daqui uns quinze anos eu abra ela de novamente : )








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